Quando criança, a gente tinha a ideia de querer ser algumas do tipo sapateiro e barbeiro porque eram as coisas que a gente vivia. Eu sempre quis trabalhar em banco, desde pequeno. E meu pai fazia questão que eu entrasse no Banco do Brasil, que era um banco sólido, que o funcionário entrava e só...Continuar leitura
Quando criança, a gente tinha a ideia de querer ser algumas do tipo sapateiro e barbeiro porque eram as coisas que a gente vivia. Eu sempre quis trabalhar em banco, desde pequeno. E meu pai fazia questão que eu entrasse no Banco do Brasil, que era um banco sólido, que o funcionário entrava e só saía de quando se aposentasse. E ele me forçou para que eu pudesse trabalhar no Banco do Brasil. E teve uma prova, tipo um vestibular, e não fui aprovado. Ele ficou muito desgostoso que eu não entrei, mas em função disso eu falei assim: “Eu tenho que entrar no banco e mostrar pro meu pai que eu consigo!”. E eu cheguei a trabalhar durante quatro, cinco anos no Bradesco. “Olha, pai, eu não entrei no Banco do Brasil, mas entrei no Bradesco!” Prestei vestibular pra fazer Administração de Empresa, pensando em seguir carreira no banco. Mas na escola eu tinha bastante intimidade e gostava de Química, então, além de Administração, prestei o vestibular também de Química. E no fim acabei optando por Química. Esse momento foi uma mudança geral na minha vida: mudei de banco pra indústria, porque também fui trabalhar numa empresa farmacêutica, já que tinha bastante a ver com a minha formação.
Eu lembro que eu trabalhava o dia inteiro e, por isso, precisava almoçar. Então eu gastava um certo valor que, no final do mês, era maior do que o meu salário! Quando percebi isso, passei a levar comida que minha mãe fazia. No Abbott eu comecei na área de Laboratório Químico, então trabalhava como Analista Químico. Posteriormente, fui trabalhar no Departamento de Inspeção de Qualidade. Então eu passei a Supervisor de Departamento de Qualidade do Abbott e, posteriormente, qualificado para ser responsável por uma unidade de negócios operacionais. Era uma atividade muito específica, que era fazer produtos médico hospitalar. Então eu era responsável pela produção dessa linha de produtos. Depois eu passei também a cuidar da área de Produção de Produtos Farmacêuticos. No total, foram 23 anos no Laboratório Abbott, de onde eu saí pra entrar na Allergan. Entrei primeiro como Gerente de Produção -
a mesma função que eu tinha no Abbott - e depois, com a saída do Diretor de Operações da fábrica, fui convidado a assumir essa posição que estou até hoje.
Eu não tenho nada que me faça ficar mais satisfeito do que estar na Fábrica da Allergan. Eu sinto prazer, gosto do que faço, e me identifico bastante com a empresa, então, eu vou continuar vindo feliz da mesma forma que eu venho hoje. Raramente faço home office porque eu prefiro estar presente todo dia.
A indústria farmacêutica, de uma maneira geral, prima pela qualidade. Porque a gente está tratando de medicamento pro ser humano, né? E pra produzir com qualidade, a gente tem que ter os processos muito bem estabelecidos; e esses processos não podem ser feitos cada um de uma maneira, tem que ser feito através de um processo padrão. E pra que isso ocorra a gente tem que treinar os funcionários pra que sigam corretamente esses procedimentos. Isso a gente consegue através de exemplos, de participação, de envolvimento de todos, da chefia, do encarregado, do operador, todo mundo tem que participar e entender o porquê que esses detalhes são importantes para que a gente no final entregue o produto que foi designado a fazer.Recolher