Recordações de uma infância
Meu nome é Miracy Pamponet da Silva, tenho 49 anos. Nasci no estado da Bahia em uma cidade chamada MACAJUBA. Morava com meus pais.
Naquela época, eu e meus irmãos gostávamos de brincar de esconde-esconde e pula-corda. Era muito bom. Lá estudei até a antiga qui...Continuar leitura
Recordações de uma infância
Meu nome é Miracy Pamponet da Silva, tenho 49 anos. Nasci no estado da Bahia em uma cidade chamada MACAJUBA. Morava com meus pais.
Naquela época, eu e meus irmãos gostávamos de brincar de esconde-esconde e pula-corda. Era muito bom.
Lá estudei até a antiga quinta-série, hoje sexto ano. Parei de estudar porque não gostava de matemática, tinha muita dificuldade. Eu trabalhava num supermercado, e de repente, resolvi largar tudo para trás e tentar outra história.
No ano de 1986 vim a São Paulo, arrumei um emprego de
costureira, e posteriormente comecei a estudar, pois havia abandonado meus estudos na Bahia. Mas na vida da gente nada dura para sempre, pouco tempo depois fiquei sabendo que meu paizinho Francisco havia falecido. Esse fato abalou minha estrutura emocional. Foi muito difícil para mim.
Difícil, pois eu não consegui retornar a tempo de vê-lo e só consegui um ano depois de sua morte.
Tempos depois 1988 conheci meu esposo, o pai da minha filha que é linda e saudável, graças a Deus.
Mudamos para Franco da Rocha e novamente parei de estudar, mas meu sonho sempre foi terminar meus estudos. Estudo na EMEB Donald Savazoni, curso o 7º ano da EJA. Voltar a estudar está sendo gratificante, oportunidade única.
Hoje tenho só minha mãe que se chama Dionisia, e tenho muito medo de perdê-la. Minha mãe reside em Itaberaba, e faz tempo que não a vejo.
Sinto muitas saudades dela, não vejo a hora de poder retornar e dar um abraço bem apertado. Estar longe de casa, por mais que seja nossa, não é a mesma coisa que estar na presença da mãe.
Hoje ainda Trabalho como costureira, mas sonho em ser dona de um belo salão de cabeleleiro. Sonho em ter meu próprio sustento, meu
ganha pão. Ser independente.
A idade sempre avança, as lembranças tomam conta da nossa memória. Mas o que mais me deixa triste é saber que posso perder alguém próximo a mim. Sou uma pessoa amorosa que se preocupa com os amigos e família. Espero que tudo aquilo que eu almejo para minha vida venha dar tudo certo. Estou na luta e só pararei quando Deus permitir.Recolher