Era o ano de 1983 eu morava no centro de Uruguaiana , na rua General Vitorino, próximo da escola Rondon onde cursei meu ensino fundamental, próximo a escola de samba os Rouxinóis, do sá Viana Futebol Clube e de duas pistas de bicicross a do Tenkate e do Castelinho.
Era um bairro de classe média, com funcionários do banco do Brasil, latifundiários, professoras, radialistas, artistas, músicos e comerciantes. Minha mãe e minha tia eram estilistas de moda e costureiras.
Meu primeiro contato com uma bicicleta foi do meu pai, uma Monareta roxa da Monark, foi nela que aprendi a andar, cair e levantar.
Foi em 1983 que a família de uns arrozeiros, termo pra quem planta arroz, desfilava com tudo que havia de mais moderno e sofisticado dos anos 80.
Eles tinham Caloi Cross, Caloi 10, brandani mono shock, uma bicicleta com amortecedor no meio do quadro, Tigrão Monark que parecia às bike low Rider e foi com eles que conheci o skate, um bandeirantes com uma flecha vermelha no centro.
Em 1984 Jeferson do Bar do Lara, família oriunda de Porto Alegre, descia a minha rua com um skate tubarão, creio que era da Pró Life, ele tinha um visual diferente, cabeludo, camiseta preta com manga longa Branca por baixo, meia até o joelho e ALL Star.
Foi aí então que eu fiquei fascinado pelo skate.
Pedi pra dar um rolê, subi e desci a calçada da frente da minha casa, que sensação incrível,um Mix de medo, adrenalina,algo surreal.
Dias depois já andava com o bandeirantes dos Arend, voava nas calçadas, fazia slalom nas árvores, descia abaixado.
O Quinho do Brooklin, bairro vizinho, um bairro dominado pelo galera preta, também andava com um torlay que o nego G tinha trazido do RJ.
Foi em 1985 que ganhamos um par de patins e iniciamos com a fabricação de nossos próprios skates, eu, Paulo Cesar, Diran e Zé Mauro. A visual esportiva uma revista de surf, que nas últimas páginas trazia um pouco de skate, vôo livre,bicicross era de onde nós nos inspiramos pra...
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Era o ano de 1983 eu morava no centro de Uruguaiana , na rua General Vitorino, próximo da escola Rondon onde cursei meu ensino fundamental, próximo a escola de samba os Rouxinóis, do sá Viana Futebol Clube e de duas pistas de bicicross a do Tenkate e do Castelinho.
Era um bairro de classe média, com funcionários do banco do Brasil, latifundiários, professoras, radialistas, artistas, músicos e comerciantes. Minha mãe e minha tia eram estilistas de moda e costureiras.
Meu primeiro contato com uma bicicleta foi do meu pai, uma Monareta roxa da Monark, foi nela que aprendi a andar, cair e levantar.
Foi em 1983 que a família de uns arrozeiros, termo pra quem planta arroz, desfilava com tudo que havia de mais moderno e sofisticado dos anos 80.
Eles tinham Caloi Cross, Caloi 10, brandani mono shock, uma bicicleta com amortecedor no meio do quadro, Tigrão Monark que parecia às bike low Rider e foi com eles que conheci o skate, um bandeirantes com uma flecha vermelha no centro.
Em 1984 Jeferson do Bar do Lara, família oriunda de Porto Alegre, descia a minha rua com um skate tubarão, creio que era da Pró Life, ele tinha um visual diferente, cabeludo, camiseta preta com manga longa Branca por baixo, meia até o joelho e ALL Star.
Foi aí então que eu fiquei fascinado pelo skate.
Pedi pra dar um rolê, subi e desci a calçada da frente da minha casa, que sensação incrível,um Mix de medo, adrenalina,algo surreal.
Dias depois já andava com o bandeirantes dos Arend, voava nas calçadas, fazia slalom nas árvores, descia abaixado.
O Quinho do Brooklin, bairro vizinho, um bairro dominado pelo galera preta, também andava com um torlay que o nego G tinha trazido do RJ.
Foi em 1985 que ganhamos um par de patins e iniciamos com a fabricação de nossos próprios skates, eu, Paulo Cesar, Diran e Zé Mauro. A visual esportiva uma revista de surf, que nas últimas páginas trazia um pouco de skate, vôo livre,bicicross era de onde nós nos inspiramos pra andar de skate.
Às sessões de skate eram no Rondon, na presidente Vargas na frente dos rouxinóis, fizemos uma jump ramp, e ali naquela quadra, no Brooklin até a Santa casa era a nossa área do skate.
Foi em 86 que o César chegou com uma yeah, nós começamos a assimilar o estilo do skate, eu já estava no movimento punk, Zé Mauro no movimento Black, influenciado pela onda do Michael Jackson e o breaking, césar gostava de metal, Diran de música eletrônica disco music essa era nossa Crew do skate, tínhamos nos inspirado no filme the Warriors, tipo éramos uma gangue de skate.
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