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Por: Antonio Barioni Gusman, 2 de setembro de 2024

O successo do Mal Nascido

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O successo do Mal Nascido

Havia alcançado na sociedade uma posição de destaque como docente e pesquisador da importante universidade da América Latina, a USP. Quando a lembrança de minha infância me toca, associada a ela aos olhos de quem assim me conhecera, a ideia de que o sucesso por mim alcançado seria considerado uma impossibilidade, uma incongruência, considerando minha origem social. Como biólogo e conhecedor de biologia floral e as diferentes síndromes de polinização, sempre me ocorre pensar em existir uma certa analogia entre as consequências do casualmente, pela progênie, ter nascido numa posição social sem os privilégios de uma elite e a dispersão de pólen por anemofilia, a mais aleatória, a mais caótica das síndromes, em que o vento transportando essas partículas de vida sem direção, ficam à deriva no ar, poucas delas alcançam seu objetivo pela baixa probabilidade de ter o privilégio, a oportunidade. de pousar no gineceu das flores, gerando assim um gigantesco desperdício de matéria vital e genes que poderiam trazer imensos benefícios evolutivos. Para esses grãos de pólen, não haveria saída diante de situações adversas que poderiam advir dessa dispersão casual, seria como uma semente lançada em terra precariamente pobre, estéril, sem água, as chances de sobrevivência seriam reduzidas, insignificantes, sem chance de chegar ao estado arvore. Metaforicamente a vida em sociedade, em uma civilização, qualquer que seja, milhares e milhares de seres humanos nascem ao sabor desse acaso, nascem na classe pobre. Baseado na experiência de minha infância, poderia me considerar ter sido um desafortunado, ser lançado a este mundo, e metaforicamente considerando, seria como o resultado de uma síndrome de dispersão anemófila, com reduzida oportunidade de alcançar o núcleo das gerações dos “bem nascidos” os afortunados da classe média-alta e alcançar algum sucesso na vida. A única diferença, entretanto, reside não ser o grão de...

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