Projeto Cabine de Depoimento – Vai-Vai
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Ubaldina Silva
Entrevistado por diversos
São Paulo, agosto de 2.000
Código: VAI_CB019
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
Revisado por Raquel de Lima
P/19 – Qual o seu nome, data e local de nascimento?
R – Meu nome é Ubaldina Silva. Eu nasci dia 30 de outubro de 1937.
P/19 – Aqui em São Paulo mesmo?
R – É, aqui em São Paulo.
P/19 – Na capital?
R – É.
P/19 – Qual é a primeira lembrança do Carnaval na sua vida?
R – A primeira lembrança do Carnaval foi quando eu desfilei pela primeira vez. A gente, né? Então, sempre aqui. ______ Conheço todas as escolas, mas que eu tenha saído, foi só aqui. Quer dizer...
P/3 – Você sabe quando foi? Em que ano, você se lembra mais ou menos?
R – Vai fazer 25 anos já, agora.
P/3 – Ah, tá.
P/19 – Você passou por várias alas?
R – Todas. Todas. Todas. Agora a última, ala das baianas.
P/19 – Baiana?
R – É.
P/3 – Fala um pouquinho o nome das outras alas onde você passou.
R – Olha, a ala que mais me marcou foi a da Fuzuê. Na Fuzuê, né? Depois eu passei pela da Sandrinha, até já esqueci o nome. Passei por todas.
P/3 – Essa que te marcou mais, a Fuzuê, qual a característica dessa ala? Como vocês desfilavam?
R – A roupa era muito bonita. (Era do Calixto?), né? A roupa era linda demais, sabe? Então, foi a que marcou. Todas marcaram, mas essa marcou bastante.
P/19 – E você ficou bastante tempo nela?
R – Fiquei. Fiquei bastante tempo, né? Agora, faz uns 6 anos que eu vim pra ala das baianas, né? __________________ minha filha falou assim: “Mãe, sai na ala das baianas?” Eu nunca quis sair. Não é por nada, não. Porque eu não tenho complexo de nada, né? Eu achei que devia... __________ pra sair na ala das baianas. É uma ala um pouquinho complicada, mas é uma ala bonita, né? Porque dá muito trabalho, sabe?
P/19 – Então,...
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Projeto Cabine de Depoimento – Vai-Vai
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista de Ubaldina Silva
Entrevistado por diversos
São Paulo, agosto de 2.000
Código: VAI_CB019
Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva
Revisado por Raquel de Lima
P/19 – Qual o seu nome, data e local de nascimento?
R – Meu nome é Ubaldina Silva. Eu nasci dia 30 de outubro de 1937.
P/19 – Aqui em São Paulo mesmo?
R – É, aqui em São Paulo.
P/19 – Na capital?
R – É.
P/19 – Qual é a primeira lembrança do Carnaval na sua vida?
R – A primeira lembrança do Carnaval foi quando eu desfilei pela primeira vez. A gente, né? Então, sempre aqui. ______ Conheço todas as escolas, mas que eu tenha saído, foi só aqui. Quer dizer...
P/3 – Você sabe quando foi? Em que ano, você se lembra mais ou menos?
R – Vai fazer 25 anos já, agora.
P/3 – Ah, tá.
P/19 – Você passou por várias alas?
R – Todas. Todas. Todas. Agora a última, ala das baianas.
P/19 – Baiana?
R – É.
P/3 – Fala um pouquinho o nome das outras alas onde você passou.
R – Olha, a ala que mais me marcou foi a da Fuzuê. Na Fuzuê, né? Depois eu passei pela da Sandrinha, até já esqueci o nome. Passei por todas.
P/3 – Essa que te marcou mais, a Fuzuê, qual a característica dessa ala? Como vocês desfilavam?
R – A roupa era muito bonita. (Era do Calixto?), né? A roupa era linda demais, sabe? Então, foi a que marcou. Todas marcaram, mas essa marcou bastante.
P/19 – E você ficou bastante tempo nela?
R – Fiquei. Fiquei bastante tempo, né? Agora, faz uns 6 anos que eu vim pra ala das baianas, né? __________________ minha filha falou assim: “Mãe, sai na ala das baianas?” Eu nunca quis sair. Não é por nada, não. Porque eu não tenho complexo de nada, né? Eu achei que devia... __________ pra sair na ala das baianas. É uma ala um pouquinho complicada, mas é uma ala bonita, né? Porque dá muito trabalho, sabe?
P/19 – Então, o que é que a Escola de Samba Vai-Vai representa pra você?
R – Ah, pra mim representa a minha casa. É tudo.
P/19 – Tudo, assim...
R - Tudo. Tudo da casa, amizade, as pessoas que a gente conhece. Por isso que a gente está sempre aqui.
P/3 – Se você fosse explicar para uma pessoa que nunca viu o Carnaval, como você descreveria a ala das baianas?
R – Olha, primeiro teria que ter um certo respeito à ala, né? Segundo, teria que ter muita compreensão. E precisa gostar, porque se não gostar, não adianta. Você entende? Se a senhora não gosta daquilo que a senhora faz, não adianta, né? Então, são esses três ________. Tem que gostar, tem que respeitar e tem que dar tudo o que tem pela ala das baianas, né? Porque a ala das baianas é uma ala... sem as baianas o Carnaval não sai, né? Escola nenhuma, né?
P/3 – Você nos disse que você está na Vai-Vai há 25 anos. Nesse período todo, existe algum samba que te marcou mais? Qual o samba da escola que te chamou mais atenção?
R – É que a gente gosta de todos, né? O do ano passado foi muito bom. Foi __________.
P/3 – Qual o nome desse samba?
R – Do ano passado? E agora...
P/3 – Canta um trechinho pra gente.
R – Deixa eu ver se eu lembro. São tantos, né? Ah, meu Deus, e agora? São tantos que a gente nem guarda. Porque já está com o samba desse ano, né? Ah, no momento...
P/3 – Então, canta o desse ano.
R – Desse ano também ainda é novo, a gente quase nem sabe, né? Porque eu venho, mas eu faço outras coisas, ainda não gravei.
P/19 – Algum antigo assim, você não lembra?
R – Sambas antigos do Vai-Vai... Agora me fugiram todos.
P/3 – Então tá bom. Fica pra uma outra hora, a gente canta junto.
R – Tá bom, né?
P/3 – Obrigada, viu?
R – Obrigada.
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