Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
História
Por: Museu da Pessoa, 18 de dezembro de 2014

"Meu sonho era ser professora"

Esta história contém:

"Meu sonho era ser professora"

Meu nome é Cíntia Correia da Silva. Nasci em dia 27 de agosto de 1991, em Osasco. Meus pais são Cláudia Correia e Nelson Terto da Silva. O meu pai já morreu faz um bom tempo. Na verdade o meu pai eu nem cheguei a conhecer. Eu nem me lembro dele. Quando ele morava com a minha mãe eu era muito pequena, só que os dois não davam certo porque ele era muito agressivo, aí minha mãe resolveu separar dele e vir morar pra cá onde a gente mora hoje. Aí eu não tive contato, não me lembro dele. Minha mãe passou a trabalhar de doméstica quando ela separou dele. Éramos cinco, tudo pequenas e ela teve que se virar sozinha, trabalhar de doméstica pra poder terminar de nos criar. Tenho cinco irmãs. A mais velha é a Claudinéia, depois dela vem a Daniela, a Sheila, Shirlei, Cíntia e Letícia.

Eu vim pra cá eu tinha acho que um ano, nem um ano ainda. No começo a gente morava numa casa com a minha tia, era grande, de cinco cômodos. Aí não dava certo porque ela brigava demais com a gente, ela batia muito na gente, ela obrigava a gente a fazer as coisas. A minha mãe já trabalhando como doméstica, trabalhou muito, conseguiu montar um barraco pra gente na parte de cima do quintal e a gente morava lá em dois cômodos. Era no bairro São Victor. Era bem, bem pobre. Era no mesmo quintal, só que na casa de cima, que aí minha tia foi embora, a gente já maior começamos a trabalhar, ajuda-la, aí a gente aumentou a casa. Hoje eu moro numa casa boa, cinco cômodos.

Brincar, brincar eu não brincava muito, porque minha mãe saía cedo pra trabalhar, minha irmã mais velha também, então a responsabilidade mesmo ficava só pra nós, limpar a casa, lavar roupa, fazer comida. Aí as horas livres que eu tinha era brincar na rua, do lado meu vizinho estava construindo uma casa e tinha uma caçamba lá, então nossa brincadeira era ficar dentro da caçamba, brincar no barro. Era mamãe da rua, esconde-esconde, ficar pulando corda, essas brincadeiras. Brinquedo eu...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Museu da Pessoa – Conte sua história

Histórias de Esperança – 29 anos do Projeto Criança Esperança

Depoimento de Cíntia Correia da Silva

Entrevistada por Tereza Ruiz

Osasco 18/12/2014

Realização Museu da Pessoa

Entrevista HECE_HV_41

Transcrito por Ana Carolina Ruiz

P/1 – Primeiro, Cíntia, fala pra gente o seu nome completo e a data e local de nascimento.

R – Cíntia Correia da Silva. Data de nascimento dia 27 de agosto de 1991.

P/1 – E o local?

R – Rua Veneza.

P/1 – Cidade e estado.

R – Osasco.

P/1 – Agora o nome completo da sua mãe e do seu pai e se você lembrar também o local e a data de nascimento deles.

R – Cláudia Correia. Cidade Osasco. Nelson Terto da Silva. Osasco.

P/1 – O que os seus pais fazem profissionalmente, Cíntia?

R – O meu pai já morreu faz um bom tempo. A minha mãe no momento não trabalha, fica em casa.

P/1 – E o seu pai trabalhava com o que antes dele falecer?

R – Não sei.

P/1 – Você não teve muito contato com ele?

R – Na verdade o meu pai eu nem cheguei a conhecer. Eu nem me lembro dele.

P/1 – Ele não chegou a morar contigo nem nada?

R – Não. Quando ele morava com a minha mãe eu era muito pequena, só que os dois não davam certo porque ele era muito agressivo, aí minha mãe resolveu separar dele e vir morar pra cá onde a gente mora hoje. Aí eu não tive contato, não me lembro dele. Uma vez só que ele foi lá, eu era muito pequena, aí minha mãe falou: “Olha seu pai aí, Cíntia”. Aí eu falei: “Meu pai. Meu pai, não. Não tenho pai”. Que eu não me lembro dele, não cheguei a conhecer nem nada. Só. O único dia que eu sei que eu vi foi esse.

P/1 – E a sua mãe também não trabalhava antigamente? Ela sempre foi dona de casa?

R – Sempre. Ela passou a trabalhar de doméstica quando ela separou dele. Aí éramos em cinco, tudo pequenas e ela teve que se virar sozinha, trabalhar de doméstica pra poder terminar de nos criar.

P/1 – Então ela...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.