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Conheci meu pai sendo chamado pelas pessoas como Seu Jair. Digo que conheci porque quando somos crianças, parece que não nos damos conta das pessoas ao nosso redor, mas com o passar do tempo, descobrimos quem é nossa mãe, nosso pai... E um dia, percebi o Seu Jair. Seu Jair é marido da dona Zilda, mulher trabalhadora desde que a conheço. Nunca ficou sem achar uma saída para os problemas enfrentados pela família. Tudo bem que ela parece meio ranzinza às vezes, mas tenho orgulho de ter a dona Zilda como exemplo quando me deparo com situações complicadas de resolver. Pois bem... Voltemos ao meu pai, o senhor Jair. Ele sempre trabalhou muito, fizesse chuva ou fizesse sol. Não sei porque, mas eu esperava meu pai chegar do serviço pra dormir cheirando a mão dele. Lembro da minha mãe dizer que estava suja, cheirando graxa... mas era a mão do meu pai e pronto. A gente vai crescendo e fica meio pirado na adolescência. O pior é que a gente só vê a burrada que fez, de não valorizar os momentos com os pais quando já somos adultos e daí a vida já deixou pra trás muitos momentos valiosos. O sonho de meu pai era ter uma moto. Ele ia e voltava do trabalho de bicicleta, não importava o tempo ou o cansaço. A bicicleta dele tinha uma gradinha na frente, que ele trazia não só a cesta básica uma vez por mês, como também trazia, com o peito cheio de felicidade, os brinquedos que a firma dava para os filhos dos funcionários. E era uma festa quando ele chegava. Um dia, ele realizou o sonho. Comprou a moto dele. Daí não tinha pra ninguém. Seu Jair cuidava da moto e ostentava a 125 como se fosse uma Harley.. E ele tinha toda razão. Lustrava, limpava, deixava brilhando. Era o orgulho dele. Depois veio a Titan verdinha. Essa deixou lembranças de susto e choro. Roubaram bem na porta de casa... Meu pai não sabia nem o que fazer. E a gente nunca mais viu. Depois vieram outros modelos... Mas o zelo era o mesmo. Seu Jair se aposentou, mas nunca parou...

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