No dia cinco de setembro de um mil novecentos e quarenta e nove nasceu a senhora Belmira de Almeida Carvalho, uma pessoa que adora viver, dançar, estar sempre conversando com os amigos, como também desfrutar da companhia dos familiares, principalmente dos netos. Ela é casada, tem cinco filhos e s...Continuar leitura
No dia cinco de setembro de um mil novecentos e quarenta e nove nasceu a senhora Belmira de Almeida Carvalho, uma pessoa que adora viver, dançar, estar sempre conversando com os amigos, como também desfrutar da companhia dos familiares, principalmente dos netos. Ela é casada, tem cinco filhos e seis netos.
Dona Belmira nasceu em casa, e o mais interessante é que hoje ela dorme no mesmo quarto onde ocorreu o seu nascimento.
Seu nome foi escolhido em homenagem à sua avó, e ela gosta muito dele.
A casa que mora, é a mesma em que sua mãe nasceu e se criou. Localiza-se no centro da cidade, sendo uma das construções mais antigas do local.
Seus pais chamavam-se Antonia e Benedito. O senhor Benedito faleceu quando ela tinha apenas três anos de idade. Isso obrigou sua mãe trabalhar fora para poder sustentar e criar os filhos. Na sua adolescência muitas vezes junto com seus irmãos, foi ajudar a mãe a colher tomate.
Na infância não teve muitos brinquedos, mas para ela foi um tempo muito bom. Suas brincadeiras preferidas eram: passar anel, esconde-esconde, rolefa, amarelinha, subir em árvores, cobra –cega e brincar de boneca. Naquela época, esperava ansiosa o final do ano, porque era quando tomava refrigerante, ganhava um par de sapatos e um corte de vestido. Sempre quis ter uma bicicleta, mas só ganhou uma ao dezoito anos. Era uma Monareta e ela usava para ir trabalhar.
Dona Belmira nos contou que havia na cidade um campo de aviação, local onde muitas crianças aprendiam a andar de bicicleta. Hoje nesse lugar existe o famoso “Telhadão”, uma clínica de repouso. A rua do Casarão Pau Preto também era um local que as crianças gostavam de brincar. Ali era o final da rua, depois só existia mato.
Ela também nos disse que quando colocaram lâmpadas de mercúrio na cidade foi a maior festa. Teve até banda para comemorar o acontecimento.
Na época que estudou, os professores eram bem rígidos e a escola era um lugar de respeito. Estudou da 1ª à 4ª série E.E. “ Randolfo Moreira Fernandes”,o colégio mais antigo da cidade, o prédio situava-se onde hoje encontra-se a Secretaria da Cultura. Depois fez a preparação para o ginásio, a admissão, no Externato Coração de Jesus.Mas só concluiu o Ensino Médio em 1999 e durante algum tempo freqüentou a faculdade de Pedagogia.
Na adolescência gostava de ir ao cinema, andar de bicicleta, passear pela praça, fazer piquenique, participar das festas religiosas e cívicas. Nos passeios pela praça, os homens andavam por um lado e as mulheres por outro. Às vezes algum rapaz oferecia
música para uma moça, através do serviço de alto-falante. Em sua juventude conheceu o seu marido, o senhor Benedito Geraldo, foi amor à primeira vista, de acordo com que ela nos contou. No seu casamento da Igreja, casou-se com um vestido de noiva vermelho. Na época não era comum casar-se de branco.
Hoje, Dona Belmira é funcionária pública aposentada, sendo que exerceu o cargo de inspetora de alunos por trinta anos na E.E. “Prof. Geraldo Enéas de Campos”.
Ela é uma pessoa que acredita na união da família e principalmente no amor de Deus que dá forças para superar tudo.
Durante toda sua vida nunca deixou que as dificuldades
a impedissem de sonhar. Muitos dos seus sonhos conseguiu realizar como: desfilar com a Bandeira Nacional num desfile de 7 de setembro, participar de um desfile de carnaval,
conhecer a Bahia, o Rio de Janeiro e os Lençóis Maranhenses. E a próxima viagem que ela gostaria de fazer é ir para Toscana, na Itália. Adora ouvir músicas e entre as preferidas estão “O que é, o que é“ do Gonzaguinha, “Emoções” de Roberto Carlos e “Luar de Indaiatuba” de Nabor Pires de Camargo.
Entre os momentos mais tristes que teve, a perda dos seus pais e irmãos foram os que mais a abalaram. Porém, a morte de sua mãe, foi a que mais lhe trouxe sofrimento. Pois dona Antonia, foi uma pessoa que trabalhou muito para criar os filhos e a ajudou durante a sua vida. Então para a senhora Belmira, a mãe é aquela que sempre recebe os filhos de volta. E em algumas palavras nos disse um pensamento muito bonito sobre as mães: ”A mãe dá asas para voar, e terra firme para pousar.”
Seus momentos alegres foram os nascimentos dos filhos e dos netos.Os netos são a sua grande paixão, adora tê-los sempre por perto.
Dona Belmira disse também que ficou muito emocionada
em participar do projeto, porque a história de Indaiatuba se entrelaçou com sua própria história na busca de suas origens e identidade.Recolher