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Por: Museu da Pessoa, 1 de novembro de 2012

"Não estou vivendo, estou existindo"

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"Não estou vivendo, estou existindo"

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P/1 – Antonio, você vai contar a sua história, onde você nasceu, quando foi, seus primeiros momentos de vida, sua infância, nome, data de nascimento, local.

R – É o seguinte, hoje eu faço 52 anos de idade. Hoje é o dia do meu nascimento, 51 foi ano passado, esse ano foi 52. E minha vida começou vindo embora do Norte, eu vim do Ceará. Antonio Barbosa dos Santos. Aí chegamos pra cá, trouxeram a gente pra cá, fomos trabalhar com café, colônia. Meu pai era alcoólatra e minha mãe dona de casa. A minha mãe era o homem de casa, ela trabalhava. Meu pai era um pingaiada daquele, mas ele era um cara responsável, ela gostava dele. A mulher quando perde a cabeça, ela fica cega, tudo por causa do estado. E assim ela criou 22 irmãos.

P/1 – Sua mãe e seu pai eram do Ceará, certo?

R – Não, só me trouxeram, porque eu era pequeno e não tinha condições de ter vindo. Aí chegamos aqui. Nossa vida naquele tempo, 1962, a situação estava brava, estava tendo guerra, revolução, aquele negócio todo. Castelo Branco tinha entrado na política, coisa e tal, aí em 1964 mataram Castelo Branco. Aí meu pai largou da minha mãe e o negócio começou aí.

P/1 – Isso em São Paulo?

R – Lá em Bilac.

P/1 – Bilac, São Paulo?

R – É. Aí meu pai largou minha mãe e foi embora. Aí nós passamos sufoco.

P/1 – Quantos irmãos você disse que tinha?

R – Eu tinha 22.

P/1 – Da mesma mãe?

R – É. Da mesma mãe e pronto. Acho que é. Eu nunca perguntei pra minha mãe sério.

P/1 – Não, mas eu estou perguntando, 22 irmãos do mesmo casamento?

R – É, exato.

P/1 – Vocês moravam em Bilac?

R – Não. Começamos a morar, aí um irmão desgarrou da família, outra irmã veio trabalhar de empregada doméstica, desapartou todo mundo. Aí começou a decadência, ficou só eu, tinha mãe e mais dois irmãos só....

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