Regina brincava muito com os colegas e amigos e se emociona ao relembrar os torneios da infância e das brincadeiras que faziam no seringal que ficava no centro, onde hoje funciona o Banco do Brasil. Na área de praias, na frente da cidade, ela andava juntando bolinhas para brincar de bole-bole. Lembra-se também dos vários pés de araçá e das mangueiras, onde os jovens se reuniam para se divertir. O cais era o ponto de encontro para banhos e brincadeiras, como pular do trapiche e passear de canoas até a água da antiga sonda. No período das festas juninas, faziam as danças, os cordões dos pássaros e das borboletas; as primeiras quadrilhas juninas começavam na cidade. Também relatou que, nos tempos de infância, fazia os trabalhos escolares com caprichos e que a professora avaliava todos os cadernos dos alunos. Fala, ainda, das aulas de datilografia, que foram importantes para a sua formação. Uma memória importante de Regina é que a primeira rua de Itaituba antigamente se chamava Rua da República e hoje se chama Getulio Vargas. Nessa rua, existia a lenda de uma antiga baiana, que diziam que se transformava em porca. Um dia, um grupo de homens perseguiu uma porca e atiraram nela. Tempos depois, um vizinho foi visitar a Gertrudes, uma mulher baiana, e ela estava ferida na rede. Chamaram o prefeito, que era o médico Teófilo Furtado. Ele viu um machucado no bumbum da Gertrudes, que morreu desse ferimento. Regina tem grande participação na educação e na construção do museu da história de Itaituba, o Museu Aracy Paraguaçu. Uma de suas missões é a preservação da memória local por meio dos objetos advindos das famílias fundadoras do município.