resumo

Tarek Sarout. Nascimento em 29 de novembro de 1949 em Beirute, no Líbano. Vida na África até os 12 anos, vivência na Espanha por um ano. A família em São José do Rio Preto. Trabalho no comérci há 37 anos em Rio Preto. 53 anos no Brasil. Pai libanês Armand Dalfid Sarout. Mãe Ubaldina Faidarone Sarout, brasileira de ascendência libanesa. Ubaldina conheceu Armand quando morou no Líbano. Noivado por dez anos. Voltaram casados para África. Bisavô em 1800 viajou de navio para Austrália. Não gostou da Austrália. Viajou para o Brasil, interior mineiro. Mudança com a família. Avô libanês apaixonou-se por uma mineira. Família fundadora de Frutal/MG. Viagem ao Líbano. Avô tornou-se prefeito no Líbano. Luta entre duas famílias pela prefeitura da cidade. Três anos como prefeito. Objetivo de amenizar disputa entre candidatos rivais. Avô voltou para Brasil. Mãe Ubaldina ficou no Líbano. Noivado com Armand no Líbano. Estourou uma guerra. Casal separou-se por 10 anos. Ao fim da guerra Armand conseguiu ir para Brasil. Casamento no Brasil. Mudança para Senegal. Nascimento do irmão no Senegal. Nascimento de Tarek no Senegal. Nascimento de irmã no Brasil. Guerra Libanesa. Domínio francês. Libaneses tornaram-se soldados franceses. Pai conseguiu deixar de combater. Infância no Senegal. Dakar era a capital da África Ocidental Francesa. Território até Marrocos, Tunísia até Costa do Marfim. Senegal, Mauritânia, Marrocos, Mali, e Costa do Marfim. Escolas em francês. Alfabetização em francês. Educação árabe no Líbano. Mudança de países e de continentes por cinco ou seis vezes. Pai era importador e exportador. Ele recebia mercadorias e mandava por Mali, pra Mauritânia, pra Costa do Marfim. Vendas no atacado. Tarek diz ter herdado do pai a arte do comércio exterior. Trabalho de trader. Negociador há 15 anos. Trabalho por vários países: Coréia do Sul, Austrália, o norte da África e o Golfo Arábico. Venda de produto brasileiro. Última viagem ao Irã e Iraque há três anos. Venda de soft drink; alimentos; implementos agrícolas; fitoterápico; cosmético. Fluência em francês, português, inglês e árabe. Fala um pouco de espanhol. Influência do exército e marinha francesa no Senegal. Colônia libanesa no Senegal. Pai era ligado a Embaixada Libanesa. Período de epidemia no Senegal e mudança para Ilha das Canárias, Espanha, por um ano. Clima úmido em Dakar pela proximidade com oceano. Dakar era uma cidade bonita. Retorno à Dakar para trabalho. Reunião do Rotary. Lembranças no Senegal; casa da família, loja do pai. Saída do Senegal com 16 anos. Na época o Senegal estava sob domínio francês. Estudos em colégio de padre francês. Dakar era organizada com avenida largar praças bonitas. Na Corniche se fala o francês. O senegalês tem 133 dialetos. Dialeto senegalês em Dakar era o wolof. Mais dialetos no interior do Senegal. Lembranças da época de escoteiro no Senegal. Acampamento de monitores. Jogo do mapa. Chegada num monte de cabanas de palha. Dificuldades com idioma da tribo. Dificuldades de pedir água no dialeto da tribo Meia cabaça de água com cheiro de lodo. O Senegal faz divisa com a Mauritânia ao norte. Divisa com o Mali. Senegal tem vegetação de estepe. Habitat dos animais Girafa, leão. Pesca de lagostas em Saint-Louis, Senegal. Rio Senegal, divisa entre países Mauritânia e o Senegal. Sensação de infinitude no deserto em Saint-Louis. Pai fornecia mercadorias na Mauritânia. Caixa de cinquenta quilos de chá. Bebida tradicional Chai. Uso de vestimentas. Ditado popular “O que te aquece, te refresca”. Comida tradicional no Senegal é peixe com legumes e arroz vermelho. Uso de muita pimenta. Comida tradicional na Mauritânia é arroz com carneiro. Comida tradicional no Marrocos é cuscuz marroquino, sêmola sovada na manteiga, com legumes e carne. Lembranças de nadar na piscina. Piscina com água do mar. Ilha de Ngor. Acampamento como escoteiro. Durante a escravidão africanos iam para a ilha e não tinham escolha, ou iriam se afogar no mar ou descer até o navio. Mar com muito tubarão. A família retornou ao Brasil quando a África Ocidental Francesa conquistou independência e cortaram relações diplomáticas e comerciais. Pai era gentleman e sábio. Família escolheu voltar ao Brasil. Pai viajou para Argentina, Chile, Uruguai, antes de decidir voltar ao Brasil. Mudaram-se diretamente para Rio Preto. 54 anos de história no Brasil. Choque cultural. Família muçulmana. Em Rio Preto não há mesquita. Os locais próximos com mesquitas são Barretos e Colina. Respeito pelos livros sagrados: o Velho Testamento, o Novo Testamento e o Corão. Já fez palestra falando de religião do mundo árabe em igreja, em maçonaria, em Rotary. No Senegal tem muitos muçulmanos e mesquita. No Líbano tem mesquita e igrejas. Palestra na igreja Primeira Batista. Conhece setenta países. Desses setenta países gostou de todos. O local onde se vive é onde se tem raízes. É preciso respeito. Irmão mais velho é Caled, engenheiro mecânico, irmã Zuleica, irmã Muna, falecida, e irmão Milen, designer na prefeitura de São Paulo. Quando chegou ao Brasil na infância só sabia o termo “Levanta do chão” por causa da mãe. Alfabetização em português foi fácil por similaridade com o francês. Tios moravam em Fronteira- MG. Fundadores da cidade mineira são árabes. Em Rio Preto moraram no Centro da cidade, em apartamento. Mudança para bairro Vila Diniz. Estudos no Colégio São José, depois no Colégio Alberto Andaló. Foi estudar no Rio de Janeiro. Retornou a Rio Preto e continuou os estudos de Administração de Empresas e Contabilidade. Chegou no Basil em 1966. Se recorda dos cinemas no centro da cidade. Lembra-se do Bradesco e comércios pequenos. No cruzamento da Avenida Bady Bassitt com a Independência eram apenas sítios. Filme O Retorno de Jedi foi marcante. Na escola São José gostava da disciplina de Português. Apoio do professor. Professor Sales dava atenção e o ajudou. Ele era gentil. Na escola fez amizades tranquilamente. Viagem de ônibus com amigos para Santos. Lembrança de conferência do Rotary com três amigos, um médico e dois fotógrafos, um americano e outro brasileiro. Viveu na juventude no Rio por intenção de cursar Turismo e Arquitetura. Resolveu cursar Administração na Unirp em Rio Preto. Se apaixonou e voltou para casar. Esposa Maria José, brasileira. Ela estudava junto com seu irmão. Se casaram em Fronteira- MG. Casamento em 1973. Quarenta e sete anos de união. Seu pai teve um supermercado em Fronteira. Durante algum tempo Tarek administrou o supermercado. O retorno à Rio Preto foi a convite do amigo Salim, Kiberama, para sociedade. Trabalho juntos por 12 anos. Comprou o café em 1987. O fundador do Café era Toninho Conte. O nome do domínio estava registrado como Café Conte e preferiu deixar assim. O Café Conte tem o melhor café. Uso de blend separado. O grão é diferente. Café tem preço de commodity e preço de gourmet. O habitué dos clientes é frequentarem o Café todos os dias. No cardápio tem esfiha de zaatar, de carne e queijo. Produtos diferentes. Venda de pão de queijo grande e pequeno. Ao logo do tempo formou uma clientela. Antigamente era tabu que cafés eram ambientes para o público masculino apenas. Hoje busca proporcionar alimentos e bebidas para atrair o público feminino. Inclusão de chantilly, capuccino, chocolate. São mais de trinta anos de experiência. Sempre toma o primeiro café para ver no paladar a quentura e sabor. Importancia do grão, moagem, torra, temperatura, pressão da máquina. O mais importante, porém, é o atendimento. Adaptações na pandemia. Momentos de dores de cabeça, azias, nervosismo, alergias. Adaptação de kibe, kafta pra assar, homus e coalhada seca pra levar. Luta para continuar a ativa. Cozinhou em jantares no clube Rotary para a maçonaria. Comida para quinhentas a mil convidados. Participação em 17 jantares do Clube Rotary. Comida árabe é saudável e trabalhosa. Uso de azeite e legumes. Faz kibe, kafta, charuto de folha de uva, cuscuz marroquino. O grão do cuscuz marroquino é exportado da França ou Marrocos. O melhor grão de café é brasileiro. Concorrência com o Vietnã e Colômbia. Tem três filhos. O mais velho é Calfic, comerciante, trabalha numa empresa de energia solar. A filha Mira é biomédica, responsável pelo Centro de Saúde de Olímpia. Filho caçula trabalha com loteamentos de imóveis. Histórias do tempo vivendo em Portugal. Orgulho de deixar um legado de sua história de vida aos familiares. Seu sonho é conhecer mais setenta países. Agradecimentos. Encerramento.

história

Meu nome é Tarek Sarout. Eu nasci em 29 de novembro de 1949, em Beirute, no Líbano. Praticamente, só nasci lá, e depois eu vivi tudo fora. Morei uma parte na África, 12 anos, um ano na Espanha e o resto aqui. Hoje eu estou com 71 anos e formei uma família em São José do Rio Preto. Trab...Continuar leitura




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