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História
Por: Paulo Cesar Paschoalini, 28 de março de 2024

A NEBLINA DA PAISAGEM

Esta história contém:

A NEBLINA DA PAISAGEM

A NEBLINA DA ‘PAI’SAGEM

Os primeiros raios de sol anunciavam um novo amanhecer do mês de junho e uma bicicleta dobrava a última esquina, antes de alcançar a rua que levava até a uma Indústria Metalúrgica. Eram os últimos 200 metros do pouco mais de quilômetro e meio que separava a residência daquele destino.

O menino de doze anos segura-se no pai não somente com a intenção de equilibrar-se, mas para também proteger-se do frio que vez por outra incomodava seu peito, chegando a provocar crises de bronquite. Na condução do veículo um homem de quarenta e poucos anos aumentava sua atenção, por ser aquela rua relativamente estreita.

Embora às seis e meia da manhã não houvesse tanto trânsito, a neblina permitia enxergar em torno de 30 metros e exigia cuidado, já que, como a via possuía duas mãos de direção, qualquer imprudência ou desatenção naquele piso de asfalto poderia acarretar sérias consequências ao ciclista e seu acompanhante.

Por detrás do tronco do homem o garoto via uma paisagem esfumaçada, que aos poucos se descortinava. A calçada do lado direito se deitava aos pés de um muro interminável, ladeando uma antiga estação ferroviária desativada havia poucos anos.

Olhando para a outra calçada, apesar de o menino conhecer quase de cor as casas que se sucediam, a nitidez que paulatinamente se desenrolava parecia trazer sempre uma surpresa. Algumas vezes era uma residência com luzes acesas contrastando com outras às escuras, uma pessoa que abria o portão, um gato sobre o terraço, um cachorro que se punha a latir... O revelar da névoa sempre vinha com uma singela novidade a ser percebida.

Logo mais a bicicleta parava sob a vigilância de um enorme barracão tomando um quarteirão todo, que mostrava seu semblante de engolidor de homens. Feito um formigueiro humano, os operários entravam por uma porta estreita para registrar o horário de chegada. Uma sirene...

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