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A mãedrasta de Cinderela

Eu morava com mãe e pai, seu Aydil e dona Sílvia, na casa da rua Cadiz, vila Alba, desde 1973. Restamos os três depois que Rose se casou, em 1987, e morreu, dona Margarita, Güelita, nossa avó materna, em 1993.

Minha irmã Rose Mary e meu segundo cunhado, Aguinaldo, resolveram comprar um apartamento em Campo Grande. Então papai, achou o casarão que o dono, enforcado, estava vendendo barato, na rua Miosótis. Com uma piscina grande e uma pequena, três suítes (uma com banheira com hidromassagem), mais um banheiro dentro e dois fora, sauna, etc. Total de seis banheiros. Assim compraram a casa que parece um clube, na travessa Miosótis, bem perto donde morávamos.

Chamava travessa mas era um beco-sem-saída. O terreno abrangia até a Madri mas no aperto o antigo dono construiu no fundo, murou e se mudou.

Como quem aluga não cuida, propuseram a papai: Em vez de alugar o casarão nos mudássemos a ele e alugássemos a casa onde estávamos. Com o aluguel manteríamos a casa nova. O que passasse do orçamento eles complementariam, depositando em minha conta.

Nos mudamos em agosto de 2000.

O arranjo foi um acordo bom pràs duas partes, feito entre eles e papai, sem minha participação. Nos mudamos a uma casa com um padrão muito superior, embora dispendiosa. Eles ganhavam, também, tendo ali a família, que cuida, conserta tudo e quando vinham podiam tomar conta do pedaço, com a suíte reservada. Coisa impensável sendo alugada a estranhos.

Mas a vida é assim. Sempre um lado acha que está sendo magnânimo e generoso. Rose disse, certa vez:

— Só um cunhado maravilhoso pra deixar uma casa desta prà sogra morar. A poderíamos alugar a um valor bem alto.

Com o acidente de minha sobrinha, durante a Copa 2002, onde uma pilastra de concreto caiu no pé, fiquei mais de ano com a conta no vermelho, ajudando. Assumi os impostos e Unimed de mamãe. Desde então Rose escorregou no trato de complementar a despesa extra.

Seu Aydil,...

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