resumo

O líder indígena do povo Xavante, Cipassé contou sua história ao Museu da Pessoa em novembro de 2014. Ele descreve as brincadeiras de infância, fala sobre o processo de migração dos Xavantes até o Mato Grosso e como os casamentos aconteciam em grupos diferentes, mas dentro da mesma nação indígena. Explica porque teve que deixar a aldeia aos oito anos de idade, enviado pelo avô para morar com uma família de não índios em Ribeirão Preto. Conhecida como Estratégia Xavante, o objetivo de seu avô era integrar os jovens xavantes como os não índios para ajudar na sobrevivência do próprio grupo. Cipassé descreve as dificuldades de adaptação a essa nova realidade e a saudade da família e da aldeia no período em que morou longe dos pais. Fala sobre sua mudança para Cuiabá e posteriormente para Goiânia, onde concluiu seus estudos. Recorda o seu envolvimento no projeto Aldeia Juvenil, da Universidade Estadual de Goiás, onde trabalhou ensinando jovens infratores a construírem ocas. Conta como começou a se envolver no movimento indígena, onde conheceu a índia karajá Severiá. Esse envolvimento acabou em um casamento de dois membros de povos anteriormente inimigos: os karajás e os xavantes. Ele fala sobre o ritual do casamento e sobre a filha que tiveram: Clara. Ele finaliza o depoimento explicando a parceria que fizeram com a fotógrafa Rosa Gauditano, da ONG Nossa Tribo, que resultou na produção de um vídeo e uma cartilha sobre saúde para o povo xavante, patrocinado pelo projeto Criança Esperança.

história

Eu me chamo Paulo Cipassé Xavante, tenho 46 anos, nasci em 25 de abril de 1968. Nasci na aldeia Barreira Amarela, a aldeia fica na beira do Rio das Mortes no Mato Grosso, que fica na terra indígena de Pimentel Barbosa, município de Canarana, Mato Grosso. Meu pai é Waza’é Xavante, minha m...Continuar leitura



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