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História
Personagem: Ruy Ohtake
Por: , 31 de outubro de 2019

Amigos da rua, colegas de classe

Esta história contém:

Amigos da rua, colegas de classe

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Na mesma sala

Falar sobre o Vlado é falar sobre um personagem da história do Brasil muito importante, e que só mais recentemente isso vem sendo reconhecido. Mas, muito merecidamente. Qual é a minha convivência com o Vlado? Nós fizemos juntos, na mesma classe, o curso primário, no Colégio Estadual de São Paulo. Hoje é Colégio Estadual de São Paulo, na época chamava-se Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Além de estarmos na mesma classe, nós moramos muito próximo um do outro. Então, frequentemente a gente ia ao colégio, à escola, juntos. E daí surgiu uma convivência muito gostosa em toda a fase do primário. E o colegial ele preferiu fazer no Colégio Estadual de São Paulo, que é do mesmo grupo, porque no Estadual Presidente Roosevelt, onde nós fizemos o primário, não havia colegial à noite. Mas eu fiz à noite, mesmo, o colegial. O Vlado foi para o que a gente conhecia como [colégio] São Joaquim.

A cidade estava encostada. Ou seja: o colégio era na ponta do Centro da cidade, grudado à Praça da Sé. Ainda existia Praça da Sé e Praça Clóvis [Beviláqua]. E a Praça da Sé era um lugar de um bom encontro. Porque tinha, além de um bar, uma choperia muito famosa, a choperia que depois eu vou lembrar o nome, e, lá em cima desse prédio, tinha o ateliê do [Alfredo] Volpi, dos grandes artistas. Esse prédio foi demolido quando o governo resolveu juntar a Praça da Sé com a Praça Clóvis. E aí, esse ponto de encontro, que era muito fácil para nós, começou a ficar meio difícil. E depois ele [Vlado] foi fazer Filosofia, e eu, Arquitetura. Então, nós nos encontrávamos muito pouco. E alguns encontros, naquela época, de discussão, vou chamar assim, social, eram muito mais raros. E, nesses encontros raros, a gente se cruzou várias vezes.

Vizinhos de rua

Quando nós descobrimos que morávamos muito perto, nós descobrimos lá no colégio. Morávamos a três quadras. E o David Lerer, a duas quadras. E [estudávamos] na...

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Dados de acervo

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Depoimento de Ruy Ohtake

Entrevistado por Luiz Egypto e Luis Ludmer

São Paulo, 31 de outubro de 2019

Projeto Instituto Vladimir Herzog

Entrevista número PSCH_HV808

Transcrito por Selma Paiva

Revisado por Luiz Egypto

P/1 – Muito bom dia, Ruy. Muito obrigado por ter aceitado nosso convite. Nós estamos muito felizes de tê-lo aqui, para esse projeto. Vamos começar, para efeito de registro, eu queria que você dissesse seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Eu também estou muito feliz em estar aqui com vocês porque falar sobre o Vlado é falar sobre um personagem da história do Brasil muito importante, e que só mais recentemente isso vem sendo reconhecido. Mas, muito merecidamente. Eu sou Ruy Ohtake. Qual é a minha convivência com o Vlado? Nós fizemos juntos, na mesma classe, o curso primário, no Colégio Estadual de São Paulo. Hoje é Colégio Estadual de São Paulo, na época chamava-se Colégio Estadual Presidente Roosevelt. Além de estarmos na mesma classe, nós moramos muito próximo um do outro. Então, frequentemente a gente ia ao colégio, à escola, juntos. E daí surgiu uma convivência muito gostosa em toda a fase do primário. E o colegial ele preferiu fazer no Colégio Estadual de São Paulo, que é do mesmo grupo, porque no Estadual Presidente Roosevelt, onde nós fizemos o primário, não havia colegial à noite. Mas eu fiz à noite, mesmo, o colegial. O Vlado foi para o que a gente conhecia como [colégio] São Joaquim.

P/1 – Nós vamos detalhar isso na sequência, mas eu gostaria de ter, primeiro, também, a sua data de nascimento e o local onde o senhor nasceu. São Paulo?

R – Eu sou nascido em São Paulo, a 27 de janeiro de 1938, e eu nasci na casa onde eu vivi a minha infância, na Mooca. Muito próximo à casa do Vlado. Bom, de lá fiz o colegial etc.

P/1 – O nome dos seus pais, por favor.

R – Meu pai é Ushio Ohtake, falecido já há 40 e poucos anos, e minha mãe é Tomie Ohtake, pintora,...

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