A Verdade como Caminho, nos relacionamentos amorosos, nas amizades verdadeiras, nas paixões.....
Há um aprendizado silencioso que a vida nos entrega — às vezes com ternura, outras com dor — de que entrar verdadeiramente no mundo de outra alma é um dos maiores desafios da existência. Criar um espaço onde o \\\"eu\\\" e o \\\"outro\\\" possam se encontrar sem defesas, sem máscaras, exige mais do que boa vontade: requer coragem, desapego e um compromisso sincero com a verdade da vida.
Não é algo natural para o ser humano. Nossa tendência é orbitar ao redor de nossas urgências, desejos e padrões, prisioneiros de rotas circulares que nos afastam do centro. E, no entanto, é nesse mesmo labirinto que muitas vezes ouvimos o primeiro sussurro da alma: um chamado à transformação.
Através de caminhos tortuosos — cheios de desvios, sombras e renúncias — aprendi que o verdadeiro retorno começa dentro. O que parecia queda era, na verdade, mergulho. O que parecia perda era esvaziamento para receber. E cada passo, mesmo os mais árduos, me levou para mais perto da essência, da verdade e da Fonte.
Não carrego fórmulas, nem pretendo oferecer atalhos. Cada alma é única e precisa escutar o som secreto que vibra dentro dela. O que posso oferecer é presença, escuta, e talvez um espaço onde a palavra seja ponte — e não muro —, onde o outro possa se escutar e se lembrar de quem é.
Vejo quantos vivem enredados em idolatrias sutis: não apenas as visíveis — do material, do status, da vaidade — mas também as emocionais, mentais e até espirituais. São prisões douradas que nos afastam do que realmente somos. A libertação dessas amarras é um trabalho de delicadeza e firmeza. É abrir janelas internas para que a luz do Alto possa entrar.
Neste caminho, reconheço o valor da religiosidade — não como dogma, mas como disciplina da alma. Ela me ofereceu ritmo e estrutura para sustentar as mudanças que o despertar espiritual, por si só,...
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A Verdade como Caminho, nos relacionamentos amorosos, nas amizades verdadeiras, nas paixões.....
Há um aprendizado silencioso que a vida nos entrega — às vezes com ternura, outras com dor — de que entrar verdadeiramente no mundo de outra alma é um dos maiores desafios da existência. Criar um espaço onde o \\\"eu\\\" e o \\\"outro\\\" possam se encontrar sem defesas, sem máscaras, exige mais do que boa vontade: requer coragem, desapego e um compromisso sincero com a verdade da vida.
Não é algo natural para o ser humano. Nossa tendência é orbitar ao redor de nossas urgências, desejos e padrões, prisioneiros de rotas circulares que nos afastam do centro. E, no entanto, é nesse mesmo labirinto que muitas vezes ouvimos o primeiro sussurro da alma: um chamado à transformação.
Através de caminhos tortuosos — cheios de desvios, sombras e renúncias — aprendi que o verdadeiro retorno começa dentro. O que parecia queda era, na verdade, mergulho. O que parecia perda era esvaziamento para receber. E cada passo, mesmo os mais árduos, me levou para mais perto da essência, da verdade e da Fonte.
Não carrego fórmulas, nem pretendo oferecer atalhos. Cada alma é única e precisa escutar o som secreto que vibra dentro dela. O que posso oferecer é presença, escuta, e talvez um espaço onde a palavra seja ponte — e não muro —, onde o outro possa se escutar e se lembrar de quem é.
Vejo quantos vivem enredados em idolatrias sutis: não apenas as visíveis — do material, do status, da vaidade — mas também as emocionais, mentais e até espirituais. São prisões douradas que nos afastam do que realmente somos. A libertação dessas amarras é um trabalho de delicadeza e firmeza. É abrir janelas internas para que a luz do Alto possa entrar.
Neste caminho, reconheço o valor da religiosidade — não como dogma, mas como disciplina da alma. Ela me ofereceu ritmo e estrutura para sustentar as mudanças que o despertar espiritual, por si só, não continha. A espiritualidade me inspirou; a religiosidade me sustentou.
Se hoje vivo uma harmonia interior, ela não é ausência de luta. Ainda enfrento minhas sombras, no silêncio das noites e na intimidade do coração. Mas há paz mesmo na batalha, quando se caminha em ressonância com a verdade.
A quem me olha e espera respostas prontas, preciso dizer com amor: não posso transformar ninguém. Só o Alto tem esse poder. Mas posso ser farol em meio à névoa, alguém que aponta para dentro e diz: “escute”. Porque a verdadeira transformação acontece quando ousamos abandonar as certezas que nos aprisionam e nos abrimos ao mistério que liberta.
Não imponho minha verdade. Seria vaidade e ignorância. A verdade é maior do que qualquer um de nós. Ela é o reflexo da Unidade que tudo contém. Só posso compartilhar minha experiência — como quem oferece um copo d’água a quem tem sede, sem saber se aceitará.
Se há um ensinamento que me acompanha é este: paz, felicidade e harmonia não são destinos prontos, mas trilhas a serem caminhadas, dia após dia. E cada passo exige um compromisso renovado com a alma, com a verdade, com o divino.
Que essas palavras sejam sementes lançadas com ternura — não para te mudar, mas para lembrar que você já carrega tudo o que busca. Que você possa ouvir sua própria alma, encontrar sua luz e caminhar com coragem, disciplina e fé.
Porque, no fim, todos os caminhos — todos os desertos, silêncios e reencontros — nos conduzem de volta ao mesmo lugar: ao coração da nossa essência e aos braços da Fonte Divina, que sempre esteve ali, à espera do nosso retorno.
Com amor e reverência,
de alma para alma,
Texto extraído do livro; Pérolas da sabedoria judaica\\\"
autor: Luiz Dalanhol -
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