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Por: Gerson Augusto Gastaldi, 24 de abril de 2025

AJUDEM UM CEGO A VER O REI PELÉ...

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AJUDEM UM CEGO A VER O REI PELÉ...

Em frente ao portão principal do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, em todos os jogos de futebol que lá se realizavam, uma figura singular se fazia presente no local. Tratava-se de um cidadão abagualado, jovem ainda, magriço e bem chumuscado pelo sol, o qual jazia passivamente abancado sobre um tamborete de madeira, e, amiúde, trajava-se sempre do mesmo modo.

Esse tipo curioso envergava um jaleco remendado, muito mais parecido com um poncho recortado; vestia uma camiseta grená; calça jeans desbotada; um tênis bem desbotado nos pés e sobre a cabeça ovalada, ostentava ainda um gorro azul furado.

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Como adereços, circundava-lhe o pescoço trigueiro uma correntinha de ouro com um penduricalho contendo a efígie do Cristo Redentor. Sobre a sua face morena, assentava um Ray-Ban escuro a cobrir seus olhos esmeraldinos; e por fim, ostentava enrodilhado ao seu antebraço esquerdo, um vistoso relógio de pulso Dumont.

Além desses petrechos, o carioca, ainda mantinha sobre o seu colo, bem arrimada, uma palheta surrada, mas sempre virada com o bojo para cima, a fim de realizar o seu propósito oportunista.

Esse personagem pitoresco, de praxe, permanecia imoto naquela posição, bem próximo às laterais do grande portão de entrada, exposto e ereto como se fosse uma escultura de pedra. Quem o via ali estancado sobre a banqueta, imediatamente o diferenciava dos torcedores, pois não se tratava de um deles. Burlescamente, ele mais se parecia com um boneco pândego de marionetes.

O desconhecido cidadão trazia no peito uma bandeira inusitada. Porém, a mesma não se tratava de nenhuma agremiação ou clube de futebol ao qual pudesse torcer. Em tal estandarte continha apenas os apelos de um torcedor, mas um torcedor diferenciado, que nos dias de jogos não aplaudia e nem assistia a nada, pois sua atividade o obrigava...

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Palavras-chave: ajudem, um cego, a ver o, reipelé...

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