Olá. Me chamo Elmizia, carinhosamente conhecida como Micinha. Meu pai era descendente de nordestino e minha mãe indígena da etnia macuxi. Somos de Boa Vista Roraima uma pequena cidade no extremo norte do Brasil. Meus pais nunca concluíram seus estudos. Mal sabiam assinar seus nomes em seus documentos de identidade. Meu pai sempre nos incentivou a estudar visto que era seu sonho ver todos os seus filhos formados. Sempre estudei em escolas públicas. E com muita dificuldade Meu pai trabalhava incessantemente para nunca deixar faltar nada. Meu pai sempre foi meu exemplo de bom homem e ele sempre acreditava que a educação era a maior herança que podia deixar para seus filhos visto que nunca poderia nos dar uma vida confortável pelo nível vida social que ele podia nos oferecer. Quando eu estava no final do ensino fundamental Meu pai sofreu um grave acidente que o impossibilitou de trabalhar e eu e meus irmãos tivemos que trabalhar ainda adolescentes para não passar fome em casa. Meu pai nunca mais voltou a trabalhar. E mesmo debilitado ele nunca deixou de nos incentivar de trabalhar e estudar. Era difícil mas conseguimos concluir o fundamental. E mais uma vez ele me incentivou juntamente com minha a mãe a fazer o Magistério. Era o sonho deles ter uma filha professora. Mesmo com toda dificuldade do mundo para trabalhar vendendo salgados nos lanches de Boa Vista e estudando ao mesmo tempo consegui concluir e me formar professora. Foi a realização de meus pais. Com 18 anos passei no concurso estadual para o cargo de professora. Consegui ingressar na universidade Federal de Roraima. Infelizmente seis meses antes de concluir minha Graduação meus pais faleceram. Foi um baque muito grande. Mas o sonho de meu pai nunca deixei morrer. Alguns anos depois fiz especialização no Instituto Federal de Roraima. Sempre lembrando dos incentivos do meu pai. Hoje sou mestra. Sim fiz mestrado e em sonho meu pai me falou que estava muito feliz. Mas...
Continuar leitura
Olá. Me chamo Elmizia, carinhosamente conhecida como Micinha. Meu pai era descendente de nordestino e minha mãe indígena da etnia macuxi. Somos de Boa Vista Roraima uma pequena cidade no extremo norte do Brasil. Meus pais nunca concluíram seus estudos. Mal sabiam assinar seus nomes em seus documentos de identidade. Meu pai sempre nos incentivou a estudar visto que era seu sonho ver todos os seus filhos formados. Sempre estudei em escolas públicas. E com muita dificuldade Meu pai trabalhava incessantemente para nunca deixar faltar nada. Meu pai sempre foi meu exemplo de bom homem e ele sempre acreditava que a educação era a maior herança que podia deixar para seus filhos visto que nunca poderia nos dar uma vida confortável pelo nível vida social que ele podia nos oferecer. Quando eu estava no final do ensino fundamental Meu pai sofreu um grave acidente que o impossibilitou de trabalhar e eu e meus irmãos tivemos que trabalhar ainda adolescentes para não passar fome em casa. Meu pai nunca mais voltou a trabalhar. E mesmo debilitado ele nunca deixou de nos incentivar de trabalhar e estudar. Era difícil mas conseguimos concluir o fundamental. E mais uma vez ele me incentivou juntamente com minha a mãe a fazer o Magistério. Era o sonho deles ter uma filha professora. Mesmo com toda dificuldade do mundo para trabalhar vendendo salgados nos lanches de Boa Vista e estudando ao mesmo tempo consegui concluir e me formar professora. Foi a realização de meus pais. Com 18 anos passei no concurso estadual para o cargo de professora. Consegui ingressar na universidade Federal de Roraima. Infelizmente seis meses antes de concluir minha Graduação meus pais faleceram. Foi um baque muito grande. Mas o sonho de meu pai nunca deixei morrer. Alguns anos depois fiz especialização no Instituto Federal de Roraima. Sempre lembrando dos incentivos do meu pai. Hoje sou mestra. Sim fiz mestrado e em sonho meu pai me falou que estava muito feliz. Mas muito feliz pela vida que conquistei. A minha felicidade sempre foi incentivada pelos conselhos do meu pai. Hoje sou eternamente agradecida a ele por minhas conquistas pessoais e profissionais. Hoje estou quase aposentada. Mas tudo que tenho e que conquistei foi através de meus estudos. E eternamente agradecida pelo meu que se chamava Onildo. Onildo Aires de Souza. Te amo pai. Você foi o meu maior incentivo. Gratidão
Recolher