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Por: Museu da Pessoa, 20 de outubro de 2020

A importância da escuta e a medicina integrativa

Esta história contém:

A importância da escuta e a medicina integrativa

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Eu nasci numa cidade no Vale do Paraíba bem pequenininha – chama Cruzeiro. Nasci em 25 de abril de 67 e sou a primeira filha de muitos. Nasci ali, vivi toda infância e saí na adolescência. Eu percebo que apesar de muitos irmãos, da gente ser muito juntos, tinha algumas atividades de infância, de brincadeiras, eu acredito que é muito mais de brincadeira na infância, do que eu sentia falta. Então eu pegava minhas bonequinhas, brincava com minhas bonequinhas, e depois eu ia brincar com os meninos. Quando eu voltava pra pegar aquelas bonequinhas de volta pra brincar, elas tavam ou sem cabeça, ou sem perna, ou sem braço, elas estavam literalmente destruídas; e eu engessava, as bonequinhas, eu fazia curativinho nas bonequinhas, e hospitalizava as bonequinhas, não tinha como brincar com as bonecas. Eu punha elas no hospitalzinho, eu falava “ela tá internada, depois que elas recuperar eu vou brincar”. E eu ia brincar com os meninos. Quando eu tinha 11 anos, eu tive um sarampo, e tive uma perda de audição 100 %, uma surdez 100%, a minha sorte que é só um ouvido, mas uma doença evitável com vacina, né. Então você vê com a evolução, as pesquisas ajudam, porque eu falo assim, naquele momento eu não tinha muita noção do que era ser surda, deficiente auditiva, né, porque um ouvido escutava muito bem, graças adeus até hoje escuta muito bem, então fui percebendo que escutar é muito importante pra mim, e eu fui ter essa percepção na idade adulta. Eu acho que eu fui ter essa percepção mesmo quando eu comecei a atender as minhas pacientes, então eu elaborei uma escuta muito ativa, porque pra eu escutar eu tenho que prestar muita atenção, então fui vendo o quanto é importante você escutar o outro, e o quanto é de gratidão eu conseguir escutar o outro, que eu poderia não tá conseguindo. Então, uma sequela de infância, eu fui desenvolvendo uma outra capacitação. Então escutar pra mim é uma preciosidade, e foi de...

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Projeto Medley

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Ana Paula Junqueira

Entrevistado por

Local, data

Código: PCSH_HV967

Transcrito por Camila Inês Schmitt Rossi

Revisado por Érika Gonçalves

Uma vida pela medicina

Biografia - Ana Paula Junqueira Santiago, nasceu em Cruzeiro, interior de São Paulo, em abril de 1967. Mais velha de cinco filhos, sempre foi muito apegada à família. Nunca desistiu do seu sonho de ser médica, foi estudar fora, mesmo muito jovem. Ginecologista e obstetra, sempre se preocupou em ouvir as pacientes. Também se especializou em sexualidade. Casada, mãe de um filho, procurou adequar sua agenda para ficar mais em família.

Sinopse - Ana Paula Junqueira Santiago nasceu em família numerosa. Formou-se em medicina e se especializou em ginecologia e obstetrícia de alto risco. Dedicada a ouvir as pacientes, também buscou formação em sexualidade. Acostumada ao ambiente de UTI, acompanhou familiares em internamentos mais delicados. Descobriu a necessidade de também cuidar de si.

Palavras-chave: Cruzeiro, Líbano, imigração, comércio, falência, brincadeira, gravidez, médico de família, asma, vacina, surdez, medicina, estudo, cuidado, saúde feminina, amizade, namoro, sexualidade, gestação, amamentação, carreira, UTI, maternidade, luto, pandemia, ansiedade,

estresse pós-traumático, meditação, envelhecimento

P1 – Bom, então, vamos começar. Por favor, Ana, você podia começar falando seu nome completo, data e local de nascimento?

R – Posso sim. Me apresentando aqui: Ana Paula Junqueira Santiago, eu nasci numa cidade no Vale do Paraíba bem pequenininha – não tão pequenininha, é que depois que você mora em São Paulo ela parece menorzinha, né – chama Cruzeiro. Nasci ali, vivi toda infância ali, saí na adolescência, e nasci em 25 de abril de 67, de parto normal. Nasci de parto normal [risos], e sou a primeira filha, sou a primeira de muitos.

P1 – E qual o nome dos teus pais?

R...

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