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A Face nos Espelhos

Distante do currículo, próximo das dúvidas e quem sabe das incertezas, começo a falar de uma trajetória, de um caminho feito de estudos e lições, feito de trabalho, feito de dedicação, feito de inseguranças mas, principalmente, como diz João Cabral, feito de talvezes ou todavias. Escolho, para o texto que vai deixar registradas minhas inconclusões, o nome de A Face nos Espelhos. Espero que esta metáfora do espelho, como o olhar que vê a si próprio, facilite a tarefa reflexiva que tenho pela frente.

Tratar de recordações e da memória tem sido uma tarefa dos últimos tempos de pesquisador, o que só traz dificuldades quando o sujeito da recordação e da memória é o próprio narrador. Isto, narrar a vida é ordená-la sob um ponto de vista particular, de hoje. Assim, de alguma maneira, o homem de hoje busca o menino de ontem, refletido neste. Talvez o menino me ajude a encontrar o fio da meada.

Nasci em Santos, São Paulo, em maio de 1949. Tempos de mar e tempos de bonde elétrico. A sorte estava lançada. Como o sertão acompanha o sertanejo, o mar acompanha o caiçara. E, o olhar o mar, a partir do balanço do carro reboque do bonde elétrico determina o ritmo e o tempo das tardes ensolaradas da ilha de São Vicente e do mundo. Era mais ou menos assim, uma fronteira era o mar a outra era a Via Anchieta. Os canais, construídos no início do século XX por Saturnino de Brito para resolver um problema sanitário, dão à cidade um contorno interessante e um charme todo especial. Eu nunca havia visto um rio, mas de alguma forma considero que estiveram presentes na minha infância, pois todos os canais corriam para o mar.

Lembro que na minha infância e juventude existiam poucos, muito poucos, carros em circulação. E, o solo da ilha, conquistado ao mar, era areia. Assim, nossas ruas eram calçadas com paralelepípedos ou eram de areia. Um eterno convite ao futebol. Chegava da escola...

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