Projeto Opera Urbana
Entrevistado por Mauricio Rivero
Depoimento Adna Pessoa Ribeiro
Local São Paulo, 05/08/2009
Realização Museu da Pessoa
Depoimento OPSESCSP_CB014
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
P – Bom, boa tarde, Adna.
R – Boa tarde.
P – Primeiramente eu gostaria de saber o seu nome completo, o local e data de nascimento.
R – Meu nome é Adna Pessoa Ribeiro. Nasci em Osasco, no dia primeiro de junho de 1982.
P – E qual é a relação sua com a Avenida Paulista?
R – Eu trabalho aqui. Eu sou acompanhante de idoso há três anos. Cuido de uma senhora de 89 anos.
P – Desde quando?
R – Desde junho de 2006.
P – Certo. E antes desse trabalho você teve alguma outra atividade aqui na avenida?
R – Não, eu vinha para passear no Natal, que tem ali os bancos que fazem as decorações. A gente vinha mais para poder ver as decorações quando eu era pequena. Tenho fotos na Paulista quando eu era pequena. E agora trabalho e passo aqui todo dia, praticamente.
P – E você, por acaso, já presenciou algum fato que tenha te marcado aqui na avenida além do Natal?
R – Agora, eu estava atravessando o sinal e o ônibus veio e subiu na calçada e pegou um rapaz.
P – Agora há pouco?
R – Mas só que não chegou a machucar. Agora, ali na, depois da Brigadeiro.
P – Certo, deve ter tomado um susto.
R – Ai, eu tomei um susto sim. E de manhã quando eu fui comprar o pão (riso) um senhor pegou e caiu assim na, eu estava ali na Drogaria São Paulo, aqui na continuação da Paulista. E ele pegou e caiu bem nos meus pés. Aí o rapaz pensou que ele estava passando mal, mas ele não estava. Estava fingindo para poder pegar dinheiro, né, das pessoas. Porque aqui tem muita, muito mendigo, muitas pessoas que não têm emprego, ou que vêm de outros estados, acaba não conseguindo emprego, acaba ficando por aqui mesmo.
P – Você chega a passear com outras pessoas da família, amigos?
R – Eu venho com meu sobrinho....
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Projeto Opera Urbana
Entrevistado por Mauricio Rivero
Depoimento Adna Pessoa Ribeiro
Local São Paulo, 05/08/2009
Realização Museu da Pessoa
Depoimento OPSESCSP_CB014
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
P – Bom, boa tarde, Adna.
R – Boa tarde.
P – Primeiramente eu gostaria de saber o seu nome completo, o local e data de nascimento.
R – Meu nome é Adna Pessoa Ribeiro. Nasci em Osasco, no dia primeiro de junho de 1982.
P – E qual é a relação sua com a Avenida Paulista?
R – Eu trabalho aqui. Eu sou acompanhante de idoso há três anos. Cuido de uma senhora de 89 anos.
P – Desde quando?
R – Desde junho de 2006.
P – Certo. E antes desse trabalho você teve alguma outra atividade aqui na avenida?
R – Não, eu vinha para passear no Natal, que tem ali os bancos que fazem as decorações. A gente vinha mais para poder ver as decorações quando eu era pequena. Tenho fotos na Paulista quando eu era pequena. E agora trabalho e passo aqui todo dia, praticamente.
P – E você, por acaso, já presenciou algum fato que tenha te marcado aqui na avenida além do Natal?
R – Agora, eu estava atravessando o sinal e o ônibus veio e subiu na calçada e pegou um rapaz.
P – Agora há pouco?
R – Mas só que não chegou a machucar. Agora, ali na, depois da Brigadeiro.
P – Certo, deve ter tomado um susto.
R – Ai, eu tomei um susto sim. E de manhã quando eu fui comprar o pão (riso) um senhor pegou e caiu assim na, eu estava ali na Drogaria São Paulo, aqui na continuação da Paulista. E ele pegou e caiu bem nos meus pés. Aí o rapaz pensou que ele estava passando mal, mas ele não estava. Estava fingindo para poder pegar dinheiro, né, das pessoas. Porque aqui tem muita, muito mendigo, muitas pessoas que não têm emprego, ou que vêm de outros estados, acaba não conseguindo emprego, acaba ficando por aqui mesmo.
P – Você chega a passear com outras pessoas da família, amigos?
R – Eu venho com meu sobrinho. Aqui no Shopping Paulista mesmo. Às vezes vou no McDonald's com eles. Só isso.
P – E da Avenida Paulista qual que é o local que você mais gosta?
R – Daqui?
P – Isso, qual o local?
R – Que eu mais gosto, eu gosto de ir no parque do Masp, na frente do museu.
P – No Trianon?
R – Isso. Eu faço caminhada e às vezes eu vou lá. Eu gosto de ficar ali um pouquinho. É tranqüilo. A gente vê, tem mais uns senhorezinhos, uns idosos que gostam de contar história. Às vezes eu paro para escutar um pouquinho. Só isso.
P – Acaba fazendo amizade com ele.
R – Faço, já fiz bastante amizade, mais com gente idosa. Porque o horário que eu caminho tem bastante idoso. Aqui tem bastante idoso e eles gostam de atenção e aí eu gosto de dar atenção para eles. Aqui na Oswaldo Cruz também. Às vezes eu trago a minha patroa para poder passear um pouquinho. Aí a gente senta conversa com os idosos também.
P – Tá bom. Então em nome do Museu da Pessoa e do Sesc São Paulo agradecemos aqui a sua entrevista.
R – Tá, muito obrigada. Foi um prazer.
(FIM DA ENTREVISTA)
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