Vitória Vieira, 23 anos, nasceu e cresceu na capital paulista, mas sua história começa com raízes lá no Ceará. Filha de pais separados, dividia seu tempo entre São Paulo e a roça cearense, na sua infância passava férias brincando com primos - andando de bicicleta, fazendo escolinha e explorando rios e cachoeiras. "Minha infância foi muito boa porque sempre tive essa turma junto", lembra com carinho.
Apaixonada por ciências humanas desde a escola, Vitória escolheu cursar RI (Relações Internacionais) na faculdade, atraída pela possibilidade de estudar história, filosofia e política em
um só curso. Sua trajetória profissional começou no telemarketing durante a pandemia ("não foi boa, mas me formou"), até chegar à pesquisa acadêmica e projetos sociais. Um desses projetos é o Pontão Cultural do Museu, onde atua como agente cultural após a indicação de uma amiga.
No projeto, Vitória encontrou um espaço para superar sua timidez. "O mais marcante foi conhecer outras histórias e sonhos", conta. Ainda enfrenta o desafio de se expressar mais espontaneamente, mas consegue enxergar o quanto evoluiu: "É legal falar de si, saber que pode
inspirar alguém". Entre as pesquisas e encontros culturais, ela mantém esse trânsito entre as raízes cearenses e a grande São Paulo.
Para o futuro, Vitória traz um conselho: "Cada um tem seu tempo e seus espinhos, mas o importante é não desistir". Sua história movida por transições entre cidade grande e o interior, diz sobre como são diferentes trajetórias de cada um: "Se minha história inspirar alguém um dia, para mim isso já vai ser o suficiente", Vitória mostra que por trás da timidez, há uma jovem cheia de sonhos.