José Freire

sobre

Entrevistei o José Freire em junho de 2019, para o projeto Amaridades. Costumava vê-lo sempre na esquina de uma rua perto do lugar onde moro, vendendo fígado fresco para sua clientela, eu inclusive. Um dia decidi parar e conversar com ele, perguntei se poderia entrevistá-lo, ele concordou e se mostrou muito feliz e agradecido por fazer essa homenagem.Nesses breves minutos da nossa conversa, ele me contou um pouco de sua história, entre um cliente e outro, me mostrava inclusive como era essa atividade, os desafios, mas também as imensas alegrias e os amigos que conquistou durante anos nesse lugar.Ele era um homem simples, veio muito jovem do Espirito Santo para o Rio de Janeiro e acabou ficando. Trabalhador, responsável e determinado, aos 83 anos mostrava ainda seu incrível espirito empreendedor.No ano de 2020 parei de encontrá-lo na esquina onde sempre ficava e no final do ano soube por outra pessoa do bairro que ele tinha falecido, por isso quis publicar sua história, porque essas histórias não podem morrer jamais. Pessoas como o José, contam um pouco da história das ruas do bairro, dos costumes, dos valores que precisam ser lembrados e passados para futuras gerações.Dedico esta história ao José Freire, o homem de jaleco e boina branca que vendia fígado na esquina de uma rua no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.