Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos
Depoimento de Maria de Fátima Alves Moreira
Entrevistado por Sérgio Ricardo Retroz
Macaé, 5 de junho de 2008
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista número PETRO_CB361
Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha
P – Diz o seu nome completo...Continuar leitura
Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos
Depoimento de Maria de Fátima Alves Moreira
Entrevistado por Sérgio Ricardo Retroz
Macaé, 5 de junho de 2008
Realização Instituto Museu da Pessoa
Entrevista número PETRO_CB361
Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha
P – Diz o seu nome completo, local e data de nascimento.
R – Maria de Fátima Machado Alves Moreira. Nasci em Campos em 4 de maio de 1954.
P – Em Campos você já ouvia falar da Petrobrás, assim, né?
R – Sinceramente não. Só veio me despertar a Petrobrás quando eu trabalhava no Rio, que eu casei, fui pro Rio. Aí eu soube de um concurso da Petrobrás e fiz o concurso, mesmo já estando trabalhando no Rio como assistente social numa firma contratada. Eu fiz concurso pra Petrobrás pra nível médio porque o meu sonho era ser assistente social da Petrobrás.
P – Quando você passou no concurso você trabalhou no Rio mesmo?
R – Como nível médio, administrativo.
P – E veio pra bacia...
R – Aí, dois anos depois surgiu um concurso interno. Eu fiz e a vaga era pra Macaé. Aí eu fiz o concurso e passei em segundo lugar.
P – Em que função aqui?
R – Assistente social, eu fiz concurso pra assistente social.
P – E o que você fazia aqui quando você chegou?
R – O quê que eu fazia em termos de atividade?
P – É.
R – Eu comecei... Eu era assistente social mas na época eu trabalhava no setor de relações do trabalho. Era um setor só que trabalhava com toda a parte de benefício de assistência ao empregado, relacionados ao trabalho. Aí, tanto na parte funcional como na parte de benefícios, empréstimos, plano de saúde, esse setor.
P – Você lembra do primeiro dia de trabalho?
R – Não consigo lembrar.
P – Mas o impacto da cidade?
R – Não foi tanto porque eu sou campista e Campos, na época, era muito pequeno. Aí ficou muito próximo, a questão do cenário, a questão geográfica, com a minha cidade. O impacto maior quando eu fui pro Rio, que era cidade grande, mas o vir pra Macaé não. E foi a primeira vez que eu estava em Macaé, tinha vindo a Macaé, quando cheguei.
P – Como estava esta área aqui? Era menor?
R – Era menor, o número de empregados também era muito pequeno pra atendimento. O trabalho de serviço social era muito, era integrado. Os assistentes sociais eram todos locados na mesma gerência. Então a gente atendia o empregado como um todo. Quando o empregado vinha com a demanda pra gente ele era ouvido na sua integridade, seja financeiro, seja questão habitacional, familiar, funcional. A gente atendia ao empregado como um todo. A visão que a gente tinha do empregado, não importasse a demanda que ele tivesse trazendo, mas era de conhecer essa estrutura toda. E de lá pra cá aconteceram muitas mudanças, muitas reestruturações na empresa que diluíram muito esse, não vou dizer o papel do serviço social mas as ações do serviço social. Aí começou a se direcionar mais as ações do assistente social. Aí começou a trabalhar. Agora recentemente, por exemplo, a gente trabalha com processos. É como se o empregado estivesse fragmentado e cada assistente social atendesse a demanda que ele trás. Então, se ele trouxer uma demanda financeira, é uma área que trabalha, se ele trouxer uma demanda de saúde é outra área que trabalha, se ele trouxer uma demanda funcional é outra área. Então ele pega várias assistentes sociais pra atender uma pessoa só.
P – Aquela época que era mais integral você lembra de algum caso particular que você acompanhou e que te marcou?
R – Eu lembro assim de programas que a gente desenvolvia. Naquela época a gente desenvolvia vários programas voltados assim pro empregado individual e pro empregado na equipe. Programas assim de grandes destaques que aconteceram e que hoje não existem mais, como encontros familiares. O Programa Encontros Familiares era muito rico, trazia um retorno muito bom pro empregado na sua vida funcional, porque essa realidade do empregado embarcado é muito difícil pra família entender o quê que é uma plataforma, o quê que é... O empregado recebe uma ligação, a demora dele atender ao telefonema, dela não conhecer esse espaço físico. E esse Programa de Encontros Familiares favorecia os familiares conhecerem o local de trabalho do marido. Porque quando a gente vive essa realidade comum do marido trabalhar em escritório, você eventualmente passa lá, o filho passa no escritório do pai. Nas plataformas parece assim uma coisa inatingível. Conhece de foto, conhece de filme. E esse programa favoreceu a esposa, o pai, o irmão, era sempre familiar mais próximo, conhecer essa realidade. O quê que é uma plataforma? O quê que é você entrar numa aeronave, viajar 50 minutos, uma hora e meia, a tensão também da aeronave, né, chegar na plataforma e ficar isolado. Porquê, por mais que tenha uma estrutura, é quase um hotel, que tem ambiente de trabalho, tem restaurante, tem salão de jogos, tem tudo. Mas quando você sai daquele espaço interno você vê mar pra tudo quanto é lado. Você está isolado da terra. Então era importante a família ter esse sentimento. Conhecendo isso, quando o empregado chegar em terra, ou seja, o pai e a mãe, quem quer que seja, ter uma escuta diferente, escutar diferente e entender melhor quando ele fala da sobrecarga, da tensão, da ansiedade, de uma pane que teve lá. Aí ajudou muito. E a família entendendo melhor parece que ele também conseguia funcionar melhor profissionalmente. A gente percebia que naquele tempo...
P – Você lembra de algum caso especial, assim, alguma família que fez algum pedido às vezes até um pouco esdrúxulo?
R – Não, não é pedido. Não existia esse espaço de pedido não. O programa era assim. Sábado os familiares chegavam, à partir de seis horas podiam chegar no hotel, que a gente alugava o hotel, fazia a hospedagem pra eles e alugava o salão de eventos. E à tarde a gente reunia esses familiares que eram da mesma plataforma, que a visita era daquela plataforma. Mas os familiares moravam assim em lugares totalmente distantes, no Brasil inteiro, e esses familiares não se conheciam. Eles, em casa, podiam ouvir falar o nome do colega mas não conheciam aquele familiar. E um momento que era de discussão, como é que cada família vivia o 14 por 21? Como é que é você saber que seu familiar está 14 dias longe e que não pode ver? Não é como o marido no trabalho:”Seu filho está com febre”, ele sai mais cedo e vai lá. Ele não pode descer. Não existe essa facilidade de descer por qualquer coisa. A descida do empregado só se dá por uma questão de vida ou morte, não por um problema corriqueiro. E como é que cada família vive isso? Então essa troca entre os familiares era muito rica, porque ao mesmo tempo que uma família se debatia em conflitos porque não conseguia que aquele marido passasse aquele Natal em casa, a outra tinha criado uma alternativa, mudou a data no calendário do dia 25. Essa troca favorecia muito o crescimento disso. E quando chegava no domingo os familiares embarcavam, passavam o dia lá. Aí até as duas horas. Era visita a todas as áreas. Cada um levava no seu camarote, na sala de TV, no local de trabalho dele, onde tinha o telefone pra eles terem entendimento do telefone. Naquele tempo era cabine, hoje já se tem ramais nas salas mas naquele tempo era cabine. A dificuldade que era, a dificuldade de ligar para a família. E aí o familiar, conhecendo essa realidade, ficava fácil o entendimento. Às duas horas a gente reunia o grupo todo no auditório da plataforma e fazia a discussão em conjunto. Apresentava o fechamento dos trabalhos da família porque a gente fazia uma discussão e condensava os dados. Quais as dificuldades da família de lidar com cada caso, com cada situação funcional, familiar, de doença em casa? Como é que era a relação familiar, o quê que eles viam, como que eles avaliavam o trabalho off-shore? Off-shore é embarcado, que a gente usa. Como é que cada família avaliava. A gente tinha até uma dinâmica que colocava o trabalho embarcado como o réu, quem é que condenava, quem é que absolvia. Então tinha os prós e os contras. E a gente apresentava isso à plataforma. E tinha o momento dos homens também falarem. Então, quando você pergunta alguma coisa importante, acontecia às vezes mulheres que não entendiam essa realidade, e os homens que, às vezes, mudavam o comportamento pra proteger a família, e a família, por não conhecer, achava que era uma indiferença dele de não querer trocar. No fechamento de trabalho a gente sempre fazia uma avaliação. Aí teve um depoimento que me marcou muito. Era um casal lá de Porto Alegre, casado há muito tempo. E ela, no sábado, reclamou muito do comportamento do marido que omitia as coisas do trabalho pra ela. Ela sentia falta de cumplicidade dele. E quando chegou lá na plataforma, que a gente fechou os trabalhos, eles tiveram, depois os empregados também apresentaram depoimento, a palavra fechamento, da avaliação deles, ela falou assim: “Semente”, e ele falou assim: “Vai brotar novamente”. Bonito, né? É como se aquilo tivesse contribuído pra eles fazerem uma reflexão da vida conjugal deles e ela ter o entendimento que a questão dele, dele não levar pra casa as questões funcionais, era carinho e proteção com ela, e ela achava que era falta de cumplicidade. Então enriquecia muito. Eu acho que a gente colaborou muito pro amadurecimento desses casais, pais e filhos também. Os filhos maiores de 18 anos podiam ir, os pais também podiam ir. Então era muito rico esse trabalho.
P – Lembra de algum caso de conflito familiar?
R – Não. Existiam as queixas. Os familiares, no sábado, às vezes levantavam muitas queixas, que às vezes o empregado achava que os 14 dias só ele trabalhava, que 21 era descanso dele, não queria contribuir em casa, né, na divisão de tarefas. Mas quando chegava lá, no domingo, eu nunca vi nada que não tivesse acertado não, tudo se acertava. Porque essa realidade que elas se deparavam, realmente eu acho que ampliava muito essa relação da família.
P – E conflito entre os trabalhadores? Tinha algum caso que vocês acompanharam?
R – A gente tinha trabalho... Teve um outro projeto também que a colega vai falar um pouco mais, é desenvolvimento de equipe, em que a gente também, hoje também não tem mais. A gente trabalhava a equipe desde aquele de baixo cargo até a gerência e todo mundo participava. Pra todo mundo que está trabalhando o processo como um todo, o quanto é importante ter um líder, um cabeça direcionando, mas quanto é que ele também, o executor, o quanto é importante também. E a gente trabalhava essa equipe. A gente chamava de DE, Desenvolvimento de Equipe, em que se trabalhava em três dimensões. Esse trabalho acontecia três dias, cada dia a gente trabalhava uma dimensão. A primeira dimensão é a dimensão assim: “O quê que eu sou? Como eu me relaciono comigo?” Então a gente trabalhava algumas dinâmicas em que tinha a oportunidade, cada um, de se rever, que muitas vezes a gente se perde numa equipe, a culpa é do outro, não é nossa. Então tinham umas dinâmicas que a pessoa se revia. Um segundo momento era você no grupo: “O que de meu contribui nesse grupo, o que de meu atrapalha esse grupo? O quê que eu acrescento e o quê que de repente eu posso estar atrapalhando?” Era um segundo momento. E o terceiro: “Como é que a equipe pode estar se integrando, eu com o nós, eu tendo uma visão de nós?” Então uma terceira dimensão. E a gente trabalhava essa, inserindo cada um no seu papel, o gerente no papel de gerente, mas não desconsiderando o executor também. Era a equipe como um todo. Aí tinha o fechamento dos trabalhos. Eles saíam com propostas e a gente fazia esse acompanhamento de seis em seis meses, com revisões do que era feito também. A (Olinda?) também aprofunda mais porque hoje ela está trabalhando na área funcional. Hoje eu estou trabalhando no acompanhamento de empregado afastado, dos empregados que estão em benefício previdenciário, e eu trabalho também como coordenadora do plantão de sobreaviso.
P – Qual que é?
R – É o plantão que tem 24 horas. Toda situação de acidente de trabalho, toda situação emergencial que acontece fora do horário de expediente, à noite, sábado, domingo e feriado, a gente tem uma equipe de sobreaviso, que é uma assistente social, um técnico em enfermagem e um médico, pra atender. Aí podem ser situações de plataforma com pode ser situação de terra. Nós, assistentes sociais, atuamos mais até na situação de terra, um familiar internado que precisa de uma remoção, um acidente que acontece às vezes final de semana. Porque os nossos empregados, a maioria, eles têm familiar fora, né? Por necessidade de trabalho eles vêm pra cá e deixam a família perto lá dos familiares dele até pra poder eles terem mais, a questão afetiva deles ficar mais estabelecida. Aí eles vêm sozinhos e ficam alojados aí em hotéis, em repúblicas. E se acontece alguma coisa com eles final de semana somos nós, assistentes sociais, que cuidamos desse trabalhador.
P – Tem algum caso que você lembra, que te marcou nesse período?
R – Sobreaviso? Sobreaviso é muita coisa. Eu tenho 18 anos de sobreaviso, né? São casos assim, bastante assim, que a gente lembra, muito forte. Foi o afundamento da P36, né, foi uma coisa muito forte, que a gente teve que pedir apoio até dos colegas de fora.
P – O quê que é?
R – O afundamento da Plataforma 36, da P36, que tiveram 11 vítimas e que a gente trabalhou com toda a população, porque toda a população ficou afetada com aquela situação. Então nós tivemos que nos dividir pra atender os sobreviventes que estavam desembarcando e os familiares das vítimas também. Então foi uma situação assim bastante...
P – Você teve contato com algum familiar?
R – Nós tivemos direto.
P – Você lembra de algum contato, como foi?
R – Não, de um específico não. O grande problema da P36 é que não apareceram os corpos, né? Então era uma queixa, não teve nada assim muito diferenciado. Era uma queixa geral da questão de, a dificuldade de viver um luto sem o objeto desse luto, né? Então eles não tinham um enterro pra fazer, eles não estavam ali. Então era viver assim: “Eu não vou ver mais mas também eu não tenho uma coisa concreta”. E nós, seres humanos, precisamos muito desse ritual de enterro, de cerimônia, de... E até pra viver um luto também você precisa ter uma coisa concreta. Então a grande dificuldade nossa é essa daí, foi essa daí, das pessoas exigirem da Petrobrás o corpo desse familiar. Foi uma coisa assim... Tivemos que fazer um enterro simbólico. Fizemos o enterro simbólico aqui no forte. Um caixão foi jogado ao mar, com flores. E vocês viram na TV também, né? Jogaram flores no local que a plataforma afundou, né? Não fui eu que fui, foi um colega que foi, mas disse que foi muito emocionante. E tem outros também. Queda de aeronave também é uma coisa que mobiliza muito a gente, sabe, mobiliza muito. São colegas. A gente está como assistente social ali mas são colegas, né? É muito difícil você desvincular. Às vezes eu olho a assistente social, parece que a formação técnica nossa vai racionalizar a gente, né? Mas na verdade não é, a gente está lidando com a dor do outro o tempo todo. Então esse plantão de sobreaviso é uma coisa muito forte porque a gente está lidando com a dor, com a perda, com o sofrimento. É o familiar internado, é o empregado que está à bordo, que o pai faleceu aqui e ele não está perto do pai nesse momento e a gente tem que favorecer essa descida dele, um transporte rápido pra ele chegar em casa. Estar também dando um suporte pra família, ligando pra família e vendo se pode ajudar no enterro. Então é uma coisa muito forte. Eu acho que lidar sempre com a fragilidade do outro, né? Eu acho que eu estou fazendo uma dobradinha, que eu estou trabalhando agora com empregado afastado, que também são empregados adoecidos, fragilizados, com perdas, lidando com perdas. Às vezes também empregados que têm aquela morte anunciada, como a gente fala, né? Uma neoplasia é uma morte anunciada e ele está aí e a gente tem que estar perto dele, alimentando a esperança dele também e facilitando as burocracias, que a gente está numa empresa que exige documentação. Não adianta eu ir na previdência e dizer que ele não pôde vir viajar. Eu tenho que pedir um papel, eu tenho que pedir ao médico o papel, tenho que pedir a esse empregado um documento. Então a gente fica muito dividida com a parte burocrática e com esse realmente. A gente tem que acolher esse empregado, né? Então a gente... Eu agora estou numa dobradinha assim de dor, trabalhando com sobreaviso e com... Eu não trabalho com empregados de ativa. Eu tenho até mania de dizer, quando o empregado na recepção me procura eu falo assim: “Está dodói? Eu só atendo empregado dodói porque tem que estar afastado”.
P – O que significou pra você esses anos de trabalho? O que é pra você, porque de certa forma você é petroleira, né?
R – Sou petroleira, visto a camisa.
P – O que é ser petroleira?
R – Eu tenho muito orgulho disso, eu tenho muito orgulho. Até eu tive oportunidade de fazer parte do filme também do resgate. Apesar da gente, como eu falei, da gente ficar fragilizada também, né, porque a gente não consegue ser técnico o tempo todo. Mas é muito gratificante quando você se coloca no lugar do empregado, mesmo que você saiba que ele vai chegar, ele mora em Aracajú, não vai ver o enterro do pai, mas você dizer pra ele, você poder se colocar no lugar dele e dizer: “Você precisa viver essa dor com a sua família. Não importa que você não veja o enterro, não assista o enterro. Guarda a imagem do seu pai vivo”. É o assistente social que tem essa fala. Não é o gerente dele, não é o médico, não é ninguém. É o assistente social que tem essa fala, esse entendimento, se colocar no lugar dele e entender que, mesmo que o gerente fale: “Pra que descer se já foi enterrado?” E a gente ter o entendimento que ele precisa viver essa dor, essa perda, perto de quem vai entender essa perda dele, que é a irmã, que é o outro irmão que ficou, que é a mãe que ficou. Então eu me sinto muito gratificada quando eu tenho esse entendimento, tento passar pras colegas novas que estão na minha equipe pra elas terem essa sensibilidade, não serem só técnicas. E quando o empregado, depois, liga agradecendo o apoio, sabe, e se sentindo assim reconhecido porque alguém viu ele como pessoa, ele não era apenas uma matrícula. Dentro de empresa é muito comum a gente ver matrícula. Quando você chega dificilmente identificam você num sistema pelo seu nome. Sérgio tem um monte. “Qual é sua matrícula?” Então, quando a gente lida com o empregado, vê esse lado humano dele e a gente tem esse retorno dele. Então pra mim é muito gratificante isso. Tenho muito orgulho de ser assistente social e fazer parte da equipe de resgate, poder contribuir, que não é só salvar a saúde dele mas falar com a família também.
P – O que você achou dessa iniciativa de colher depoimentos dos trabalhadores?
R – Gostei. É importante a gente estar divulgando isso. E Petrobrás passa lá fora... Eu fiz questão de participar porque a Petrobrás passa lá fora que é uma empresa de engenharia, né, porque a Petrobrás é vista pelos milhões de barris, pelas tecnologias. E pra isso funcionar a gente tem que tratar desse ser humano. Aí eu fiz questão, como assistente social, trouxe até mais uma, pra mostrar que a gente cuida deles pra eles estarem bem. A gente não consegue 100% como ninguém vai conseguir, mas que por trás desse trabalhador que rende lá os milhões de barris, que faz crescer esse país, tem uma equipe também que olha esse trabalhador como ser humano, está cuidando dele. É importante o assistente social participar por causa disso. Por isso eu fiz questão de...
P – Muito obrigado.
R – Ta.Recolher