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Por: Museu da Pessoa, 4 de setembro de 2014

"Eu acho que a vida é uma questão do olhar"

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"Eu acho que a vida é uma questão do olhar"

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Meu nome é Maria Luiza Guião Bastos, nasci em 1º de novembro de 1940, em Ribeirão Preto. Meus pais são Alcides Palma Guião e Paulina Figueiredo Ferraz Guião. Os dois nasceram em Cajuru, se conheceram lá. Ambos eram professores. Ela era professora do que era o primário antigamente e ele era o diretor de uma escola profissional. Durante 40 anos foi professor de Matemática do Instituto de Educação Otoniel Mota. Muitas gerações fizeram Engenharia por causa dele. Olha, ele como matemático era brilhante, ele fazia tudo. E com pessoas era um desastre total, absoluto. Nós éramos três Marias. Ele era tão autoritário que ele disse pra minha mãe: “Nós vamos ter três filhas, as três serão Marias e as três serão rainhas”. A mais velha era a Maria Odette, eu nunca achei uma rainha com esse nome (risos). Eu era a do meio, Maria Luiza, que era a imperatriz que foi casada com Napoleão e todo mundo sabia que dava pra todo mundo. E a última, Maria Cristina, que foi da Suécia, eu acho. Ele dizia assim: “As três têm que ser mulheres pra cuidar de mim”. Então era um cara, assim, absurdamente autoritário até para os padrões daquela época. Era uma fera. E eu, infelizmente, ou felizmente, não sei, nasci ruiva. E a minha irmã mais velha, que era belíssima, me convenceu que eu tinha sido achada no trem. E a minha mãe não dizia nada, ela foi a mulher mais submissa que eu conheci. Eu vou morrer inconformada com isso, ele tinha loucura pelas filhas e ela deixou-o fazer tudo o que queria. Uma vez eu estava em um salão de beleza, tinha uma Elle portuguesa, tinha um psiquiatra ruivo dizendo: “Quem nasce ruivo imediatamente entra em contato com a injustiça”. Eu tinha muitos gatos, muitos cachorros, era uma paixão desmedida! E a escada da cozinha era grande, eu chegava lá em cima e falava: “Meninos Um”, e vinham os cães, todos policiais alemães, aqueles pretos, lindíssimos. Aí eu...

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