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História
Personagem: Anônimo
Por: Anônimo, 10 de maio de 2025

A roda-gigante de meu pai

Esta história contém:

A roda-gigante de meu pai

Me chamo Izadora Aparecida Ferreira de Souza, nasci dia 8 de novembro de 2007 em Contagem, mas passei mais da metade da minha vida em Belo Horizonte. Cresci e vivi minha infância na casa de meus avós maternos, aos cuidados da minha tia, uma vez que meus pais, Mariangela de Paula Ferreira e Jamir Geraldo Cunha de Souza, trabalhavam quase o dia todo para nos sustentar. Então, envelheci ao lado da minha irmã, Izabela Cristine Ferreira de Souza, meus tios e primas naquela pequena grande casa, que cabia todos de alguma forma. Graças a isso, sempre me senti meio distante de minha mãe e meu pai, sobretudo ele, mas não os culpo, apesar de sentir muita falta dos momentos em família que deixaram de acontecer por isso.

No entanto, com a chegada da pandemia da Covid-19, fomos forçados a uma convivência estranha dentro de casa, devido ao confinamento. A pouca relação que tínhamos antes se tornou mais frágil e ácida e, por muito tempo, enxerguei somente o que enfraquecia os nossos laços. Mantive-me distante por não saber lidar com tudo o que estava acontecendo: um vírus mortal, um diagnóstico, a falta de socialização e, principalmente, uma quebra da imagem que eu tinha dos meus pais. Era difícil entender que não havia mais aquele encanto infantil que eu tinha por eles quando criança. Mas eu estava enganada. Eles ainda tinham esse encanto. E eu só fui perceber isso novamente quando fui tomando certa maturidade para ver que eles ainda eram eles, depois de tudo. Ainda eram meu pai e minha mãe e ainda sentiam demais as coisas, assim como eu. A visão que eu tinha do meu pai continuou meio turva e conturbada por mais tempo, já que ele se mantinha longe de nós por sua escolha. Ele jantava sozinho todos os dias e passava datas importantes afastado porque queria e talvez pensasse que deveria ser assim. Eu nunca o entendi muito bem.

Meu último ano escolar chegara e, com ele, muitas expectativas de uma graduação boa e, de preferência, em uma...

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Essa música me faz lembrar de todos os momentos em que estive triste com a vida e, felizmente, ele estava lá por mim. Acessar

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