VidaMeu pai morreu em 2014. Em janeiro, aos 64 anos. Sem saber que estava com câncer. A nossa decisão – minha mãe e eu - foi para preservá-lo. Agora pergunto, do quê? O diagnóstico indicou três meses de vida. Tivemos a notícia em outubro de 2013. No dia da sua partida – acho bonita essa palavra como sinônimo de morte/falecimento – estávamos em casa, minha mãe, meu filho e eu. Tinha voltado do hospital. Almoçou, tomou uma cerveja sem álcool – seu câncer iniciou no fígado. Deitou na cama para descansar. Sentiu falta de ar. Corri para o quarto. Percebi que estava indo. Fiquei desesperada. Não consegui acompanhar. Sai de casa para chamar uma vizinha. Uma esperança. Liguei para a emergência. Saí para o quintal com meu filho de sete anos. Expliquei o que aconteceu. Ele sabia que o nono estava doente. Liguei para meu marido. Avisei minha tia. Decidi não chorar. Na época frequentava um centro espírita Kardecista. Queria demonstrar minha espiritualidade. Que aceitava a morte. Entendia. Mas não foi bem assim. Não superei a perda. Mas estou mais tranquila. Sonho com meu pai às vezes. Sempre muito real. Sinto saudades. Acredito que está em algum lugar e consegue me ver. Isso é ter fé. MorteMeu pai morreu em 2014. Em janeiro, aos 64 anos. Sem saber que estava com câncer. A nossa decisão – minha mãe e eu - foi para preservá-lo. Agora pergunto, do quê? O diagnóstico indicou três meses de vida. Tivemos a notícia em outubro de 2013. No dia da sua partida – acho bonita essa palavra como sinônimo de morte/falecimento – estávamos em casa, minha mãe, meu filho e eu. Tinha voltado do hospital. Almoçou, tomou uma cerveja sem álcool – seu câncer iniciou no fígado. Deitou na cama para descansar. Sentiu falta de ar. Corri para o quarto. Percebi que estava indo. Fiquei desesperada. Não consegui acompanhar. Sai de casa para chamar uma vizinha. Uma esperança. Liguei para a emergência. Saí para o quintal com meu filho de sete...
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Vida
Meu pai morreu em 2014. Em janeiro, aos 64 anos. Sem saber que estava com câncer. A nossa decisão – minha mãe e eu - foi para preservá-lo. Agora pergunto, do quê? O diagnóstico indicou três meses de vida. Tivemos a notícia em outubro de 2013. No dia da sua partida – acho bonita essa palavra como sinônimo de morte/falecimento – estávamos em casa, minha mãe, meu filho e eu. Tinha voltado do hospital. Almoçou, tomou uma cerveja sem álcool – seu câncer iniciou no fígado. Deitou na cama para descansar. Sentiu falta de ar. Corri para o quarto. Percebi que estava indo. Fiquei desesperada. Não consegui acompanhar. Sai de casa para chamar uma vizinha. Uma esperança. Liguei para a emergência. Saí para o quintal com meu filho de sete anos. Expliquei o que aconteceu. Ele sabia que o nono estava doente. Liguei para meu marido. Avisei minha tia. Decidi não chorar. Na época frequentava um centro espírita Kardecista. Queria demonstrar minha espiritualidade. Que aceitava a morte. Entendia. Mas não foi bem assim. Não superei a perda. Mas estou mais tranquila. Sonho com meu pai às vezes. Sempre muito real. Sinto saudades. Acredito que está em algum lugar e consegue me ver. Isso é ter fé.
Morte
Meu pai morreu em 2014. Em janeiro, aos 64 anos. Sem saber que estava com câncer. A nossa decisão – minha mãe e eu - foi para preservá-lo. Agora pergunto, do quê? O diagnóstico indicou três meses de vida. Tivemos a notícia em outubro de 2013. No dia da sua partida – acho bonita essa palavra como sinônimo de morte/falecimento – estávamos em casa, minha mãe, meu filho e eu. Tinha voltado do hospital. Almoçou, tomou uma cerveja sem álcool – seu câncer iniciou no fígado. Deitou na cama para descansar. Sentiu falta de ar. Corri para o quarto. Percebi que estava indo. Fiquei desesperada. Não consegui acompanhar. Sai de casa para chamar uma vizinha. Uma esperança. Liguei para a emergência. Saí para o quintal com meu filho de sete anos. Expliquei o que aconteceu. Ele sabia que o nono estava doente. Liguei para meu marido. Avisei minha tia. Decidi não chorar. Na época frequentava um centro espírita Kardecista. Queria demonstrar minha espiritualidade. Que aceitava a morte. Entendia. Mas não foi bem assim. Não superei a perda. Mas estou mais tranquila. Sonho com meu pai às vezes. Sempre muito real. Sinto saudades. Acredito que está em algum lugar e consegue me ver. Isso é ter fé.
Fé
Meu pai morreu em 2014. Em janeiro, aos 64 anos. Sem saber que estava com câncer. A nossa decisão – minha mãe e eu - foi para preservá-lo. Agora pergunto, do quê? O diagnóstico indicou três meses de vida. Tivemos a notícia em outubro de 2013. No dia da sua partida – acho bonita essa palavra como sinônimo de morte/falecimento – estávamos em casa, minha mãe, meu filho e eu. Tinha voltado do hospital. Almoçou, tomou uma cerveja sem álcool – seu câncer iniciou no fígado. Deitou na cama para descansar. Sentiu falta de ar. Corri para o quarto. Percebi que estava indo. Fiquei desesperada. Não consegui acompanhar. Sai de casa para chamar uma vizinha. Uma esperança. Liguei para a emergência. Saí para o quintal com meu filho de sete anos. Expliquei o que aconteceu. Ele sabia que o nono estava doente. Liguei para meu marido. Avisei minha tia. Decidi não chorar. Na época frequentava um centro espírita Kardecista. Queria demonstrar minha espiritualidade. Que aceitava a morte. Entendia. Mas não foi bem assim. Não superei a perda. Mas estou mais tranquila. Sonho com meu pai às vezes. Sempre muito real. Sinto saudades. Acredito que está em algum lugar e consegue me ver. Isso é ter fé.
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