Meu nome é Aparecida Barbosa de Souza Onório. Nasci na região metropolitana de São Paulo, Caieiras, no dia 18 de junho de 1985. Assim que vim ao mundo, minha mãe partiu dele. Naquela semana fui levada para Campo Grande, pelo meu pai e minha avó materna.
Tive uma infância conturbada, pois l...Continuar leitura
Meu nome é Aparecida Barbosa de Souza Onório. Nasci na região metropolitana de São Paulo, Caieiras, no dia 18 de junho de 1985. Assim que vim ao mundo, minha mãe partiu dele. Naquela semana fui levada para Campo Grande, pelo meu pai e minha avó materna.
Tive uma infância conturbada, pois logo que minha mãe faleceu, meu pai se tornou alcoólatra, não tive um bom exemplo paterno por ele ser muito ausente e agressivo.
Na Adolescência tive várias experiências e direitos de escolhas, embora percorrendo vários caminhos, Deus tinha um plano traçado em minha vida.
Aos 14 anos, perdi meu pai morto à marteladas numa tentativa de assalto e seu corpo foi encontrado depois de quatro dias em estado de putrefação.
Depois de sua morte, me senti um pouco perdida, embora não fôssemos próximos. Lembro-me que uma semana antes dele ser agredido, violentamente, tivemos uma conversa. Ele pela primeira vez disse que me amava.
Meses depois, meus irmãos se reuniram e compraram uma passagem para São Paulo, aonde vim para cá tentar uma vida nova, pois a família da minha mãe era daqui do estado de São Paulo.
Não muito diferente da minha família de lá, sofri muito aqui também, pois quando você não tem pai nem mãe, todos acham que podem estar no direito de te bater. Tios acham que podem abusar da autoridade, entre outros sofrimentos psicológicos também. Mas Deus é maravilhoso em minha vida, não podia ser diferente, por mais que eu passasse por situações difíceis.
Aos 17 anos, minha história veio a mudar. Naquela época, minha tia trabalhava na casa de repouso e ela passava muito tempo dentro dos hospitais e tendo contato com funerárias. Foi nesse período que conheci Marcos, tio de meu esposo. Ficamos amigos e ele conheceu minha tia e começaram a se envolver.
Um belo dia ele foi com seu sobrinho até a casa de repouso, e numa brincadeira eu falei que iria me apaixonar por ele. Dito e feito, começamos a namorar.
Depois de seis meses engravidei, mas antes de saber, nós terminamos. Passei minha gravidez sozinha, trabalhando e aguentando humilhações dos meus parentes.
Lembro-me que tive várias complicações e uma febre altíssima, e eu ainda não sabia o sexo do meu bebê. Às 22h45min, ela veio ao mundo, com missão de mudar minha vida, minha pequena razão de viver. Com a chegada dela pensei que as coisas fossem mudar. Eu não entendia o porquê do término do namoro, embora separados sempre que nos encontrávamos, fazíamos planos de que iríamos ficar juntos.
A decepção vem aos poucos, ele se quer apareceu no hospital. Fui para a casa da minha tia, onde cada dia era uma tortura ao olhar para minha filha que nasceu com a fisionomia dele. O desespero chegava rasgando e eu me perguntava: será que ele vem?
O tempo passou, e um dia ele conheceu a filha e ao encontrá-la ele se derreteu e fomos registrá-la. Como na vida tudo tem o momento certo, descobri que minha tia inventava que eu tinha saído com outra pessoa e que o filho não era dele.
Com apenas um mês de vida, minha pequena foi parar na UTI, pois durante a amamentação ela aspirou ao leite que foi parar no pulmão e causou pneumonia. Mais um momento difícil em minha vida.
Nós nos reconciliamos, e graças a Deus minha filha saiu daquela UTI. Nove meses depois, o pai dela e eu fomos morar juntos. Tudo mudou mesmo em meio a tanta dor. Deus nunca me desamparou.
Quando minha estava com cinco anos, engravidei do meu segundo filho, antes mesmo de engravidar eu já tinha o enxoval e o nome dele.
Hoje já faz onze anos que minha vida começou. Não reclamo por todas as provas que passei, porque em tudo ELE é fiel. Tenho dois filhos maravilhosos, um pai e marido dedicado. Não posso dizer que não tenho lutas, porque ainda tenho muitos obstáculos a
superar, mas posso dizer que tenho um Deus que me fortalece e me capacita em tudo que faço.
Essa é apenas uma parte de minha história. Não costumo contá-la, porque se eu fosse dar detalhes de toda ela, aqui não caberia.Recolher