Projeto Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos
Depoimento de Onofre de Oliveira Jacinto
Entrevistado por Inês Gouveia
Macaé, 5 de junho de 2008
Realização Museu da Pessoa
Entrevista número PETRO_CB357
Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha
P – Vou pedir pra que você comece dizend...Continuar leitura
Projeto Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos
Depoimento de Onofre de Oliveira Jacinto
Entrevistado por Inês Gouveia
Macaé, 5 de junho de 2008
Realização Museu da Pessoa
Entrevista número PETRO_CB357
Transcrito por Écio Gonçalves da Rocha
P – Vou pedir pra que você comece dizendo o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.
R – O local, Macaé. _____ Pode começar? Eu me chamo Onofre, trabalho na oficina de manutenção, galpão 203, é (PCOM?), em Macaé.
P – Qual a sua data de nascimento, Onofre?
R – 6 de novembro de 1950.
P – Aqui em Macaé mesmo?
R – Sim, aqui em Macaé.
P – Quando você entrou na Petrobrás, Onofre?
R – Entrei em 13 de abril de 1981.
P – E naquela ocasião 26, 27 anos atrás, né, qual a função que você exerceu quando entrou?
R – Eu entrei como mecânico de manutenção.
P – Você conhecia alguma coisa da Petrobrás? Porque que você escolheu a Petrobrás pra trabalhar?
R – Olha, eu trabalhava numa empresa de ônibus já por seis anos. Eu já tinha passado seis anos pelo exército e a gente já ouvia falar muito bem da Petrobrás. Eu queria um emprego desse, sei lá, almejava um emprego na Petrobrás, onde apareceu um concurso em 1978. Eu prestei o concurso. Apesar que tinha pouca gente na época, poucas pessoas participaram, eu fiquei em quinto lugar mas só fui chamado em 1981. Pensei até que não ia ter validade mais esse concurso. Quando eu já estava perdendo a esperança, em 1981 eu fui chamado.
P – Você conheceu alguém que já trabalhava aqui?
R – Já conhecia, colegas meus que serviram exército comigo e tudo, já tinham vários aqui, trabalhando aqui.
P – E naquele tempo o quê que se comentava da Petrobrás aqui em Macaé?
R – Quando a Petrobrás surgiu aqui foi um comentário tal que ia melhorar muito pra cidade e tal, a oportunidade de emprego ia aumentar, que ia trazer muitas firmas pra cá, e foi o que aconteceu.
P – No trabalho de mecânico você pode explicar um pouco pra gente como era o seu cotidiano de trabalho quando você entrou? O quê que se fazia, onde era que você trabalhava, onde era que você atuava?
R – Primeiramente, quando eu fui admitido eu fui admitido para trabalhar em motores de combustão interna porque eu tinha vários cursos de motores e trabalhava em empresa de ônibus, com motores de ônibus. E aí eles descobriram, pelo meu currículo lá, e mandaram me chamar porque estava dando um problema com os motores da captação d’água, que na época era muito precária. Tinha as bolas elétricas e foi feita adaptação de bombas de lama, que injeta lama no fluido de perfuração, uma lama química. Foi adaptado pra bombear água aqui da Petrobrás. Tinha duas bombas dessa e os motores começaram a dar problema. Aí eu fui chamado e tirei esses motores, preparei todos, desmontei, mandei pra retífica, tornei a montar de novo e colocamos lá, foi o que segurou a barra aí, que era o gasto. Gastava muita água, naquela época, em perfuração e tal, essas coisas. E foi isso o que aconteceu primeiramente.
P – Você fez muitos cursos aqui?
R – Eu devo ter em média quase uns 50 cursos feitos pela Petrobrás.
P – Então hoje você atua numa área diferente da que você atuava quando entrou?
R – É, ficou um pouco diferente porque, dada a quantidade de serviço, de equipamentos, foram aumentando a quantidade de plataformas, os equipamentos também aumentando. A gente não estava dando conta mais de fazer todo o serviço. Então a gente fica com uma parte, com a oficina, com a parte de emergências, que são as bombas lá de bombeamento de petróleo, que são bombas de alta vazão e tal e são bombas complicadas. Então o cliente prefere deixar com a gente aqui na oficina e contratar os outros serviços, que são serviços às vezes até mais simples ou também às vezes até muito complicados, que a gente não tem condição de fazer aqui, então é contratado. Mas a grande parte é feita aqui ainda. O cliente ainda prefere fazer aqui porque a nossa oficina é uma oficina que foi certificada e a qualidade do serviço é muito boa qualidade. Inclusive o próprio fabricante que fala isso, não somos nós que achamos.
P – Você chegou a trabalhar embarcado?
R – Se eu cheguei a trabalhar embarcado? Sim, na época da montagem das sondas de perfuração. Eu trabalhei em seis sondas de perfuração e fazia a montagem, interligação dos módulos, que ela é toda modulada. E colocava os motores todos pra funcionar, geradores e tal, caixa de frigorífico. Porque a gente estava num (flotel?). Um (flotel?) eu não sei se vocês sabem o quê que é. É uma plataforma que serve como hospedagem do pessoal que está trabalhando quando está em fase de montagem uma sonda modulada, uma plataforma. Então aí tem uma diária, paga caríssimo a diária. Então a gente fazia esse serviço, essa interligação, botar tudo pra funcionar, já pra gente passar pra morar na sonda, no alojamento nosso da sonda, com refeitório, tudo. Então já preparava tudo que a gente já mudava pra lá e continuava a montagem. Aí já não precisava ficar lá no (flotel?), já era uma economia que nós fazíamos de pagar a diária lá, que é muita gente, tem na base de 600 homens lá na montagem. Fica lá, é muita gente e tal e a despesa é grande.
P – Onofre, quanto tempo você trabalha, ou quanto tempo você trabalhava, nessa época, por dia? Quantas horas por dia de trabalho na plataforma?
R – Olha, assim em plataforma era na base de 12 horas por dia. Às vezes a gente até passava um pouco pra adiantar o serviço. A gente até passava um pouco das 12 horas e tal pra adiantar certas coisas que já tinha começado, alguma coisa mais complicada pra fazer. A gente preferia terminar aquilo ali e no outro dia já pegar em outra etapa, em outra parte do serviço.
P – Embora sobrasse pouco tempo, dava pra conversar com os amigos, tinha algum momento de lazer?
R – Ah, dava. Lazer sempre sobra espaço porque lá você não tem pra onde ir, né? Você toma um banho e fala assim: “Eu vou tomar um banho e tal e vou embora”. Tem o cinema do (flotel?), lá tem um cinema. Falava: “Pô, vamos lá pra praça, vamos lá jogar uma bola e tal”. Até tem plataforma que tem a área de se fazer uma academiazinha, tem um futebol de salão na quadra. Então tinha muito tempo pra gente, da hora que largava até... Ia dormir lá pelas dez horas e no outro dia às sete horas estava em pé de novo e pegava no serviço.
P – Você conviveu com gente do Brasil inteiro e até de outros países?
R – Muita gente, até de outros países sim.
P – E como é que era esse contato com gente tão diferente?
R – Olha, o único problema da gente lidar com pessoas de outro país é o problema que eles não falam português e a gente, poucos falam inglês. Eu tive um problema, que eu fui acompanhar uns testes lá na _____, na Bahia, em Salvador, e o cara lá era um gringo. E eu queria fazer perguntas a ele, o tipo de óleo que usava. Eram bombas de lama, de lama química, era uma bomba enorme. Então eu queria saber... É um tipo de bomba que é de um outro fabricante que não era com quem a gente estava acostumado a trabalhar. Então a gente queria essas informações. E eu perguntei a ele se ele falava português, ele: “Não, não”. Aí eu tive que pegar um colega meu, o Vitor, era eletricista, estava com a gente lá, muito esperto. E aí ele começou a perguntar a ele e tal, pediu pra ele escrever. Ao invés de ele falar ele trazia escrito pra mim qual óleo que usava naquele equipamento, a quantidade de galões que colocava, o tempo de troca, e aí a gente conseguiu. O único problema era esse. Mas foi poucas vezes também que a gente lidava assim com pessoas de outros países. Agora tem mais pessoas aí mas na época de montagem eram poucas.
P – E você gostava de trabalhar embarcado?
R – Ah, gostava. Inclusive eu pedi pra depois que terminasse a montagem, eles me colocarem lá numa plataforma dessas, que a última que chegou foi a de ___, a 11 e a 12, que foi a última que nós montamos. Mas só que eles precisaram de mim aqui na oficina. Quando chegou a listagem meu nome não estava. Fiquei chateado pra danar, mas o que vai fazer? Aí me botaram pra chefiar a oficina. Como mecânico eu chefiei a oficina por quase dois anos. Na época dava muito serviço e, Graças a Deus, nós demos conta do recado.
P – Qual o momento que mais te marcou desses anos de plataforma?
R – Positivamente ou negativo?
P – Que você... Ambos.
R – De bom o que mais me marcou foi o primeiro embarque. A gente vê aquele mundo de ferro montado dentro do mar. Inclusive essas plataformas eram fixas. Ela era bate-estaca pra dentro do mar não sei quantos metros, aquele tubo, e era montada ali em cima, em saber que tem um negócio que _____, aquela altura toda, o negócio lá fixado no fundo do mar. Isso me marcou muito, a gente não acreditava que estava em cima de um negócio daquele. E depois, lá em _____ vê tudo fora d’água e depois a gente está fazendo a montagem nela, montar a plataforma todinha, que a gente viu tudo lá fora e depois aquilo dentro do mar. É um negócio que deixou, me marcou muito. E de ruim foi um sufoco que eu, entre muitos, porque mar é muito perigoso, né. A plataforma, ainda mais nessa época de montagem, é muito... Antigamente não tinha muita, a segurança não era muito atuante, né? Hoje em dia é (SMS?) e tal, você tem que estar em cima e tudo. Foi um vôo que nós fizemos, que chegou na metade da viagem eu notei o helicóptero, ele adernou um pouco pro lado e eu olhei e falei: “Olha, já está chegando? Ainda está longe”. E não era, não estava chegando não. Ele abaixou muito e os pilotos, piloto e co-piloto, conversando um com o outro, fazendo, apertava vários botões, a luz vermelha acendia e tal. A gente via que eles estavam um pouco apavorados. Eu falei: “Demora um pouco mas chega na plataforma (SN7?) _______”. Fez o pouso, mas fez um pouso engraçado. A gente costuma vir, a ____ já pousou assim. Esse helicóptero tem aquelas rodinhas, de vez em quando dá aquela rodada assim. Ele foi, falou, aí comunicou o pessoal que deu pane numa turbina e a metade da viagem até a plataforma com uma turbina só. Parece que ______ na turbina e tal. Eu falei pra ele: “Eu percebi”. Estava todo mundo dormindo, só eu que estava acordado. Aí eu falei: “Eu percebi, que eu trabalho com mecânica e notei uma diferença nos sons da turbina, no ruído que estava fazendo eu notei uma diferença e notei quando ele adernou. Eu sabia que tinha algum problema. Me mantive calmo e tal. Graças a Deus está
muito bem”. Aí foi uma equipe depois pra trocar lá mesmo. Levaram outra turbina, foi outro helicóptero. Aí fiquei sempre conversando com os pilotos, que eu gosto muito da parte de aviação, sobre _____ e tal. Mas foi uma parte que deixou, que deu até um pouquinho de medo.
P – Esse foi seu momento mais difícil nesses 27 anos?
R – É, acho que foi um dos mais difíceis, né, foi um dos mais. Mas o resto eu lembro coisas que podiam ter acontecido e não aconteceu, de um acidente que foi evitado, entendeu? Muitas vezes, pelo amor de Deus, teve coisas que aconteceram. Uma vez eu estava fazendo um serviço na sonda de perfuração. Tem a torre e lá em cima era ______ que passa a produzir, aí para a sonda. Só em época de intervenção que eles usam a sonda e tal de novo. E tinha uma chapa de três oitavos mais ou menos, de uns 50 por 60 lá em cima e estava solto. Aí eu estava fazendo um serviço ali embaixo. Aí terminei de fazer o serviço e tinha que ir lá entregar a ferramenta. Eu não tinha nada pra entregar naquela hora. Eu falei: “Vou entregar logo isso e à tarde vou trazer outras ferramentas”. Estava quase na hora do almoço a entrega. Quando eu voltei, aí estava o engenheiro, até ele está aposentado, o engenheiro Bruno. Ele falou: “É, Jacinto, você se livrou”, ele falou assim, “você foi livrado agora da morte. Olha o que caiu lá de cima”. Caiu do lado, pegou no pé de um rapaz lá, assim só do lado e ainda machucou o tornozelo dele. Ficou uns dois dias lá mancando e tal. Ia me cair em cima da cabeça, lá de cima. Deus evitou um acidente. E outras coisas que também aconteciam assim, que aquela época não tinha nada. Como eu disse, a segurança era muito precária, ninguém atentava para a segurança.
P – Vamos falar de um outro aspecto que é trabalhar na plataforma. Como é que é ficar tanto tempo longe da família?
R – Olha, é difícil. Na primeira semana a gente ainda consegue levar e tal. Quando chega na segunda... Eu era assim, chegava na segunda semana, aí doido com aquela vontade de desembarcar. Já está com saudade e tudo e tal. Aí no começo eu perdia sono, quase não dormia direito. Acordava demais e tal. Quando desembarcava, ainda bem que, tem aquele turno que você trabalha, quer dizer, uma semana trabalha de dia e outra semana à noite. E tem plataforma que faz assim, de meio-dia à meia-noite e depois de meia-noite ao meio-dia na outra semana. Esse horário era horrível, muito ruim, tanto pra você dormir como pra... Então a gente fica confinado, é muito difícil. Aí da pra distrair um pouco, vai olhar o mar, olhar os peixes lá embaixo e tal. Aí da pra passar. Mas quando chega na segunda semana, aí já vai passando mais rápido. A primeira custa pra danar, quando chega na segunda já vai... E naquela ansiedade de logo chegar, quando vê já está chegando. Só que a folga antigamente era 14 dias, passava muito rápido. Depois passou pra 21. Vinte e um eu peguei pouco tempo. Mas 14 de folga, aquilo voava.
P – Você falou da sua dificuldade. Qual que você acha que foi seu maior desafio desses 27 anos de profissão?
R – O maior desafio? O meu maior desafio foi, que eu sou um pouco medroso pra altura, foi quando eu tive de passar, a plataforma estava em montagem, ainda a dois, eu tinha que passar do navio que estávamos fazendo a montagem, do navio, até o ____ que estava fazendo a montagem, não, foi _____, passar do navio, que não tinha passarela ainda, do navio pra plataforma, numa escada dessa de pintor amarrada uma na outra. E lá era amarrada de corda também lá em cima. E com o balanço do navio a corda foi se rompendo. Eu com a caixa de ferramentas nas costas subindo aquela escada e tal, uma caixa bem pesada. Cheguei lá em cima, a hora que eu estou olhando, que eu estou quase chegando, eu estou vendo que a corda estava quase rompendo, igual aqueles filmes que você está, quer dizer, aquela sensação que você está chegando e não chega. Quando eu botei a mão eu falei: “Agora eu estou firme”. Joguei a caixa pra cima e subi. Aí fui procurar o segurança lá. Aí chamei ele e mostrei: “Olha ali o que está acontecendo”. Em vez de colocar uma corda grossa, botou uma corda fininha, estava rompendo. Olha, seu eu caísse ali ninguém ia saber, ninguém ia achar. Na época a gente não usava essa roupa laranja ainda. Que lá a água é um azul muito escuro e com a roupa cinza se você bater ali ninguém vai ver. Eu não sei nadar, estava sem colete. Aí eu chamei a atenção dele lá, pedi pra ele botar a corda. Aí depois, à tarde, já estava a passarela lá. Só que quando o mar agitava essa passarela tinha que ser retirada, não podia ficar que o navio ficava muito próximo da plataforma, senão podia jogar o navio em cima da plataforma. Aí aconteceu o seguinte. Era nove horas, a gente atravessou. Aí veio lá um estagiário que estava com a gente também e ia pegar um lanche pra gente. Eram nove e meia assim, ia lá no navio pegar um lanche. Só que nesse meio tempo aí que ele foi lá e tal o mar agitou muito e retiraram a passarela e nós ficamos sem poder ir pro navio e sem nada ali, o dia inteiro sem comer. Só à tarde que o mar melhorou, que eles colocaram, às cinco horas da tarde mais ou menos. E o meio de comunicação era só rádio, não tinha nada pra comunicar. Eu acho que nem com rádio a gente estava. Não estava com rádio não. Eles faziam um sinal de lá e tal que ia colocar a passarela e tal. Esse foi um dos momentos muito marcante também.
P – Onofre, nesses anos todos qual a fase da produção daqui da Bacia de Campos que foi mais marcante, que você acha?
R – Ah, eu acho que a fase mais marcante foi quando inaugurou a P50, que eu acho. Até hoje isso marcou muito, que já estava entrando na fase da auto-suficiência, né? Da gente ver o trabalho da gente, o esforço que a gente teve de chegar a um objetivo, pra chegar à auto-suficiência. Porque eu tenho um jornalzinho, o primeiro jornal da bacia eu guardo ele comigo, está lá comigo até hoje. Se vocês quiserem, até pra passar aí, pra mostrar. A produção era de 180 mil barris, diária, 180 mil. Aí agora a produção de hoje, quer dizer, é uma coisa que me deixou, muito marcante essa fase aí, da gente ver o trabalho da gente agora ter êxito naquilo que a gente tanto se esforçou, a equipe toda, e o ponto que chegou, a auto-suficiência.
P – O quê que mudou na Bacia de Campos desde a sua entrada aqui na Petrobrás?
R – Ah, houve muitas mudanças, principalmente na parte de segurança, na parte de... Eu fui (cipista?) por três vezes na empresa. E antigamente era DPSE, DRPSE, e (PSUR?). DRPSE era parte de produção e DPSE era perfuração. E então, na época nós solicitamos, a Cipa solicitou, a Cipa do DPSE, um helicóptero que tem hoje aí, esse helicóptero ambulância. Inclusive antigamente ele ficava numa plataforma lá central pra atender todas as outras no caso de uma emergência. Mas só que estava dando problema na turbina, estava dando oxidação por causa da maresia, salitre, então ele passou a ficar no aeroporto de sobreaviso. Qualquer emergência liga, já sai o piloto, já está todo mundo pronto lá. Pega o helicóptero, vai lá, pega a pessoa que passou mal, no caso de um acidente e tal, pra trazer pro hospital, pra ___ que for. Acho que é só que eu lembro assim. E a parte de segurança, né, meio ambiente, que a empresa debate muito isso, investe muito nisso aí, na parte de segurança, meio ambiente e saúde dos funcionários. Nisso ela é muito rigorosa. Inclusive nós temos nosso exame periódico. Nós temos um prazo pra cumprir, a gente tem que cumprir aquilo dentro do prazo senão implica até em punição, e aí afeta todo mundo porque é um conjunto, é uma equipe. Até a gerência sofre as conseqüências se você atrasar um exame periódico. Então a empresa investe muito nessa parte de segurança, é muito rigorosa.
P – Onofre, o quê que é ser petroleiro?
R – Olha, ser petroleiro eu acho que é ser uma pessoa como outra pessoa qualquer. Porém a gente tem umas certas vantagens. E como empresa, que ela está em uma colocação em nível mundial muito bem colocada, a gente sente muito orgulho de ser um petroleiro, trabalhar numa empresa desse porte aí. Na verdade ela está em quarto lugar agora. Entre todas as empresas de petróleo só está perdendo pra três aí, a China, o outro eu não me lembro qual. A gente se sente muito orgulhoso com isso.
P – E o quê que você achou de ter participado desse projeto que conta a história da Bacia de Campos por meio da memória dos trabalhadores?
R – Eu achei muito importante, muito bacana, gostei muito de ter participado desse projeto. Quando tiver outro pode contar comigo que eu estou pronto pra participar.
P – Ok, obrigada, Onofre.
R – Por nada.Recolher