Bem, nasci aqui por São Paulo mesmo, exatamente três anos antes da queda do muro de Berlim e ainda durante os últimos anos da ditadura (10 de Novembro de 1986). Minha mãe militava na ditadura e meu pai, nos anos 70 e 80, era sindicalista bancário, o que contribuiu razoavelmente para minha forma...Continuar leitura
Bem, nasci aqui por São Paulo mesmo, exatamente três anos antes da queda do muro de Berlim e ainda durante os últimos anos da ditadura (10 de Novembro de 1986). Minha mãe militava na ditadura e meu pai, nos anos 70 e 80, era sindicalista bancário, o que contribuiu razoavelmente para minha formação e meus interesses políticos.
Minhas lembranças políticas mais remotas são uma grande manifestação pelas Diretas em 1989, algumas luzes e muita gente, eu vendo de cima dos ombros do meu pai... Fora essa tem o impeachment do Collor, eu e meus irmãos no banco de trás do carro, com aquela camisa preta, e minha irmã mais nova buzinando, se divertindo, as pessoas com a cara pintada, mil bandeiras e, de novo, muita gente. Mais tarde, na 6ª série, fundamos um grêmio na escola, do qual eu era presidente. No ano seguinte, criamos o jornal "Dízima", mensal e impresso em A3 P&B.
Desde sempre me incomodava a atitude conformista e ignorante (politicamente falando) da classe média que me rodeava e rodeia até hoje. Pensei, pensei e achei que o problema estava na educação. Comecei a dar aulas, também para ganhar uns trocos. No fim me apaixonei. Decidi dedicar minha vida à mudança plena do mundo: outra economia, outra sociedade, outro sistema político. E cada vez mais meu repertório saltimbânico se expande através de livros, filmes e pessoas... Luto pelo bom, pelo justo e pelo melhor do mundo.Recolher