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Por: Museu da Pessoa,

É aqui mesmo o meu lugar

Esta história contém:

IDENTIFICAÇÃO Meu nome é José Márcio de Souza e moro na Rua Elias Bittar 36, dia 29/03/55. Nasci em Minas Gerais, em Santa Margarida. INFÂNCIA Cotidiano Eu saí de lá com 14 anos, lá eu estudava na parte da manhã e na parte da tarde ia pra roça com meu pai trabalhar na enxada, ajudar ele. Era roça de milho, café. Não tinha não tempo para brincar, naquela época não tinha, a vida era muito dura. Moradia A minha casa em Minas era de lamparina não tinha luz elétrica. Justamente fogão a lenha, eu ia buscar lenha na roça pra minha mãe cozinhar. Era casa de tijolo, mas era muito precário mesmo. Éramos aproximadamente umas sete pessoas. Agora eu não me lembro quantos cômodos não. FAMÍLIA Atividade da família Lavrador, o meu pai era lavrador. A terra era meia, com o fazendeiro lá. Aí nós plantava arroz, milho, café, aí na época da colheita dividia o café que ele plantou durante o ano. Mas a vida com tudo isso foi muito boa, não faltava nada dentro de casa o que nós tinha pra nós comer nós colhia mesmo, dava pro ano pra gente comer, uma vida muito boa, uma vida sadia. MIGRAÇÃO Mudança Para Rio de Janeiro Eu vim para o Rio de Janeiro pelo seguinte, a minha mãe veio pra cá, já estava aqui no Rio, tinha uma irmã aqui, a minha irmã veio pra cá aí trouxe a minha mãe. Aí minha mãe começou a trabalhar e eu pedi pra vim também aí ela me trouxe e assim depois foi vindo, depois veio meu pai, veio meus irmãos até minha mãe trabalhou aqui como doméstica, aposentou e eu também to seguindo o mesmo caminho. Não sei, deu vontade de largar tudo e vim pro Rio de Janeiro, a vontade que tem lá na roça só pensa na cidade grande, eu vim pra cidade grande. O Rio era muito bom na época e todo mundo falava em vim pro Rio o pessoal de lá todo mundo queria vim pra cá. Saltei na rodoviária Novo Rio, da rodoviária Novo Rio pegamos o ônibus e viemos pra cá, pros Prazeres, Escondidinho....

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Projeto Morro dos Prazeres- Este Morro tem História

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de José Márcio de Souza

Entrevistado por Paula Ribeiro e Alex Michel

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2002

Código: MP_HV018

Transcrito por Elisabete Barguth

Revisado por Giovanna do Carmo de Melo e Silva Oliveira

P/1 – Boa tarde Zé Márcio, gostaria então de começar o nosso depoimento pedindo que você me dê seu nome completo, o local e a data de nascimento, por favor.

R – José Márcio de Souza, Rua Elias Bittar 36, dia 29 de março de 1955.

P/1 – Nasceu aonde Zé?

R – Em Minas Gerais.

P/1 – Em que cidade?

R – Santa Margarida.

P/1 – Quais são as suas lembranças lá da sua cidade de origem?

R – Eu saí de lá com 14 anos. Lá eu estudava na parte da manhã e na parte da tarde ia pra roça com meu pai trabalhar na enxada, ajudar ele.

P/1 – E era roça de que?

R – Era roça de milho e café.

P/1 – Mas como era um pouco da sua infância, tinha tempo pra brincar? Tinha lazer?

R – Não tinha não, naquela época não tinha, a vida era muito dura.

P/1 – O teu pai era lavrador, é isso?

R – Lavrador, o meu pai era lavrador.

P/1 – Mas ele tinha terra dele ou trabalhava pra alguém de meia, arrendado? Como é que era?

R – A terra era meia, com o fazendeiro lá. Aí nós plantávamos arroz, milho e café. Aí, na época da colheita dividia o café que ele plantou durante o ano.

P/1 – Mas assim, como é que era a vida, era uma vida de muita dificuldade? Por exemplo, faltava comida? Vocês tinham gado também, leite, aquelas coisas?

R – Não, mas a vida com tudo isso foi muito boa, não faltava nada dentro de casa. O que nós tínhamos pra comer nós colhíamos mesmo, dava pro ano pra gente comer. Uma vida muito boa, uma vida sadia.

P/1 – E por que você veio pro Rio de Janeiro?

R – Eu vim pelo seguinte: a minha mãe veio pra cá, já estava aqui no Rio e tinha uma irmã aqui. A minha irmã veio pra cá e aí...

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