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História
Por: , 5 de setembro de 2019

A costura me escolheu

Esta história contém:

A costura me escolheu

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Eu cogitei em ser psicóloga, porque as pessoas gostavam muito de conversar comigo, então, pensei assim, por que não? Mas a moda também me atraía muito, eu adorava costurar. Minha tia se separou e foi morar junto com a gente, com os meus avós, e eu a via costurando, e eu amava tudo aquilo, queria deixar de ir para escola só para eu poder ficar ali.

Eu passei a ler sobre o assunto e comecei a fazer as costurinhas de mão para ela, umas coisinhas bem pequenas. E aí, com o passar do tempo, quando menos esperava, eu estava sentada na máquina de costura. Nas minhas férias, eu ia para Amarante e minhas primas arrumavam trabalhos para mim, e eu comecei a costurar para algumas pessoas. E no interior, elas não tinham dinheiro para dar para a gente, então elas pagavam com galinha, feijão, essas coisas, e eu adorava tudo daquilo, para mim era muito divertido. Foi assim que eu passei a costurar com a minha tia, ela cortava e eu costurava, e foi quando eu decidi ser costureira. Ou melhor, a profissão me escolheu.

Minha tia tem o maior orgulho de mim, porque eu aprendi tudo com ela, a cortar, costurar, então, quando eu falo o que estou fazendo hoje, que eu me tornei professora de corte e costura, nossa, ela está muito feliz, muito feliz mesmo. Ela diz assim: "Nem minha filha teve esse interesse!” Ela está muito orgulhosa de tudo isso.

A sensação de contar sobre a minha história, sobre meu passado, foi muito boa. Hoje, eu vejo assim, eu fui muito carente de coisas materiais, não em relação ao alimento, isso não, meus avós nunca deixaram faltar, eles se preocupavam muito com isso, mas eles tinham que fazer uma escolha, ou eram as coisas materiais, a roupa, o calçado, ou o alimento, e eles optavam pelo prato em cima da mesa. Hoje, nada disso me falta, eu até brinco com as minhas amigas, eu estou precisando de espaço para colocar meus sapatos, estou precisando de mais cabides... Graças a Deus, meu marido me deu um guarda-roupa enorme! Então, eu...

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Dados de acervo

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Projeto Memórias da Zona Norte

Depoimento de Ana Karina Borges

Entrevistado por Camila Pinheiro e Guilherme Fernandes

São Paulo, 05/09/19

PCSH_HV_796

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Ana Carolina Dias

P/1 - Bom, obrigada pela presença. Não tem resposta certa e errada, eu só quero saber um pouquinho da tua vida, da tua história. Queria que você começasse falando o teu nome completo e onde você mora atualmente.

R - Meu nome é Ana Karina Borges Silva, eu moro na Rua Argoim, número 61, Jardim Modelo. O bairro é Jardim Modelo, Jaçanã.

P/1 - E me conta um pouco da tua família, assim, pensando lá atrás, nos seus pais, qual o nome dos seus pais, o que eles faziam, quem são eles?

R - O meu pai se chama Francisco Lopes da Silva Minha, mãe se chama Zenaide Borges de Moraes. Só que eu não fui criada por eles, eu fui criada pelos meus avós João Lopes da Silva e Vicência Lopes da Silva.

P/1 - Ta. E como que você escreveria então... Você conheceu o seu pai e sua mãe?

R - Sim, eu conheci meus pais. Minha mãe, como os meus pais se separaram eu ainda era bebê, então os meus avós acabaram pedindo para poder me criarem. E minha mãe deu, e ela veio aqui para São Paulo e eu fiquei no Maranhão, morando com os meus avós no Maranhão até seis anos, e depois eu ia começar a estudar, então eles resolveram ir para Teresina, que a capital do Piauí, onde eu fui para a escola e fiquei lá até vir para cá.

P/1 - Então você nasceu em Teresina e foi logo para o Maranhão? Conta um pouco desse começo de vida.

R - Quando houve a separação dos meus pais, eu fui para o Maranhão, morar no Maranhão com os meus avós, e de lá... Fiquei lá até os seis anos e depois a gente foi morar em Teresina. E foi onde comecei a estudar, passei a minha juventude toda lá e morando com eles, com os meus avós, que são os meus pais (risos).

P/2 - E você tem memória desse dia que foi morar com os seus avós?

R - Não. Não porque eu tinha oito...

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