Meu nome completo é Adams Souza da Silva, sou nascido dia sete do sete de 1988, na cidade Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Eu nunca tive assim, eu quero ser algo… Então meio que surgiu, quando eu era criança, uns dez anos, uma vontade de ser ator, não sei porque, não sei da onde veio, talve...Continuar leitura
Meu nome completo é Adams Souza da Silva, sou nascido dia sete do sete de 1988, na cidade Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Eu nunca tive assim, eu quero ser algo… Então meio que surgiu, quando eu era criança, uns dez anos, uma vontade de ser ator, não sei porque, não sei da onde veio, talvez de assistir muita televisão, e aí eu coloquei que eu queria ser ator ou modelo. E em Comendador Soares começou a ter um curso de modelo e eu me inscrevi.
Então eu participei desse cursinho de modelo, mas aí depois eu migrei de modelo… Eu entendi que eu gostava muito mais de teatro, que eu gostava de artes, e aí eu fui buscar cursos relacionados a Artes Cênicas. Comecei a fazer um curso de teatro, não em Comendador Soares, porque não tinha ou eu não tinha conhecimento de nenhum desses cursos de teatro ali naquele bairro. Aí eu comecei a fazer um curso lá na Zona Norte do Rio de Janeiro. E aí foi uma fase que durou bastante, porque o teatro, de fato, se tornou a minha paixão. Eu fiz ótimos amigos.
Depois de um certo tempo uma tia, que também é doméstica, trabalhava com um senhor e ele começou a namorar uma diretora de teatro no Rio, na verdade diretora de uma das escolas de teatro mais tradicionais do Rio, ou do Brasil eu diria, que é o teatro Tablado, e ela comentou no trabalho dela que tinha um sobrinho que queria ser ator, que gostava de teatro. A
Cacá Mourthé, que é a diretora da escola, falou pra minha tia me levar pra escola. Eu fui, participei de uma aula, ela perguntou no final da aula se eu gostava ou se eu tinha gostado, eu gostei, então ela falou: “Você fica”. E aí eu fiquei fazendo aula de teatro no teatro Tablado, que é uma escola de teatro super renomada e eu fiquei lá por muito tempo. E dentro do teatro Tablado eu entendi que na verdade eu gostava de artes, eu gostava de estar naquele meio e eu queria aprender com aquilo, com aquela troca. E eu me desenvolvi muito como pessoa lá também, mas eu acabei migrando pro backstage, eu entendi que eu não sou tão bom ator assim, mas eu gosto de estar aqui, eu gosto de produzir. Então eu fiquei no Tablado, eu participei das peças de teatro de fim de ano, trabalhei como contrarregua, assistente de produção. A Cacá me indicou pra outros trabalhos. E aí eu queria ser então acho que ator. Era isso que eu queria ser, mas depois mudou bastante, na verdade.
Depois de um tempo eu comecei a cursar a faculdade e no segundo semestre eu reiniciei o mesmo curso na PUC-RJ como bolsista integral. Esse primeiro momento da PUC foi muito legal e desafiador.
Eu acho que essa influência de escolha no curso de Relações Internacionais ela meio que vem daí, desse interesse que eu tenho pelo desconhecido, de alguma forma. Então quando eu entro no curso de Relações Internacionais, eu meio que me encontro, porque é uma relação com o mundo, na verdade, de tentar entender o mundo. Essa troca com outros países, outras pessoas, algo que eu sempre gostei, 1ue de uma forma lúdica está associado ao teatro também, outros mundos, outras pessoas.
Então na PUC tinha também intercambistas. Então eu me juntei fortemente com os intercambistas dentro da PUC, e eu viajei o mundo ali dentro com os meus amigos intercambistas. Passei muito tempo com os intercambistas, de todos os países, então fui pra muitas festas. Celebrei o dia nacional do México, dos Estados Unidos, 4 de julho... Então me influenciou nas relações de amizade e de trabalho, porque eu falei: "Cara, é isso que eu gosto”.
Em 2007 ainda tem uma história aí no meio que é uma família norueguesa que uma tia minha trabalhava com eles, e aí eu entrei na PUC em 2008 e eu tinha essa relação com essa família norueguesa. Então eu tinha essa relação com os intercambistas e com essa família norueguesa. Por isso eu decidi que ia tentar focar nos meus estudos dentro da faculdade e no meu TCC na Noruega, então fiz o meu TCC sobre Cooperação entre Brasil e Noruega, mas a minha relação com a Noruega acontece até hoje. E em 2011 eu fui convidado a trabalhar numa ONG Norueguesa. Eu trabalhei de 2011 até 2013. E aí super influenciou o curso, a vida.. Influencia até hoje. Não só pelo fato do inglês, mas todos os meus trabalhos até hoje são relacionados, não necessariamente ao que eu aprendi na universidade, mas a conexão com o mundo, a análise política, análise internacional, consultoria de intercambio, então super influencia e na verdade eu amo isso.
Mas então é isso, a minha relação com a noruega surgiu por causa dessa família, então depois disso eu continuei com essa relação com a Noruega por causa do trabalho, e aí eu tinha outros amigos, o Steiner eu conheci como intercambista na faculdade. A minha relação com a Noruega sempre foi muito… Toda vez que eu ia pra Noruega, eu ia pra ver os meus amigos e tudo mais. E o Tom me surgiu no Rio de Janeiro, e eu nem sabia que ele era noruegues. Foi muito… Destino, talvez.
A gente está a três anos juntos e ele não mora aqui. Ele é freelancer, é jornalista, então ele vem pra cá, fica três meses, normalmente quando eu trabalhava formalmente eu tirava um mês de férias e viajava, mas é bem relacionamento a distância mesmo.
Mas nesse momento eu to mega triste inclusive, não mega triste, mas esse ano era pra eu estar realizando um sonho, que surgiu lá na universidade e que foi cancelado de alguma forma por causa da pandemia. Porque eu fui selecionado para participar de um intercâmbio profissional na Noruega, algo que eu me candidatei pra isso em 2018, não tinha passado, me candidatei no final de 2019, início desse ano, passei, cheguei a ir no primeiro treinamento na Colômbia, e era pra passar um ano morando na Noruega, trabalhando, ganhando salário, tudo que eu queria ter feito durante a faculdade, mas que eu não tinha grana, não tinha meios para fazer o intercâmbio, mas o projeto teve que ser adiado, cancelado devido ao Covid.
Mas eu me senti assim, super grato por estar no meu país, podendo ajudar as pessoas que estão ao meu redor, e outras. Eu sempre tive isso dentro de mim, eu quero sair, mas eu quero voltar, ajudar, eu quero fazer o Brasil crescer. Então eu me senti super grato de estar sendo amparado pelo projeto de alguma forma e de estar no Brasil num momento histórico, super importante, crucial, e poder estar fazendo alguma coisa útil, trazendo os meus talentos, as minhas conexões, então de verdade, eu não consigo olhar um olhar depressivo para o que aconteceu comigo, porque é algo inesperado, que mudou a vida de todo mundo, é uma variável que a gente não tem controle. Eu espero em algum momento que o projeto aconteça, não sei, mas se não vai ficar marcado na memória, na história… Eu vou lembrar disso.Recolher