IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Alteredo Nascimento Garcez. Nasci em 25 de dezembro de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. Na cidade de São Luís, no Maranhão. INGRESSO NA PETROBRAS Meu ingresso na Petrobras foi em 1º de abril de 1965. Em janeiro de 65, eu vi um anúncio, que precisava de um topógrafo. Ia ter um concurso para a Petrobras. Fiz minha inscrição. Só passou eu, lá em São Luís. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Fiquei em São Luís, trabalhando no antigo Sraz, que compreendia do Maranhão até o Amazonas. No Maranhão, trabalhei na gravimetria, fazendo projeção gravimétrica na baixada maranhense. De lá, fomos para a Ilha do Marajó, passamos 1966 na Ilha. No fim do ano, fomos fazer gravimetria no território do Amapá. Fiquei no lá até janeiro de 1968, quando em março fui transferido para Maceió RPNE, Conselheiro Maceió, para a equipe de geodésia de lá. Quando fiz concurso, era para a equipe de geodésia, sediada em Belém. Mas, como havia falecido um topógrafo, fui substituir esse colega na gravimetria. Aí fui para a geodésia em Maceió. No fim de 1969, acabou a base em Maceió. Fui transferido para Aracajú e fiquei 1970 e 71 lá. Sediado em Aracaju, mas trabalhando em Alagoas, na Bahia e vários outros estados, onde havia necessidade do nosso trabalho. Em 1972, encerraram a equipe de geodésia na RPNE. Então eu tinha três opções: ir para Salvador; ir para o DESUD no Paraná, lá em Ponta Grossa; ou ir para Belém. Como Belém ficava mais próximo de São Luís, apesar de não ter estrada ainda, preferi ir para Belém. Fiquei lá, de 72 a janeiro de 1985, quando vim transferido aqui para Natal. Nesse período em Belém, em 79, fiz a minha primeira viagem para o exterior. Fui para o Iraque, tive um trabalho rápido na Líbia, mas a minha maior gama de trabalho, foi no Iraque. Eu fazia um trabalho voltado para geodésia, também. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO A geodésia é uma topografia mais científica,...
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IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Alteredo Nascimento Garcez. Nasci em 25 de dezembro de 1940, em plena Segunda Guerra Mundial. Na cidade de São Luís, no Maranhão. INGRESSO NA PETROBRAS Meu ingresso na Petrobras foi em 1º de abril de 1965. Em janeiro de 65, eu vi um anúncio, que precisava de um topógrafo. Ia ter um concurso para a Petrobras. Fiz minha inscrição. Só passou eu, lá em São Luís. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Fiquei em São Luís, trabalhando no antigo Sraz, que compreendia do Maranhão até o Amazonas. No Maranhão, trabalhei na gravimetria, fazendo projeção gravimétrica na baixada maranhense. De lá, fomos para a Ilha do Marajó, passamos 1966 na Ilha. No fim do ano, fomos fazer gravimetria no território do Amapá. Fiquei no lá até janeiro de 1968, quando em março fui transferido para Maceió RPNE, Conselheiro Maceió, para a equipe de geodésia de lá. Quando fiz concurso, era para a equipe de geodésia, sediada em Belém. Mas, como havia falecido um topógrafo, fui substituir esse colega na gravimetria. Aí fui para a geodésia em Maceió. No fim de 1969, acabou a base em Maceió. Fui transferido para Aracajú e fiquei 1970 e 71 lá. Sediado em Aracaju, mas trabalhando em Alagoas, na Bahia e vários outros estados, onde havia necessidade do nosso trabalho. Em 1972, encerraram a equipe de geodésia na RPNE. Então eu tinha três opções: ir para Salvador; ir para o DESUD no Paraná, lá em Ponta Grossa; ou ir para Belém. Como Belém ficava mais próximo de São Luís, apesar de não ter estrada ainda, preferi ir para Belém. Fiquei lá, de 72 a janeiro de 1985, quando vim transferido aqui para Natal. Nesse período em Belém, em 79, fiz a minha primeira viagem para o exterior. Fui para o Iraque, tive um trabalho rápido na Líbia, mas a minha maior gama de trabalho, foi no Iraque. Eu fazia um trabalho voltado para geodésia, também. PROCEDIMENTOS DE TRABALHO A geodésia é uma topografia mais científica, mais técnica. Você trabalhava com astronomia. Agora é com satélites, uma topografia mais precisa. Trabalhei muito na área de locações marítimas, desde 69. TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Lá no Iraque, fui da Petrobras para a Braspetro. Minha última viagem para o Iraque, foi justamente quando começou a guerra deles, com o Irã. Voltei em agosto de 81. O clima de guerra tinha influência no trabalho da gente, porque tinha que parar. Tinha uma sirene que tocava, dizendo que ia ter um possível ataque, aí parava tudo. Mas nós, praticamente, não fomos afetados com o problema deles, quer dizer, até o tempo que eu estive lá. Não senti muito na pele, mas colegas que ficaram mais tempo, talvez, tenham sentido mais a coisa. Depois que voltei do Iraque, fui em 79, eu não ia como residente. Ia no grupo móvel, passava o tempo que dava para passar, que agüentava fora daqui do Brasil, que é um sacrifício muito grande. Eu já era casado, casei muito novo. Ficava e vinha embora, passava, tirava folga. Às vezes, ficava fazendo outros trabalhos aqui, principalmente, nessa área de Ubarana, que não tinha Petrobras ainda. Era feito por Belém. Trabalhava por aqui, dava apoio, também, para a Amazônia e voltava para lá, ia para lá de novo, mas tranqüilo. Vim transferido para Natal, a nossa equipe veio transferida para cá. A Petrobras foi instalada, aqui, na década de 70, 74, 75, mais ou menos, então, montaram uma equipe de geodésia, aqui. Como Belém, já estava com aquele negócio ‘acaba-não-acaba’, aquela confusão toda, transferiram nossa equipe toda, para cá, em janeiro de 85. Fiquei até 90, quando apareceu aquela história do PDV. O Collor, com aquela loucura dele. Então aproveitei, como tinha tempo para me aposentar, me encaixei nessa história, da aposentadoria especial. APOSENTADORIA Na aposentadoria, o que mudou é que deixei de trabalhar. Hoje não tenho ligação com a empresa. A ligação, que nós tínhamos é através da Petros, da MS, aquele negócio. Mas eu sempre fiquei ligado ao clube, ao CEP, que na época era Aspetro. Fiquei ligado à Ambepe - Associação Montadora dos Beneficiados da Petros, onde sempre fui delegado. Hoje, sou delegado colaborador e, no clube, sempre fui diretor. Quando a gente se aposenta, está desligado da empresa. Até a nossa carteirinha, que nós tínhamos aqui, tomaram, cortaram, botaram fogo, ficamos sem. Acaba nossa ligação direta com a Petrobras. Acho que foi só aqui, em Natal, porque os ex-colegas da Bahia, de Sergipe, sempre tiveram a carteirinha. A minha não cortaram, porque eu não dei oportunidade, para cortar. Está guardada em casa. Guardo para a minha lembrança, as minhas coisas da Petrobras. Eu tenho muito carinho. SINDICATO A minha afiliação ao sindicato, depois de aposentado, é através daquela, sócio benemérito no caso, quer dizer, não sou afiliado, porque aposentado não tem sindicato. Era sindicalizado, sempre fui sindicalizado, mas não tive algum cargo ou função no sindicato. ENTREVISTA Não estou muito a par da ligação, que o sindicato está tendo com esse projeto. Se há essa parceria...sindicato e Petrobras. Só não andam bem, quando chega a época do dissídio coletivo, fora disso, não. Tudo o que se refere à Petrobras, para mim, está em primeiro lugar. O que sou hoje e tudo que eu tenho, devo à Empresa. Sou oriundo de uma família pobre, que não podia me proporcionar o que tive e o que eu tenho, até hoje. Conheci praticamente o mundo, viajei para o exterior. Eu não ia ter condições de fazer isso. Conheço o Brasil quase todo, só Bom Sucesso que não, conheço tudo através dela, trabalhando. Então, para mim, a Petrobras está sempre em primeiro lugar.
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