Aprendi a falar muito cedo, quando pequena falava demais, mas com um tempo fui ficando "muda", fui ficando tímida, fui mudando, ou melhor, as pessoa foram me moldando... Fui aprendendo que a vida não é tão fácil, mas também, ninguém disse que seria. Minha infância foi marcada por muitas coisas, na grande maioria fui muito feliz, aos 7 anos mudei de escola, até então sempre havia estudado na mesma. Nessa época, percebi que precisava usar óculos. Comecei a usar. Foi daí que minha vida começou a mudar, infelizmente há muito preconceito com quem usa óculos, isso é terrível, acaba com a alto estima da pessoa, principalmente crianças... Todo dia na escola me apelidavam e eu fui ficando deprimida, todo dia eu chorava, meus pais e familiares se preocupavam e perguntavam, mas eu não dizia nada. O tempo foi passando e eu fui piorando, o bullying passou a mudar de forma, foi ficando mais físico... Chegou até um certo ponto que eu não pude aguentar mais, fiquei na sombra do fundo do poço.... Até que chegou ao ponto de querer suicídio, cheguei a pensar nisso de várias formas, com armas, objetos cortantes, remédios, drogas... Minha vida foi virando um "inferno", e todo mundo tava percebendo isso, ninguém me reconhecia mais, meus verdadeiros amigos andavam bastante preocupados comigo, tanto que, um deles chegou a ir falar com meus pais sobe isso... Era final de ano, era natal, a família estava toda reunida lá em casa, mas eu não queria estar com eles, eu estava em meu quarto trancada, isolada do mundo, havia meses que ninguém tirava foto minha, eu não queria. Nas fotos de família, eram todas sem mim. Por volta das 2:00 horas da manhã, minha tia me chamou pra dar uma volta sozinha com ela, depois de muita insistência eu acabei indo, isso foi minha salvação. Conversamos bastante, ela me perguntou o que estava havendo, que todo mundo andava muito preocupado comigo e que eu estava me afogando num lago muito profundo. Depois que conversamos ela...
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Aprendi a falar muito cedo, quando pequena falava demais, mas com um tempo fui ficando "muda", fui ficando tímida, fui mudando, ou melhor, as pessoa foram me moldando... Fui aprendendo que a vida não é tão fácil, mas também, ninguém disse que seria. Minha infância foi marcada por muitas coisas, na grande maioria fui muito feliz, aos 7 anos mudei de escola, até então sempre havia estudado na mesma. Nessa época, percebi que precisava usar óculos. Comecei a usar. Foi daí que minha vida começou a mudar, infelizmente há muito preconceito com quem usa óculos, isso é terrível, acaba com a alto estima da pessoa, principalmente crianças... Todo dia na escola me apelidavam e eu fui ficando deprimida, todo dia eu chorava, meus pais e familiares se preocupavam e perguntavam, mas eu não dizia nada. O tempo foi passando e eu fui piorando, o bullying passou a mudar de forma, foi ficando mais físico... Chegou até um certo ponto que eu não pude aguentar mais, fiquei na sombra do fundo do poço.... Até que chegou ao ponto de querer suicídio, cheguei a pensar nisso de várias formas, com armas, objetos cortantes, remédios, drogas... Minha vida foi virando um "inferno", e todo mundo tava percebendo isso, ninguém me reconhecia mais, meus verdadeiros amigos andavam bastante preocupados comigo, tanto que, um deles chegou a ir falar com meus pais sobe isso... Era final de ano, era natal, a família estava toda reunida lá em casa, mas eu não queria estar com eles, eu estava em meu quarto trancada, isolada do mundo, havia meses que ninguém tirava foto minha, eu não queria. Nas fotos de família, eram todas sem mim. Por volta das 2:00 horas da manhã, minha tia me chamou pra dar uma volta sozinha com ela, depois de muita insistência eu acabei indo, isso foi minha salvação. Conversamos bastante, ela me perguntou o que estava havendo, que todo mundo andava muito preocupado comigo e que eu estava me afogando num lago muito profundo. Depois que conversamos ela me pediu permissão pra falar com minha mãe sobre algumas coisas... Eu estava com muitas marcas do bullying, com braços e pernas arranhados (de galhos de plantas e unhas, geralmente). Minha tia conversou com minha mãe e ela me colocou pra ir pra uma psicóloga, fiquei vários meses com ela, tive que usar remédio, minha Síndrome do Pânico já estava em larga escala. Naquela época tinha muitos pesadelos, as vezes gritava muito a noite, houve vezes que comprei veneno pra tentar, mas parece que a psicóloga adivinhava e me fazia sempre desistir daquilo, a psicóloga certo dia me aconselhou pra ir à igreja, aceitei. Uma amiga me chamou para participar de um grupo de jovens, aceitei. Lá permaneço até hoje. Esse grupo mudou minha vida, aprendi muito, hoje sei que o meu Deus é maior que os meus problemas, lá fiz muitas amizades, voltei a ser comunicativa. Fui voltando ao meu eu, deixei a rebeldia e foquei nos estudos. Hoje, me considero uma pessoa feliz, tenho tudo que preciso, tenha uma família que me ama muito e amigos leais. Ainda pretendo fazer uma diferença na história, quero mudar algo no mundo, ou pelo menos na minha cidade. Não quero ser reconhecida mundialmente pelo que fiz, mas quero que pelo menos seja pra alguém uma inspiração, seja admirada por alguém.
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