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Por: Angelo Brás Fernandes Callou, 6 de dezembro de 2021

A baleia encalhada da Consolação

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A baleia encalhada da Consolação

A baleia encalhada da Consolação

Por Angelo Brás Fernandes Callou

Comprei uma baleia de cerâmica com o meu primeiro salário de engenheiro de pesca. Eu trabalhava na Sudelpa (Superintendência do Desenvolvimento do Litoral Paulista), em São Paulo e, logo em seguida, em Cananéia, antes de me tornar professor da UFRPE.

Eu caminhava na rua da Consolação quando avistei a baleia na vitrine de uma loja. Ao saber o preço do simpático objeto, desisti de comprá-lo. Não tinha cabimento aquele valor, muito acima do razoável, mesmo sabendo que as baleias correm risco de extinção.

Como a Sudelpa ficava na Av. Angélica, praticamente via a baleia todos os dias. Ela era exibida, não saía da vitrine, dia após dia estava lá suplicando proteção. Ninguém queria a coitada. Claro, com aquele preço!

De tanto ver a baleia encalhada no aquário do consumo, comecei a achar, dentro das minhas excentricidades, que aquele objeto fora feito para mim. Não vacilei: com meu primeiro salário na vida, comprei a caríssima baleia, aqui no sentido polissêmico da palavra. A partir daí, virou animal de estimação. Está registrado a lápis no ventre do mamífero: São Paulo, setembro de 1984.

(Praia do Pina, Recife, junho de 2020)

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