Em 1950, nasce na cidade de Apiaí Mara Luci Ferreira de Moraes, filha de Clovis Ferreira de Moraes e Juventina da Silva Moraes. Seu nome foi escolhido por seus pais quando ouviam a radionovela. Seus pais tiveram nove filhos, um faleceu. Seu Clovis era um homem forte e trabalhador. Trabalhava com ca...Continuar leitura
Em 1950, nasce na cidade de Apiaí Mara Luci Ferreira de Moraes, filha de Clovis Ferreira de Moraes e Juventina da Silva Moraes. Seu nome foi escolhido por seus pais quando ouviam a radionovela. Seus pais tiveram nove filhos, um faleceu. Seu Clovis era um homem forte e trabalhador. Trabalhava com caminhão... Padaria. Falava muito da importância do estudo para Mara e seus irmãos. Mara gostava muito de seu pai, que morreu aos 83 anos porque fumava muito. Dona Juventina tem 83 anos é uma mulher forte e saudável, gosta de fazer várias atividades, uma delas é viajar. Mara, na infância, gostava muito de brincar de casinha, amarelinha, balanço. Sua brincadeira favorita era bola na parede. Sua infância foi muito querida, Mara lembra com carinho de uma foto que sua mãe tirou quando tinha quatro anos de idade e usava vestido e um grande laço azul na cabeça. Mara foi para Sorocaba com sua mãe e seus irmãos para estudar e depois de dois anos voltaram para Apiaí. No primário, teve problemas de saúde e perdeu um ano de estudo. A primeira professora de Mara foi Regina, que ensinou a ler e a escrever. Ela gostava muito da escola, das brincadeiras e dos amigos, principalmente do lanche que sua mãe mandava o pão com mortadela que mesmo no horário de aula sempre abria a mochila e dava uma cheiradinha. Com onze anos ganha de seu pai um presente inesquecível, um piano, com quinze já sabia tocar e até ensinava. Mas, devido a um problema de saúde, tinha dificuldade nas mãos. Seu pai vende o piano e ela fica muito triste. Sua mãe, vendo seu sofrimento deu de presente um teclado. Na adolescência, estudou na escola Dr. Amadeu Mendes, onde participou do coral e admirava sua professora, que tocava piano e regia o orfeão. Brincava de vôlei, basquete, mas não gostava muito, porque sentia dores nas costas. O que gostava mesmo era de brincar de pingue- pongue com os amigos. Um fato engraçado nessa época foi quando Mara e suas amigas saíram para se divertir numa festa e uma delas, não se sentindo bem, insistia em falar que estava descalça, sendo que estava com uma sandália transparente. Quando jovem, Mara gostava de festa, carnaval, namorar, baile, teatro. Um papel que marcou foi quando fez Maria, mãe de Jesus. E quando participou do concurso Miss Apiaí, o qual ganhou e ficou muito feliz. Seu primeiro emprego foi como telefonista. Como era muito estudiosa, logo recebeu um convite para trabalhar no banco HSBC. Nesse período, trabalhava em Apiaí e estudava em Itapetininga, onde fazia a faculdade de história e geografia, se formou e foi ar aula. Mara ficou doente, por isso não se casou nem teve filhos, pensou em adotar uma criança, mas para ela, uma criança precisa de um pai e de uma mãe. Sua doença é Lúpus Eritematoso Sistêmico, os primeiros sintomas apareceram na adolescência, só quando tinha vinte anos é que foi descoberto. E a partir daí Mara começou seu tratamento em São Paulo, onde até hoje se trata e realiza seus exames. Devido à doença, acabou se aposentando com 38 anos. Hoje trabalha como presidente do CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) pela prefeitura de Apiaí. Seu dia a dia é corrido. Além do trabalho, cuida de sua mãe e de sua tia, que tem Alzheimer. Tira tempo para leitura, ouvir música do cantor Roberto Carlos e cuidar de sua aparência, pois é uma mulher muito vaidosa. Ela lembra com carinho do ano de mil novecentos e setenta e sete, quando conheceu o grande amor de sua vida. Se pudesse fazer três pedidos, um deles seria estar com o grande amor de sua vida, restabelecer sua saúde e trazer a paz ao mundo. Mara gosta de viver, é uma mulher muito feliz, tem planos para o futuro, um deles é continuar ajudando as crianças, realizar viagens para a Europa e poder acreditar na felicidade sempre. “A vida está nos olhos de quem sabe ver...”Recolher