IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Severino Cavalcanti do Nascimento. Nasci em Várzea, Rio Grande do Norte, em 31 de outubro de 1960. INGRESSO NA PETROBRAS Terminei o curso técnico em Mineração, pela Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte e, em seguida, houve um concurso para a Pet...Continuar leitura
IDENTIFICAÇÃO Meu nome é Severino Cavalcanti do Nascimento. Nasci em Várzea, Rio Grande do Norte, em 31 de outubro de 1960.
INGRESSO NA PETROBRAS Terminei o curso técnico em Mineração, pela Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte e, em seguida, houve um concurso para a Petrobrás. O quesito seria o curso técnico em Mineração de Geologia, eu me enquadrava. Fiz e felizmente passei. Foi em agosto de 80,
eu fiz o curso até dezembro. Fiz o curso teórico aqui em Natal e o prático em Macaé. Em janeiro de 81, voltei e fui contratado.
IMAGENS DA PETROBRAS Entrar na Petrobrás é, assim, o máximo. Em nível de Brasil, de empresa, de conceitos como empresa, em tudo, condições de trabalho...
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Felizmente, eu também fui para o campo. Solicitei ir para lá, para me desgarrar da família. Também, foi muito bom como crescimento, muito importante nesse sentido. Tem lembranças boas. Foi uma fase muito boa de aprendizado, era trabalho de pesquisa em poço de petróleo, especificamente, na bacia de Campos. Eu gostava muito do meu trabalho, das pessoas, sempre gostei de fazer amizades e foi muito enriquecedor, nesse sentido. Profissionalmente, foi muito bom.
ACIDENTE Posteriormente, após três anos, sofri um acidente automobilístico e fiz um processo de reabilitação, no Rio de Janeiro, onde tive todo o apoio da empresa, da superintendência, em Macaé. No Rio de Janeiro, fiquei sete meses interno. Após dois anos, do processo de reabilitação, voltei a trabalhar aqui em Natal. Pedi transferência e foi de comum acordo. Agradeço muito a eles. Comecei a trabalhar aqui, na parte de escritório, no acompanhamento geológico propriamente dito.
Trabalhei dez anos nesse processo, na área de geologia. Logo quando entrei aqui, em 85, 86, foi introduzida a informática, na empresa. Então comecei já na informática e, como todos estavam começando, foi bem interessante. Eu trabalhava no sistema de campo, trabalhava 15 dias, folgava 15, mas mesmo nessas folgas, quando a empresa precisa, nós somos requisitados.
TRAJETÓRIA PROFISSIONAL Fatos marcantes... quando nós encontrávamos petróleo num determinado tipo de rocha era muito gratificante, era o máximo. Isso daí era a parte culminante da gente, a felicidade de encontrar petróleo. A partir dessa fase, que nós encontrávamos, era outro processo de pesquisa que vinha. Primeiro, a pesquisa em si, a geofísica determina as áreas possíveis de petróleo. Então é determinado um poço, uma área.
É furado o poço, chama-se poço pioneiro, e tem os demais, que é de 1 a 7. Então é perfurado e nós vamos analisando as rochas, os sedimentos, que vão chegando à superfície através de dutos. Nós analisamos, identificamos as rochas, as camadas, damos nomes às camadas e aos tipos de rocha e vamos mapeando. Chamamos isso de perfil. E nesse perfil detectamos o gás, depois o óleo e caracterizamos com códigos da empresa.
Em resumo, a parte culminante, o auge da gente mesmo, é quando você encontra um poço que dá petróleo. É muito gratificante mesmo, é maravilhoso. Olha só no escritório, na verdade, que foi uma fase de reabilitação, eu passei dois anos afastado, foi muito difícil. No entanto, eu vim para aqui e o pessoal me deu muita força, todo mundo deu muita força na empresa. Agradeço muito a todos, não tive oportunidade de agradecer a todos, mas...
ACIDENTE Foi muito gratificante, porque quando sofri o acidente eles me ajudaram. A Petrobras, de norte a sul, me ajudou. Muitas pessoas eu não conheci, nem conheço, talvez, mas foi bem falado, não sei se por amizade de muitos, que eu tinha, tal. Foi muito interessante. Desde já agradeço a todos, que não pude ver.
RELAÇÕES DE TRABALHO A partir dessa fase, fui crescendo, desenvolvendo e trabalhei no acompanhamento geológico em si. Foi muito, muito interessante. A amizade que eu fiz, o relacionamento que tive com os meus superintendentes aqui, o Onaro, o Bertani, o Camargo, Eduardo Bezerra. O doutor Horácio, que veio lá de Macaé, foi legal para mim. Me deu muita força na época, que eu trabalhei lá e aqui também, porque ele veio para cá. Com todos que passaram aqui como superintendentes, tive muito bom relacionamento. Agradeço a todos os meus companheiros.
HOMENAGEM/APOSENTADORIA Quando me aposentei, em 96, recebi uma placa muito bonita, da empresa, como reconhecimento. Jamais pensei que fossem fazer essa homenagem, para mim. Foi muito interessante. Especificamente aqui, do escritório e da área do Rio Grande do Norte. Acho que 99% das pessoas me conhecem, mas eu não conheço assim diretamente. Fiz essa amizade com todos e foi muito, muito bom. Eu aconselho que, se por ventura, não desejo para ninguém e espero que não aconteça, mas acidentes acontecem, vamos encarar de forma bem coerente, perseverante, para frente, porque é dessa forma.
O trabalho me ajudou muito. Acredito que todos, se por ventura acontecer, que busquem um trabalho. Busque sair, é muito interessante para a cabeça, em todos os aspectos de relacionamento humano. Fiz muitos cursos de relações humanas na empresa, curso de desenvolvimento de equipe, com meus amigos de setor, de outros setores. Foi muito enriquecedor. Espero, que tenha sido para eles também. Cresci muito com esses cursos ,que aconteceram dentro da empresa. Mesmo nesse período, me envolvi com esporte, para pessoas de necessidades especiais. Eu me envolvi, ainda, dentro do contexto, de quando eu trabalhava.
RESPONSABILIDADE SOCIAL Eu estava trabalhando, me envolvi com esportes, fundei uma entidade e participei, em nível regional, local e internacional. Fui para a Nova Zelândia, México e tive incentivo dos meus amigos. No início, foi basquete. Tive medalha de bronze no Rio de Janeiro, em 94. Tenho prêmios dos meus amigos, bola de basquete, mensagem, camiseta, essas coisas assim, bem gratificantes. Eu fundei uma entidade em nível local.
Até hoje existe, a Andercraque. É uma associação natalense de esporte, em cadeira de roda. Através dela, que eu militei no basquete. Depois fiz natação, tênis de mesa. Com o tênis de mesa fui, em 99, para Nova Zelândia, a empresa me ajudou, também. Hoje, milito no tênis de mesa, mas, já passei o meu posto para outro, com muita dignidade, muita boa vontade.
De repente, eu estava com uma camiseta da Petrobras, fui representar num campeonato, e saiu uma reportagem no jornalzinho da empresa. Alguém viu, lá em Salvador, ligou para o rapaz aqui, pedindo: “olha, eu quero a camiseta do rapaz, que estava na cadeira, tal, participando de esporte”. Foi muito interessante e, mais uma vez, agradeço a todos que me ajudaram de uma forma ou de outra, me incentivando com carinho, ou financeiramente. O pessoal lá do Rio de Janeiro, especificamente o doutor Benito, uma pessoa, que trabalhava no setor da geologia. Muitos mesmo, que eu não poderia mencionar o nome. Mas desde já, quando eles virem, vão saber que sou muito grato a todos eles.
ENTREVISTA Acho muito interessante, acho que todos têm alguma coisa, algo de bom para falar. Nesse sentido sou muito grato à empresa. Eu, como representante que sou da minha família, acredito que todos representam bem suas famílias, através da empresa que, para mim, é fantástica. Acredito que uma gama muito grande gosta muito da empresa e tenho muito orgulho disso. Represento a minha família através da empresa, assim como tomo conta da minha família. Eu ajudo a minha família, somos seis. Eu tenho muito orgulho de fazer parte dessa coisa, por ter trabalhado na empresa, tão rica, tão grande em todos os aspectos, sociais e técnicos.Recolher