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Por: Cristiane Ribeiro da Costa, 6 de maio de 2025

A plenitude da vida está em amar o seu semelhante de tal forma que mesmo após a morte você continua

Esta história contém:

VidaMeu nome é Cristiane Ribeiro, tenho 44 anos, nasci e cresci em São Paulo. Desde que me conheço por gente lembro-me de ter pensamentos questionando o sentido da vida. Acho que por ter crescido ouvindo a história sofrida da minha mãe que perdeu os pais aos 7 anos e teve que amadurecer ainda criança pra cuidar dos irmãos mais novos, de como foi explorada e viveu em condições análogas a escravidão até conseguir sair da cidade em que morava e vir pra São Paulo. Ao mesmo tempo que admirava sua trajetória, surgiam perguntas em minha mente como “qual o sentido de uma vida assim?” ou “porque algumas pessoas nascem apenas pra sofrer?”

Até os 9 anos minha vida era estável, vivíamos todos juntos eu, meu irmão e meus pais, numa casa confortável dentro dos padrões da normalidade, sem luxo mas também sem escassez. Porém dali em diante meu pai passou a trair minha mãe, foram 3 anos de muita briga, até a separação e o abandono por parte dele. Vi minha mãe cair em depressão e quase chegar ao suicídio, quando então se agarrou a fé p para se reerguer. Passamos fome, frio, muita necessidade, me lembro de tantos episódios dolorosos e humilhantes, e ela ali, tentado se manter forte, sempre sorrindo, sempre perdoando, sempre sendo integra, e crescendo em cada dor que superava.

Em contrapartida eu alimentava meus questionamentos com revolta e muita mágoa, repetia em voz alta que odiava meu pai e me irritava quando ela respondia que eu tinha que perdoar, que ele era meu pai e que aquilo só fazia mal pra mim. Muitas vezes sentia raiva dela por dizer isso, e pensava, eu não vou ser igual a ela, que aceita com resiliência essa condição de sofrimento, eu não, não nasci pra isso, quero ser feliz, que sentido tem uma vida assim?

O tempo foi passando, as dificuldades foram sendo superadas com a gente crescendo e podendo ajudar minha mãe, ou pelo menos não dependendo totalmente dela. Casamos, tivemos nossos filhos e tudo foi mudando, as...

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