Sonhei que uma amiga da mãe de uma grande amiga tinha falecido. Antes de morrer esta senhora pediu que a Samy (minha amiga) fizesse o cuidado e preparação de seu corpo. A senhora falecida antes de morrer endereçou à S. o pedido que cuidasse do corpo dela nos preparativos para o enterro (algo que me remeteu ao filme japonês ""A partida"" logo que acordei...). Eu ia à casa de S. (que era uma casa diferente da casa dela que efetivamente conheço), uma casa muito ampla e bonita também, com móveis antigos de madeira nobre. Era uma casa cumprida espacialmente falando. Lá no final do corredor, numa espécie de quartinho dos fundos, o corpo da senhora falecida estava alojado. S. já o tinha secado e passado um pano com algum produto para o corpo não feder. A pele do corpo (não era um corpo inteiro, mas meio corpo, da cintura da cima), enfim, a pele do corpo estava muito lisa e S. passava aquele pano com cuidado pra mantê-lo limpo. Conversávamos sobre outra pessoa que também havia morrido por aqueles dias, um rapaz chamado Jamal (não lembro bem) que era um psicólogo amigo de alguns colegas psis que haviam feito o processo de cuidado do seu corpo. Este jovem (Jamal) eu não conheço e, aliás, não conheço ninguém com este nome, enfim, ele havia falecido e tinha pedido que seus amigos cuidassem de seu corpo antes do enterro, porém a fiscalização os pegou e eles tiveram problemas com a polícia. No sonho era uma prática corrente amigos e familiares fazerem o processo de preparação dos corpos, pois a gente conversava sobre isso com naturalidade, como se fosse algo bem normal, mas esta prática era proibida pelo estado. As pessoas burlavam as regras, contudo. Numa outra cena eu estava na praia e a T. (uma colega psi) e seu marido também estavam. Eles estavam deitados na areia, T. com um maiô preto e seu marido também estava de cueca preta de praia e conversávamos sobre o governo Casagrande, dizendo que não dava mais pra votar nele, mas que Paulo...
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Sonhei que uma amiga da mãe de uma grande amiga tinha falecido. Antes de morrer esta senhora pediu que a Samy (minha amiga) fizesse o cuidado e preparação de seu corpo. A senhora falecida antes de morrer endereçou à S. o pedido que cuidasse do corpo dela nos preparativos para o enterro (algo que me remeteu ao filme japonês ""A partida"" logo que acordei...). Eu ia à casa de S. (que era uma casa diferente da casa dela que efetivamente conheço), uma casa muito ampla e bonita também, com móveis antigos de madeira nobre. Era uma casa cumprida espacialmente falando. Lá no final do corredor, numa espécie de quartinho dos fundos, o corpo da senhora falecida estava alojado. S. já o tinha secado e passado um pano com algum produto para o corpo não feder. A pele do corpo (não era um corpo inteiro, mas meio corpo, da cintura da cima), enfim, a pele do corpo estava muito lisa e S. passava aquele pano com cuidado pra mantê-lo limpo. Conversávamos sobre outra pessoa que também havia morrido por aqueles dias, um rapaz chamado Jamal (não lembro bem) que era um psicólogo amigo de alguns colegas psis que haviam feito o processo de cuidado do seu corpo. Este jovem (Jamal) eu não conheço e, aliás, não conheço ninguém com este nome, enfim, ele havia falecido e tinha pedido que seus amigos cuidassem de seu corpo antes do enterro, porém a fiscalização os pegou e eles tiveram problemas com a polícia. No sonho era uma prática corrente amigos e familiares fazerem o processo de preparação dos corpos, pois a gente conversava sobre isso com naturalidade, como se fosse algo bem normal, mas esta prática era proibida pelo estado. As pessoas burlavam as regras, contudo. Numa outra cena eu estava na praia e a T. (uma colega psi) e seu marido também estavam. Eles estavam deitados na areia, T. com um maiô preto e seu marido também estava de cueca preta de praia e conversávamos sobre o governo Casagrande, dizendo que não dava mais pra votar nele, mas que Paulo Hartung também não era uma opção viável. Quando eu entrava no mar era um espaço coberto e com água até a beira da cintura, a água estava muito suja, com muito papel e lixo e eu sentia certo nojo de mergulhar. Havia umas prateleiras com objetos quebrados e empoeirados, lembrava uma sala de museu abandonada. Na hora de sair tínhamos que limpar os pés e entregar uma pulseirinha que usávamos pra autorizar a entrada na praia.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
Algo que tem me impactado muito neste período é a interferência do Estado (em função das medidas de isolamento social requeridas durante a pandemia) e a consequente proibição, de certo modo instalada, de velar os mortos. Na noite anterior ao sonho eu havia assistido um episódio de “Japão Submerso” que intensificou os afetos tristes em função da situação catastrófica que vivemos. Na referida série em um futuro distópico o Japão afunda e as pessoas lutam pra sobreviver (é uma série em formato de desenho, o que torna tudo mais chocante, pois muitas pessoas morrem e não estamos acostumados a ver desenhos desse tipo). O filme “A partida”, que por sinal também é japonês, foi uma lembrança que também me remeteu ao processo de cuidado ao velar os mortos de uma maneira sensível...
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