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Personagem: Nilton Castro
Por: Museu da Pessoa, 13 de maio de 2016

"Ô Carioca!"

Esta história contém:

"Ô Carioca!"

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A manha do balcão é você ter já o conhecimento de atender, saber falar não: “Pois não, o que você precisa? O que eu posso te ajudar?”. Que nem aqui, chega o cliente e eu: “Pois não, senhor” “Você me serve um quilo de...”, aí você vai se distraindo, distraindo, daqui a pouquinho você está desenvolto, tem que se interessar, né? Às vezes tem cliente que você olha assim, não vai muito com a cara mas tem que atender (risos). Às vezes o cara está brincando contigo, uma brincadeira meio boba e você tem que relevar pra não dar aquele... mas é assim mesmo. Tem horas que tem um cliente bom que você quer conversar e você fala que não dá. É assim. E assim vai indo.Trabalhando o nosso dia a dia mesmo, você já tem a sua meta, né? Às vezes dá muito serviço, às vezes passa o dia coçando. Coçando assim, vambora encher a prateleira, deixar isso aqui limpo. Quando dá movimento também a gente não pode reclamar. Que às vezes se não tem está reclamando, se tem, então embora, do jeito que vier vai segurar a peteca. Aqui na Roma eu já sabia um pouquinho. E pelo colega que eu vim aqui comprar, então ele me instruiu mais ainda. “Ô Nilton, aqui fica o orégano” “Ô Nilton, aqui que fica a pimenta do reino” “Ô Nilton, é assim. Me ajuda a separar pedido”. Aí um colega, o Sérgio que sempre, assim que eu entrei ele estava, né? Seu Romeu também, um senhor de idade. Muuito legal. E foi instruindo, instruindo, instruindo, até hoje eu estou aqui. Não trabalha sábado, dá para viajar no Rio, dá pra pegar a família, tirar sua onda pra lá. Sair daqui sete horas da noite, chega lá uma hora da manhã, tudo claro, tem ônibus. Chega no domingo, meia-noite de lá vem embora, chega aqui cinco horas da manhã. Oxi, o que quer mais? Se trabalhar sábado não aproveita nada. Eu falei: “É aqui que eu vou ficar!” (risos)....

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Dados de acervo

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P/1 – Nilton, pra ficar registrado antes pra gente começar, fala o seu nome, local e data de nascimento pra mim.

R – Meu nome é Nilton Castro. Nasci no Rio de Janeiro em 1971, oito de maio.

P/1 – Você nasceu em que cidade do Rio?

R – Na cidade de Nova Iguaçu.

P/1 – Você nasceu em hospital ou em casa?

R – Eu nasci no hospital.

P/1 – Qual hospital foi?

R – Um hospital de Nova Iguaçu, Posse.

P/1 – E qual é o nome do seu pai?

R – O nome do meu pai é João da Silva Castro.

P/1 – Ele nasceu no Rio de Janeiro?

R – Não, ele nasceu em Vitória, Espírito Santo.

P/1 – Você sabe a data que ele nasceu?

R – Não tenho guardado na mente não, rapaz.

P/1 – Não tem problema, não.

R – Eu sei que ele é de 1941.

P/1 – E a sua mãe?

R – Minha mãe é falecida. Nascida no Espírito Santo também, em Vitória.

P/1 – Qual o nome dela?

R – O nome dela é Maria Antônia da Silva Castro.

P/1 – Ela nasceu em que data, você sabe?

R – A minha mãe, não. Ela morreu em 1993.

P/1 – E o seu pai, a família dele é do Espírito Santo.

R – É todinha do Espírito Santo, do meu pai e da minha mãe.

P/1 – E o que a família do seu pai fazia?

R – Eles tinham roça, trabalhavam na roça de café. Vendia café, trabalhava na roça, capinando. A família lá é assim, todinha, até hoje.

P/1 – Eles também fazem isso hoje?

R – Fazem. Tem parente ainda lá que faz essas coisinhas, com capinação, cortando café.

P/1 – E a família da sua mãe? É assim também?

R – Não, a família da minha mãe agora tem muito tempo que eu não vou lá, não tenho muito contato, mais com a do meu pai. Que foi indo todo mundo se acabando, né? Só tem uma tia lá em Vitória e uma aqui no Rio de Janeiro que nós vamos sempre lá, irmã da minha mãe. Mas é vida normal.

P/1 – Não trabalha na agricultura, na roça.

R – Não. Trabalha de empregada doméstica.

P/1 – E você sabe como seus pais se conheceram? Eles...

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