Alceu, o contador de prosas

Alceu Bigato nasceu em Jardinópolis – São Paulo, Brasil, em 31 de janeiro de 1939. Descendente de uma família de italianos que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor, no novo país que surgia além do mar. Filho de lavradores, o menino poeta estudou na escola rural até o quarto ano. No caminho para a escola observava a natureza, o cantar dos pássaros, se impressionava com o movimento das nuvens. Será que seriam de algodão? Pensava ele. Coisas de menino poeta. Seus primeiros rabiscos surgem desses anseios de querer entender a natureza, seus movimentos, o subir e descer do sol, as andanças humanas. Tudo registrado em cadernos que se escondiam no fundo de uma gaveta. O menino vai crescendo e a pequena cidade não lhe cabia mais, vai para Ribeirão Preto, São Paulo, onde conhece pessoas ligadas ao ramo da música sertaneja. Aquele, então jovem rapaz, conhece o universo das estações de rádio com seus programas, próprios de divulgação de músicas sertanejas, ali faz seus novos amigos, e seus poemas passam a ser composições de melodias que cantam sobre amores, sentimentos, esperanças, das coisas da roça. Desse modo o senhor Alceu seguia a vida, trabalhava durante a semana como industriário numa cervejaria local e nos finais de semana se dedicava ao mundo das composições, das músicas, das poesias, seus versos iam se tornando cada vez mais conhecidos. O mundo da poesia habitava e habita o seu coração, como não nasceu para cantar, encantava e encanta a todos com suas belas declamações. Atualmente é membro escritor da Casa do Poeta da cidade de Ribeirão Preto, participa de várias Antologias Ponto & Vírgula, tem inúmeras publicações, em revistas, jornais, livros antológicos. Em 2018 lançou seu livro autoral “Lapidador da Natureza”. Tudo o que viveu o ajudou a ser quem é: escritor, declamador, um despertador para o mundo da escrita e da leitura de poemas, das crônicas, dos contos, dos versos que transformam os momentos de nossas vidas em poesias.