Fragmentos... pedaços... recortes... Penso que assim tecerei a colcha de retalhos da história de minha vida.
Viajar pelo túnel do tempo... Reencontrar o passado... Historicizar-se...Registrar...Por quê...? Para quê...? O que me move...?
Certamente, o desejo de ressignificar vivências... sentim...Continuar leitura
Fragmentos... pedaços... recortes... Penso que assim tecerei a colcha de retalhos da história de minha vida.
Viajar pelo túnel do tempo... Reencontrar o passado... Historicizar-se...Registrar...Por quê...? Para quê...? O que me move...?
Certamente, o desejo de ressignificar vivências... sentimentos... completar o que ficou incompleto... compreender o incompreendido... acalentar... aquecer o que ficou frio... curar desafetos... dar um novo sentido, talvez valorizar... amar...
Embora, esta não seja a primeira experiência que faço em deparar-me com o passado, devo confessar que um misto de sentimentos e sensações invadem meu ser. Misturam-se então, curiosidade... emoções... saudades... medos... inseguranças...
desejo de fugir novamente.. Porém, conforme Paulinho da Viola: "Eu não vivo no passado, é o passado que vive em mim", não há porque fugir... negar...
há que defrontar-se, quero desta vez
"olho no olho", dizer ao meu passado: "Fala". Sinto que será uma experiência desafiadora e, quem sabe até, surpreendente Especialmente, porque convidarei para companheira de viagem, minha intuição, a quem pretendo dar vazão neste momento.
Inicialmente pensei em ter como ponto de partida, 1958. No entanto, ela me diz que tudo começou muito antes... talvez ainda quando no princípio do nada, tudo se fez ... seja pela força do amor de Deus... seja pelo Big Bang, ou outra teoria qualquer... Mas naquele momento ímpar da criação do universo, uma ínfima partícula também se fez, da qual um dia vim a derivar-me.
Seja esta partícula, um grão de areia... uma centelha de luz... um próton... um elétron... um neutron
Um x... um y... um dia, biologicamente se fundiram, e não foi por acaso... inda que a fusão psiquica, penso que não tenha se dado de fato, talvez seja esta a verdadeira busca que faço ao escrever
minha história.
Não acredito em acaso... Desta forma, penso que em meados de 1850 quando João Hensel cruzou o oceano, a procura de novas terras....
de vida nova...
ou de um porto seguro, vindo aportar em Porto Alegre, com o nome de João Norberto, ocultando sua verdadeira identidade, devido à fuga da guerra, havia um objetivo maior
transcendendo
a nossa compreensão.
Nossa história deveria acontecer do outro lado do Atlântico... assim meu tetra-avô acabou por radicar-se na fronteira. Então, anos mais tarde sua filha Maria Norberto veio a casar-se com Francisco Leite e tiveram um filho: Gervásio Norberto Leite, nascido no dia 08 de agosto de 1904, em São Gabriel/RS, meu avô materno.
Perdendo seu pai muito criança, meu avô veio morar em Carazinho, depois que sua mãe casara-se novamente,
com um funcionário da Viação Férrea.Recolher