Projeto CTBC Telecom
Depoimento de Maria Abadia de Oliveira Sene
Entrevistada por Luiz Egypto de Cerqueira e Norma Lúcia da Silva
Uberaba, 18/07/2002
Entrevista número: CTBC_HV088
Realização: Museu da Pessoa
Transcrição: Manuelina Maria Duarte Cândido
Revisado por Luiza Gallo Favareto
P/1 – Boa tarde, dona Maria, muito obrigado por ter vindo.
R – Boa tarde.
P/1 – Nós gostaríamos que a senhora, por favor, para início de conversa, dissesse seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.
R – É Maria Abadia de Oliveira Sene, moro em Uberaba, nascida cinco do nove de 1939.
P/1 – Em Uberaba? O nome do seu pai e da sua mãe, dona Maria, por favor.
R – É Carlos Bernardes de Oliveira e Bárbara Bernardes de Oliveira.
P/1 – Qual que era a atividade do seu pai?
R – Dentista prático.
P/1 – E o consultório dele era onde?
R – Era nas fazendas.
P/1 – Ficava circulando?
R – É, muitos anos.
P/1 – E a atividade da sua mãe?
R – Minha mãe era do lar.
P/1 – Conta um pouquinho mais desta história do seu pai.
R – Meu pai era dentista prático muito bom, inclusive eu tenho um dente aqui que ele obturou e não caiu. Era um grande dentista prático. E ele trabalhava nas fazendas. Ele ficava um mês em uma fazenda, um mês outra. Ele é de Sacramento, nascido em Sacramento. Família dele toda é de Sacramento. Depois ele, quando casou com a minha mãe, foi morar em uma fazenda em Itiguapira, e lá foi onde eu nasci. Nós viemos para Uberaba para estudar. Teve doze filhos. Doze filhos, naquela época não tinha televisão, né? (risos).
P/1 – Como era o nome do seu pai mesmo?
R – Carlos Bernardes de Oliveira.
P/1 – E da sua mãe?
R – Bárbara Bernardes de Oliveira.
P/1 – A senhora conheceu os seus avós, dona Maria?
R – Eu conheci só o vovô de Sacramento. Da parte do meu pai.
P/1 – Lembra o nome dele?
R – Era Carlos Bernardes de Oliveira. Vovô chamava. Ele morava em Sacramento, na rua Doze,...
Continuar leituraProjeto CTBC Telecom
Depoimento de Maria Abadia de Oliveira Sene
Entrevistada por Luiz Egypto de Cerqueira e Norma Lúcia da Silva
Uberaba, 18/07/2002
Entrevista número: CTBC_HV088
Realização: Museu da Pessoa
Transcrição: Manuelina Maria Duarte Cândido
Revisado por Luiza Gallo Favareto
P/1 – Boa tarde, dona Maria, muito obrigado por ter vindo.
R – Boa tarde.
P/1 – Nós gostaríamos que a senhora, por favor, para início de conversa, dissesse seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.
R – É Maria Abadia de Oliveira Sene, moro em Uberaba, nascida cinco do nove de 1939.
P/1 – Em Uberaba? O nome do seu pai e da sua mãe, dona Maria, por favor.
R – É Carlos Bernardes de Oliveira e Bárbara Bernardes de Oliveira.
P/1 – Qual que era a atividade do seu pai?
R – Dentista prático.
P/1 – E o consultório dele era onde?
R – Era nas fazendas.
P/1 – Ficava circulando?
R – É, muitos anos.
P/1 – E a atividade da sua mãe?
R – Minha mãe era do lar.
P/1 – Conta um pouquinho mais desta história do seu pai.
R – Meu pai era dentista prático muito bom, inclusive eu tenho um dente aqui que ele obturou e não caiu. Era um grande dentista prático. E ele trabalhava nas fazendas. Ele ficava um mês em uma fazenda, um mês outra. Ele é de Sacramento, nascido em Sacramento. Família dele toda é de Sacramento. Depois ele, quando casou com a minha mãe, foi morar em uma fazenda em Itiguapira, e lá foi onde eu nasci. Nós viemos para Uberaba para estudar. Teve doze filhos. Doze filhos, naquela época não tinha televisão, né? (risos).
P/1 – Como era o nome do seu pai mesmo?
R – Carlos Bernardes de Oliveira.
P/1 – E da sua mãe?
R – Bárbara Bernardes de Oliveira.
P/1 – A senhora conheceu os seus avós, dona Maria?
R – Eu conheci só o vovô de Sacramento. Da parte do meu pai.
P/1 – Lembra o nome dele?
R – Era Carlos Bernardes de Oliveira. Vovô chamava. Ele morava em Sacramento, na rua Doze, mas eu não me lembro o número, porque quando ele morreu eu tinha o que? Uns dezesseis, dezessete anos, por aí.
P/1 – Nas conversas com o seu pai, com a sua mãe, a senhora teve alguma informação, alguma notícia de onde os seus avós vieram? Se eles eram da região?
R – Meu pai com a minha mãe são primos primeiros. Então a família toda é nascida e criada em Sacramento. O que eu sei é só isso.
P/1 – E como era essa cidade de Sacramento?
R – Era, eu posso falar assim, um tributário, porque muito pequenininha. Hoje ela está bem melhor. Mas era uma cidade pequenininha. Meus avós nasceram lá, meu pai e minha mãe casaram lá, são primos primeiros, a minha família toda mora lá. Hoje restam poucas pessoas que moram lá porque morreram. Então só primos.
P/1 – Dona Maria, e a casa da sua infância, como é que ela era?
R – Minha casa era muito simples, muito humilde. Nós somos de família pobres, a gente morava em Itiguapira, era uma casinha muito simples. Depois viemos para Uberaba, moramos na Rua Marquês Paraná, uma casa muito simples também.
P/1 – Essa casa de Itiguapira, como era ela?
R – Era uma chácara.
P/1 – E como é que era o entorno dela?
R – Não, era uma chácara simples, e a gente foi criada ali, eu nasci ali. Itiguapira, era uma estação. Hoje ela é desativada.
P/1 – Da Mogiana?
R – É. Desativada. Existe ainda lá a casa da estação, os trilhos, mas não passa mais nada lá. Aí meu pai resolveu vir para Uberaba. Nós mudamos para cá. Eu era pequena, eu me lembro, o primeiro colégio que eu frequentei foi o Externato São José. Tirei o quarto ano lá, depois fiquei sem estudar um pouco, aí minha mãe morre, aí quem tomou conta de nós foi a tia Altair, ela mora em Araxá. Ela era uma pessoa assim de posse, casada com Agildo Drummond. Aí pagou os estudos para mim, foi onde eu fiz a oitava série, no Colégio Nossa Senhora das Dores.
P/1 – Dona Maria, como foi para essa menina mudar de Itiguapira para Uberaba? Como foi essa mudança?
R – Olha, eu não me lembro, não. Porque eu era pequena, eu não tenho lembrança, como é que foi, não. De que veio, como é que foi...
P/1 – E a cidade, para a senhora, o que significava?
R – Ah, eu era tão pequena que a gente ficava muito na pensão ali na Rua Tristão, eu não me lembro o nome da pensão. Eu me lembro que uma vez eu perdi aqui em Uberaba, eu era pequenininha, um casal me achou, e eu era assim muito clarinha de olho azul, eles ficaram loucos comigo. Foi aquela loucura para me achar. Dei um trabalho para meus pais... Aí um senhor falou que uma senhora tinha pego, mostrou a casa onde era, tudo. E eles me encontraram. Parece que vieram batizar a outra minha irmã, a caçula, Teresa. Ela até já morreu.
P/1 – E essa primeira escola que a senhora se referiu?
R – Externato São José era de freiras. Era um colégio simples também, pequeno, era gratuito, não pagava. E um colégio bom, eu fiz o quarto ano lá.
P/1 – A senhora se lembra de alguma professora?
R – Lembro da irmã (Tia Donê?), porque ela era muito boazinha, então a gente gravava. Gravei o nome da (Tia Donê?). Ela já é falecida.
P/1 – O que ela tinha de tão especial?
R – Ela era muito caridosa, muito pacienciosa com a gente, a gente era pequena. A gente era muito pobre, levava lanche, era pão com açúcar que a gente levava de lanche, naquela época. Não era igual a hoje que as crianças têm tudo. Então ela era muito boa, ela dava banana para a gente na hora do recreio. Maravilhosa. Eu tenho certeza que onde ela está, ela está bem.
P/1 – Com a mudança para Uberaba o seu pai continuou exercendo a mesma atividade?
R – Continuou. Continuou exercendo, ele ia para as fazenda. Ele ficava muito nas fazenda ali em volta do Chuá. Trabalhava muito nas fazenda lá, Município de Sacramento. Aí depois a minha mãe desencarna de tétano. Aí foi aquele desastre. Porque eles falam, a mulher é o esteio do lar. E é verdade. Porque minha mãe morreu e depois, o que aconteceu? O lar desmoronou. Eu fui morar com a minha tia em Araxá e as outras minhas irmãs, a Teresa, minha tia internou em Ribeirão Preto em um colégio lá interno, a outra foi morar com a tia Altair também. Aí, pronto, acabou o lar. Meu pai foi morar com o meu irmão...
P/1 – Nessa época, malgrado a dor da perda mãe, como é que as crianças, a senhora, menina...
R – Nossa, eu chorei muito, porque eu fiquei muito novinha sem mãe. A outra minha irmã também ficou com doze anos e ela deu muito trabalho. Aí eu fui morar com a minha tia, lá eu fiz parece que a primeira série e a segunda no Colégio Dom Bosco, de Araxá. Depois eu terminei a terceira e a quarta aqui em Uberaba, no Colégio Nossa Senhora das Dores. Aí eu fui aprender a costurar. Costurava, comecei a costurar na Capitão Manoel Prata. Era uma família muito boa, eu almoçava lá e trabalhava a tarde inteira. E logo, eu tinha um namorado, fiquei noiva de um rapaz, a irmã dele me arrumou um serviço no Grande Hotel. Lá eu trabalhei dois anos 65 a 67.
P/1 – Foi o seu primeiro emprego?
R – Meu primeiro emprego. Trabalhei de telefonista no Grande Hotel. Aí a dona Anita era a dona da ETUSA, me viu no PABX, via como eu trabalhava, “Ah, eu vou te levar, eu te quero para mim.” Aí eu falei: “Dona Anita, mas eu não posso sair.” Era em maio, era exposição, lotado, o hotel. E o PABX era muito antigo, era daqueles de fiar, de tirar, pega... Nossa, muito difícil. Mas eu dava conta. Eu dei conta. Aí ela me levou. Ela falou com o seu Alaor: “Mas a senhora não podia fazer isso, tirar a Abadia daqui logo agora, a melhor telefonista que já passou por aqui...” Deu uma briguinha com ela. Aí falei: “Sinto muito.” Porque eu queria casar e continuar trabalhando. Aí a muito custo ele deu, lá, assinou minha saída. Eu fui trabalhar na ETUSA. Era do Doutor Alexandre Cunha Campos, a ETUSA. Aí passou, deixa eu ver quanto tempo. Foi pouco tempo que eu entrei, eu trabalhei em uma mesinha pequena, eram duas posições. Uma falava rural, que a Romilda trabalhava nela. E a outra era informações, onde eu sentava para trabalhar. Ali eu fiquei, quando a dona Anita veio do Rio, chegou lá, falou: “Não, não te quero aqui, não, quero no interurbano.” Aí eu fui para o interurbano trabalhar. Era uma posição com duas cadeiras, só. Aí eu aprendi o serviço do interurbano, e vamos trabalhar no interurbano. Passou um pouco tempo, aí a CTBC compra. Aí expandiu, foi uma beleza.
P/1 – Queria falar um pouquinho atrás sobre esse Grande Hotel. Como era o trabalho ali? Como era o ambiente?
R – O ambiente era ótimo. O Grande Hotel, quando eu trabalhava lá, ele era naquele hall ali. Hoje eles fecharam as portas, não era na Moderna, como é hoje, não. Eu trabalhei ali e o PABX era muito simples. Nossa, era de pegas. Você tinha que ligar com pegas, tinha cinco números para chamar o Grande Hotel. Era 33, 32, 28, 22. Até 28, é 25, um negócio assim. Então tinha cinco canais de chamada. Você tinha que atender, passar para o cliente, o hóspede, e depois ali, você tinha que fazer interurbano, também. Era um serviço muito pesado. Não era igual hoje, não. Hoje, gente, é uma beleza, o PABX.
P/1 – O interurbano, para a senhora fazer no hotel, a senhora tinha que ligar na ETUSA?
R – Não, tinha Telemig, na época. Tinha Telemig, tinha ligações que, nossa, para falar em São Paulo, o dia que eu fazia cinco ligações eu batia o recorde. Porque eu tinha que pedir, a gente não falava direto. Tinha que pedir ao Rio para ligar São Paulo, Belo Horizonte ligava São Paulo. E tinha um canal direto de São Paulo, elas não ligavam que era para fazer o Além.
P/1 – O que é fazer o Além?
R – Além era fazer assim, por exemplo: “Me liga São José do Rio Preto.” “Me liga os bairros...”. As cidades. Então não tinha DDD, não tinha nada, nada. Era uma dificuldade. Quando era meia-noite, quando a gente fazia plantão, eu fazia plantão. A gente tinha que conferir com a telefonista de São Paulo aquelas ligações Além que a gente fazia. O trabalho era esse. Toda noite, meia-noite tinha que conferir.
P/1 – Isso no hotel ou na ETUSA?
R – Isso na ETUSA.
P/1 – Quando a senhora foi para lá, o fato de ter ido trabalhar como telefonista interurbano era uma espécie de promoção, não era?
R – Eu achei bom, porque meu sonho era ser telefonista. Toda a vida. Eu tentei entrar na Telemig, não conseguir devido eu ter só a oitava série. Não consegui. Aí eu devo muito à dona Anita, que ela me colocou ali, ali eu fiquei, porque eu desempenhava bem o serviço. Quando a Déia era... Vocês já entrevistaram a Déia? A Déia era Supervisora, ela passava assim no meu escaninho, quando a CTBC encampou, falava: “Nossa, mas você é demais, heim? Você trabalha mesmo.” Porque eu sentava e trabalhava. Mas depois que a CTBC comprou Uberaba foi uma bênção, foi uma beleza.
P/1 – A senhora se lembra quando foi exatamente isso, dona Maria?
R – Não, não lembro, não. Eu me lembro só quando (Doutor Weber?) veio para Uberaba. Foi uma beleza. Pessoa muito boa. Era o seu Alberto que era gerente. Aí o seu Alberto aposentou, o (Doutor Weber?) veio. E foi bom mesmo, muito bom.
P/1 – O que mudou assim da ETUSA para a CTBC?
R – Nossa, mudou muito. Ótimo. Quando a CTBC... Porque a gente tinha uns circuitos que a dona Anita conseguiu. Não sei quantos. A Paulina vai falar para você quantos circuitos eram. Não sei quantos circuitos era, que a gente ligava... Aí depois nós passamos a ligar direto para São Paulo, Belo Horizonte, Rio. Só cidades Além que a gente não dava conta. Aí já começou por aí. Foi muito bom. Depois fizeram o prédio novo, lá no prédio novo eu me lembro, estava sentada na posição, o (Doutor Weber?) chegou pertinho e falou: “O que vocês estão precisando?” Falei: “Nossa, mais canais.” Lembro direitinho. Ele falou: “É?” Eu falei: “É.” Aí expandiu. Foi uma beleza. Foi muito bom.
P/1 – Naquele tempo ainda, digamos, heróico da ETUSA, como é que era o processo de uma ligação? Explica para a gente...
R – Muito difícil...
P/1 – Eu chamava: “Eu queria uma ligação para São Paulo...”
R – Nossa, eles chamavam: “Eu preciso falar em São Paulo urgente.” Então tinha o horário. A gente falava, parece que é das onze ao meio-dia, a gente falava em São Paulo. O dia que fazia dez ligações para São Paulo também era uma beleza. Mas também eu ia por Brasília, eu ia por Belo Horizonte, pedia. Elas ligavam. O Rio ligava demais, auxiliava muito. Então era isso aí. Mas a gente fazia o possível para fazer o mais. Mas era penoso. Antes da CTBC entrar, nossa, era penoso! Não tinha jeito.
P/1 – E quando o assinante ou cliente começava a...
R – Reclamava demais, nossa! Eu me lembro, tem o Torres, aqui em Uberaba, ele é dono de uma vidraçaria aí. Pessoa muito boa, um dia ele falou umas palavras muito desaforadas para mim, eu falei: “Olha, o senhor não é mais do que ninguém”. “Eu te tiro daí.” “Olha, o senhor pode tirar, porque aqui é por ordem de chamada. Nós só passamos na frente quando é um caso de morte. Porque o senhor tem que esperar, o senhor é assinante igual aos outros.” Ele me pôs o apelido de Maria Bronquinha. Até hoje ele me chama de Maria Bronquinha. Ele queria sair primeiro, porque, acho assim: “Ah, tenho dinheiro”. Até hoje, quando ele me vê, é Maria Bronquinha.
P/1 – (risos) Dona Maria, a senhora disse que quando a CTBC então...
R – Aí quando a CTBC entrou foi uma beleza, expandiu. Foi muito bom.
P/1 – E o trabalho das telefonistas, como ficou?
R – Aí a gente passou para o prédio novo, foi a inauguração do prédio novo, eu não me lembro a época. E aumentou bem os canais. Ficou muito bom de falar o DDD, porque aí entrou o DDD. A gente era só colocar a pega lá e discava ou teclava o número e o assinante ia falar. Foi uma beleza, muito bom.
P/1 – Para quem já tinha passado...
R – Para quem passou o que nós passamos foi uma beleza, uma maravilha. Eu falo: a CTBC, gente, é uma coisa de louco. Não sei se é porque eu trabalhava com muito amor, eu tinha muito amor à minha profissão. Eu não tinha vergonha. Uma vez deu uma enchente lá, choveu demais. Em Uberaba quando chove, enche. Eu e a Magda, me lembro direitinho. Não tinha ninguém na portaria. O porteiro, não sei se ele tinha falecido, o que era... Deu aquela chuva, eu mais a Magda largamos as posições: “Vamos lá colocar a placa.” Nós duas. Uma placa pesada que tinha colocar para vedar a água, a gente colocou. A gente trabalhava de telefonista mas dava socorro a alguma coisa quer precisava ali dentro.
P/1 – Como era o turno de trabalho?
R – Tinha horário que eu fazia... Quando eu entrei, eu trabalhei na ETUSA uns... Você quer da ETUSA ou da CTBC?
P/1 – Na ETUSA e da CTBC
R – Na ETUSA, quando eu entrei eu logo casei. Eu entrei dia 1o de fevereiro. Foi, dia 1o de fevereiro de 68. Aí eu casei em setembro. Quando eu voltei não tinha chefe, não tinha nada. As amigas que faziam os horários. Elas me colocaram no plantão. Eu dei plantão um mês. Eu tinha ficado uns dias que a dona Anita deu, quando eu voltei me puseram no plantão. Eu fiz um mês. Aí a gente fazia o horário, elas mesmas que faziam o horário para a gente. A gente entrava sete horas, saía às onze, voltava às cinco e trabalhava até às dez e tinha outro turno, e assim ia revezando, aí depois que passou para a CTBC a gente fazia o horário da manhã, era das sete à uma, depois à uma entrava outro turno, saía às seis, às seis entrava outro e até... Sabe, era variado os turnos. E à noite também tinha plantão.
P/1 – E a senhora tinha tempo para vida pessoal? Tinha tempo para se divertir um pouco?
R – Tinha um dia de folga uma vez por semana. A gente folgava. E quando era feriado, assim, a gente folgava. Agora dia das mães, a gente, se fosse folga, tinha que...
(FALHA NO CD)
P/1 – Todo mundo querendo falar?
R – Todo mundo querendo falar e reclamando. Mas depois que entrou o DDD foi uma bênção. Foi muito bom. Quando a CTBC entrou, ela arrebentou, porque foi ótimo.
P/1 – Dona Maria, como é que era a cidade de Uberaba aí nessa época que a senhora está, no início do DDD, tão logo a CTBC entrou?
R – Não, a cidade de Uberaba era a mesma coisa, acho que não tem nada assim de diferente. A única coisa de diferente é que entrou depois o celular. Foi o que entrou. Mas não tinha nada, a mesma coisa. Continua a mesma, Uberaba. Ela não cresce e nem... Parou, estabilizou.
P/1 – Dona Maria, a senhora falou do (Seu Weber?), ele ficou durante muito tempo aqui como Gerente Regional?
R – Quem?
P/1 – O (Seu Weber?) Pimenta.
R – (Doutor Weber?) Pimenta de Melo. Foi um grande gerente. Muito bom, muito humano, pessoa maravilhosa. Eu me lembro, quando ele chegou para Uberaba, a gente trabalhava ainda no prédio velho. E ele era muito humilde, pessoa muito boa. Chegava, falava: “O senhor vai gostar da turma, a turma era muito responsável.” Porque era tudo funcionário responsável, mesmo. Aí depois ele foi se adaptando. Gerente muito bom, muito humilde, pessoa maravilhosa. Hoje ele é Diretor da CTBC.
P/1 – Como é que era esse local de trabalho da senhora? Como é que a senhora poderia descrevê-lo?
R – A gente, no prédio, a gente tinha que subir uma escada. Ela existe até hoje e os circuitos eram em cima. Aí a dona Anita um dia me chamou: “Você vai para o Rio...” quando era da ETUSA “...fazer um curso lá. Você vai ser chefe.” Falei: “Não senhora, eu não quero. Tem gente muito mais velha aqui, a senhora vai pôr como chefe.” “Não, mas eu quero você.” “Não, então a senhora põe a prima da senhora.” “Quem?” “A Paulina.” Essa que vai fazer às três horas. Boníssima chefe, também. Aí a Paulina trabalhava no caixa, lá embaixo, porque as contas eram recebidas no caixa. A Paulina é que recebia as contas. E ela mandou a Paulina para o Rio para fazer o curso, aí foi pôs chefe. Foi bom porque ali ela é que mandava, ela é que fazia os horários, ela é que fazia tudo. E depois ela aposentou. Ela trabalhou conosco, trabalhou ainda na ala nova. Nós fomos para a ala nova, aí quando entrou o DDD, porque tinha os circuitos de Frutal, Iturama, Campina Verde, e tinha Veríssimo, Conceição da Alagoas... A gente falava tudo assim com sinal. Depois entrou o DDD.
P/1 – E como era esse lugar novo? Essa ala nova, como ela era?
R – Ela era grande, muito boa. Ótima. Uma beleza. E tinha umas quinze mesas. Que eu me lembro, quinze mesas. Ali tinha a mesa da informação, uma amiga nossa velha, também, já morreu, a Tavinha trabalhava, a Candinha trabalhava nessas informações, aí depois elas foram aposentando, foram saindo, aí vinham as meninas novas para a informação. Então tinha duas mesas que eram de informações. Chamavam e forneciam o número. Hoje está tão moderno que você desça, olha, tudo automático. É uma beleza.
P/2 – Nessa época, dona Maria Abadia, mesmo com o DDD o assinante, o cliente ainda recorre à telefonista?
R – Chamava, chamava.
P/1 – Não discava direto?
R – Não. Chamava. Aí a gente tinha que fornecer o número. Eu sabia tanto telefone de cor, agora acabou.
P/1 – E como é que a senhora checava o número, como é que a senhora ia conferir o número para falar para o assinante?
R – A gente tinha uma roleta, trazia os nomes dos assinantes tudo de Uberaba. Era assim. Era muito bom. A gente trabalhava muito, mas... É que hoje, uma beleza, né? Hoje tudo moderno, uma maravilha. Ontem eu fui pedir uma informação de Conceição das Alagoas, eu disquei lá 0800 34 2002, aí veio as opções, eu falei informações de Conceição, aí já veio logo. Uma maravilha, muito bom.
P/1 – Dona Maria, nesse período que a CTBC passou a tomar conta da ETUSA, a senhora chegou a conhecer o seu Alexandrino Garcia?
R – Conhecia.
P/1 – Como era ele?
R – Ah, era um velho. Ele era bem velho, mas era bom. Ele entrava na sala assim, olhava, cumprimentava... Quando ele vinha aqui a Uberaba ele visitava todas as seções, todas. Ele visitava.
P/1 – A senhora se lembra de algum episódio que tivesse ficado marcado na senhora com relação a ele?
R – Não, não lembro, não.
P/1 – E ele pessoalmente, como ele era?
R – Ele era um velhinho. Era uma pessoa velha mas muito assim, ele respeitava, ele chegava, cumprimentava. Ele olhava, ele passava olhando, ele olhava tudo. Tudo o que você pensar ele olhava. Ele passava nas posições, assim, olhava.
P/1 – Fazia algum comentário?
R – Não, conosco, não. Se fazia, fazia com a Paulina. Conosco, não.
P/1 – E a senhora, nessa trajetória, quer dizer, depois que a tecnologia foi chegando, que espaço sobrou para a telefonista?
R – Nada! Eu fiquei, porque eu faltava ainda... Quando a CTBC levou para Uberlândia, desativou o tráfico, aí eu fiquei ainda. Não, aí eles me chamaram: “Você vai trabalhar no computador lá fora. Atender os usuários” Menino, e eu fui. Aprendi rápido, graças a Deus. A menina falou: “Nossa, você é rápida demais.” Aprendi de um dia para o outro, ela já me largou sozinha, quando eu olhava assim a fila estava enorme.
P/1 – Como era esse serviço?
R – Ah, eles chegavam, batiam a mão na mesa: “Vocês estão roubando, porque onde é que se viu isso? Conta errada!” Eu falei: “Olhe, moço, aqui ninguém está roubando, não. Vamos devagar, vamos conversar. O que o senhor está reclamando?” “Isso aqui veio na minha conta!” Reclamavam demais que vinha ligação na conta. É muito fácil, eu indicava a moça, e falava baixo com ele, indicava a moça: “O senhor vai naquela moça ali e tal...” Aí ele ia, saía de lá satisfeito. Mas chegava bravo, batendo a mão na mesa assim, reclamando: “Por que vem na minha conta esse interurbano aqui...” Porque o povo não é fácil, trabalhar com o público. Não é só na CTBC, não. Em todo lugar que você vai você vê a dificuldade que é para atender o povo. Não é fácil.
P/1 – E qual é o segredo de atender bem?
R – Uai, o segredo é o seguinte: a pessoa chega gritando com você, você fala baixo, você é educado, ele cai. A gente tem... Ali, nossa, eu gostava de trabalhar ali de fora, também. Mas logo tive que aposentar. Seu Osvaldo chamou, ele era o gerente, e falou para mim: “Abadia, você quer aposentar?” Falei: “Ah, seu Osvaldo...” Falou: “Se você quiser aposentar nós vamos te dar Unimed um ano, vamos jogar no seu Fundo de Garantia 40% e todas as vantagens você vai ter. Você quer?” Falei: “Ah, se eu puder aposentar, estou saindo. Eu não queria, não. Mas vocês querem que eu aposento, né?” Aí falei: “Então vamos, vamos aposentar.” Arrumaram para mim, bateram os papéis, eu levei no INPS, daí uma semana eu tive que desligar. Eu quase morri de paixão.
P/1 – Quando foi isso, dona Maria?
R – Foi em 1990 que eu saí.
P/1 – Era um momento em que a CTBC estava passando por uma reestruturação?
R – É, acabou, o tráfico foi para Uberlândia. Desativou aqui tudo, foi para Uberlândia. Então ficou somente o escritório, o almoxarifado, e a turma da rede. Depois foram desativando tudo.
P/1 – Nessa época a senhora chegou a conhecer o (Senhor Mário Grossi?)?
R – Não, não conheci ele.
P/1 – Dona Maria, esse fato de ter aposentado deixou a senhora, a senhora disse, que saiu morrendo de paixão?
R – É, eu saí apaixonada porque eu amava o meu serviço, assim, lidar com o público. Olha, eu trabalhei 22 anos, 23 anos na CTBC, porque eu aposentei com 25, mas tinha dois do Grande Hotel. Eu amava trabalhar. Eu gostava demais de trabalhar de telefonista, de atender o público. Mas aí tinha que aposentar, vamos aposentar.
P/1 – E como que a senhora superou isso?
R – Eu superei trabalhando. Trabalhando assim... Eu sou espírita, aí eu pegava e comecei fazer trabalhos no Centro. Na segunda eu costurava; na terça eu ia para o Centro; na quarta eu vou para o Lar Espírita bordar; na quinta eu tenho um trabalho à tarde de visitar sete casas, as pessoas deficientes, a gente trabalhava, trabalha ainda no passe; na sexta, Centro à noite; no sábado eu vou lá para o Chico à tarde na peregrinação; no domingo sopa de manhã... Só tinha a folga no domingo à tarde. Porque se você aposentar e pensar: “eu vou ficar dentro de casa”, você entra em depressão. Não pode. A pessoa tem que pegar um benefício ao próximo para não ficar inválida, porque fica.
P/1 – É verdade.
R – Fica. Então você trabalhando, você fica ativo. Tem que trabalhar. O trabalho é muito bom, gente, o trabalho é uma bênção. Cabeça cheia, olha, eu vou te falar, é uma bênção. Eu até hoje, às vezes eu brinco com as minhas amigas lá do Centro, porque a gente faz sopa domingo de manhã, e eu não deixo, sábado à tarde eu vou para o asilo e levo o lanche para os velhinhos. Aqui na Capitão Manoel Prado. Asilo São Vicente. Eu saio de lá uma e meia, quinze para as duas, vou lá para o Chico, fico lá até às três horas da tarde, ajudando na peregrinação. Depois chego em casa, tomo um banho, vou para um shopping, dou uma voltinha com a minha pequenininha. À noite talvez eu vou lá no Chico mais à noite, é assim. A vida tem que ser cheia e cheia de coisas boas. Porque você estando fazendo coisas boas você está sempre amparado.
P/1 – A senhora conheceu bem o Chico Xavier?
R – Conheci, eu tirei, eu tenho muitas fotos com ele. Vou até trazer umas para vocês verem. Conheci, ele foi muito bom para a gente. Para mim, então, ele foi ótimo, quando a minha filha nasceu. Nossa, ele foi uma bênção. E estava trabalhando, já era CTBC, no caixa. Porque tinha domingo que eles me jogavam no caixa. Faziam rodízio, um fazia horário da manhã, outro à tarde e outro à noite, no caixa. E ele ia falar muito em Pedro Leopoldo, na época. Eu lembro até o telefone que ele falava. E ali a gente conversava. E ele me ajudou muito, porque eu era católica de entrar na Medalha de joelho. Mas aí quando a minha primeira filha nasceu os médicos não queriam que ela nascesse. Aí eu procurei o Chico, ele falou: “Que é isso, você veio ganhar uma menina linda, linda. Essa menina vai ser... Olha, essa menina vai ajudar tanta gente na Terra, não faça isso!” E desse momento para cá eu passei a ser espírita e sou até hoje. E ele desencarnou, a gente está apaixonado porque ele foi embora, porque qualquer coisinha a gente perguntava, ele ajudava. Mas... Você não conheceu ele não?
P/1 – Não.
R – O (Weber?) conheceu. A Estela, mulher do (Weber?), quando ele tinha aquele filho dele... Você sabe que ele teve um filho doentinho, né?
P/1 – Não, não sabia.
R – A Estela é espírita, ela faz um trabalho dentro do (Ellen ________?). Eu faço na segunda, ela faz no sábado. Ela vem uma vez por mês aqui.
P/1 – Muito bem, dona Maria Abadia. Como que a senhora com todo esse tempo de CTBC, desde o tempo da ETUSA, como a senhora enxerga o futuro que essa companhia pode ter?
R – Olha, eu acho a CTBC uma potência. Não sei, eu trabalhei lá e eu amo ela. Gosto demais dela. Nossa, quando eu recebo, todos o meses eu beijo a minha folha e agradeço. Rezo para o Doutor Alexandrino, porque se não fosse ele, como seria a CTBC? Então faço muitas orações por ele. Eu vejo a CTBC um futuro, não vai ser ruim, não, vai ser dinâmico. A CTBC é dinâmica. Ela é trabalhadora. Quem trabalha com ela não tem preguiça. São tudo gente trabalhadora, tudo gente dinâmica. Então ela vai crescer. Você pode ter certeza que ela vai crescer. Ela tem funcionários bons, os funcionários velhos dela... A única coisa que eu fico triste é que ela está terceirizando tudo. Só isso. Mas é uma grande empresa.
P/1 – O que a senhora poderia dizer para uma pessoa que fosse começar a trabalhar na CTBC amanhã? O que a senhora diria para ela?
R – Eu diria para ela que trabalhasse com amor, com muito carinho, com muita honestidade, porque o trabalho é muito bom. Ele preenche a vida. mas tem que ser com amor. Porque se você fizer um serviço que você não goste, não faça. Eu falo sempre para quem está entrando. Eu ensinei muitas meninas na CTBC e elas falam... Outro dia eu encontrei com uma, que hoje ela é funcionária do Banco do Brasil. Ela falou: “Olha aqui, minha filha, essa aqui que me ensinou o serviço da CTBC. A mamãe tem o que deve a ela.” E me abraçou: “Eu te agradeço muito, Abadia.” Eu falei: “O que é isso?” Porque quando entrava meninas a gente tinha muita dó. Porque o serviço era, nossa, era muito serviço. Era fogo o serviço, não era fácil. Mas a gente desempenhava com muito amor, com muita educação, graças a Deus. Então eu diria que trabalhar com amor, com muita gentileza. Porque se você atender um assinante bem, você nossa, é bom demais. É o que eu diria.
P/1 – A senhora disse que se casou, a senhora teve quantos filhos?
R – Só uma, só a Margareth. E tenho essa que eu adotei com um mês. Ela é de Conceição das Alagoas, hoje ela está com cinco aninhos. Bonitinha, super-gracinha, está indo bem na escola. Está no segundo período, já está escrevendo o nome... É linda, é linda.
P/1 – Como é o nome dela?
R – Bianca.
P/1 – O nome do seu marido?
R – José Olegário de Sene.
P/1 – E o seu José Olegário, o que ele faz?
R – Ele é Sub-Gerente no Grande Hotel. Foi entrevistado pela CTBC, ele contou um pouco lá como é que foi o serviço.
P/1 – Continuam vinculados ao Grande Hotel.
R – É. Ele trabalha até hoje. Ele aposentou e continuou. Porque lá no Grande Hotel ele sabe tudo, ele tem 45 anos de casa. Acho que tem mais. Ele sabe onde passam os fios todinhos, de telefone. Quando dá problema lá eles ligam para o Zezinho.
P/1 – (risos) A senhora o conheceu lá?
R – É. Ele trabalhava no restaurante. Tinha o Restaurante Galo de Ouro, era um restaurante muito chique que tinha aqui. Eu trabalhava de telefonista e ele trabalhava no restaurante. Conhecemos lá, e casamos e estamos aí até hoje.
P/1 – Que bom.
R – Graças a Deus. Ele é muito bom, uma pessoa boa, só que de vez em quando eu brigo porque trabalha demais. Não folga, uai. Chega o domingo não vai folgar, vai trabalhar. Aí começa, eu falo: “Não, mas não tem cabimento. Você tem que descansar.”
P/1 – A senhora também não fica atrás, né dona Maria?
R – Ah, eu trabalho, mas agora eu trabalho só para o próximo. Mas é bom.
P/1 – Pois bem, dona Maria, tem alguma coisa que a senhora gostaria de dizer e que a gente não pediu que a senhora dissesse?
R – Não, absolutamente. Falei o que eu tive que falar, talvez até falei mais. (risos)
P/1 – Dona Maria, o que significou para a senhora dar esse depoimento? Como é que a senhora se sentiu?
R – Eu senti muito feliz em saber que eu estou sendo lembrada. Que eu estou apontada mas não estou morta, como diz o outro, não. Eu senti muito feliz quando a Norma me ligou, muito gentil, muito educada, e eu senti feliz, quer dizer que a CTBC ainda lembra da gente. Muito bom, muito bom, mesmo. Porque antes a gente tinha um encontro dos aposentados. Agora não tem mais, então foi bom.
P/1 – A gente fica muito satisfeito.
R – Muito bom mesmo. Porque é uma empresa que eu tenho no coração, devo muito a ela. Muito mesmo.
P/1 – Está ótimo, dona Maria. Muito obrigado.
R – Nada, eu que te agradeço e peço desculpas por algum errinho, viu? (risos).
P/1 – Nada a desculpar.
R – A Norma também, qualquer coisa você pode me ligar.
P/2 – Hum, hum.
R – Tá? Porque tem a Magda, você vai adorar a Magda. Ela trabalhou com a gente, menina legal até. Eu te dei o telefone dela. Agora da Romilda, da Arlinda, eu vou localizar o telefone porque eu chamei, o telefone, não sei o que está acontecendo. Talvez mudou. Aí eu te ligo. Você vai embora amanhã?
P/2 – Mas agora eu estou aqui.
R – É, eu te ligo lá. Hoje de manhã eu te liguei para falar da Romilda (risos). Ela é legal, até, você vai gostar.
P/1 – Está ótimo, dona Maria. Muito obrigado.
R – Eu que agradeço.
Recolher