Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos
Depoimento de Conceição de Maria Pereira Alves Rosa
Entrevistado por Morgana Maselli
Macaé, 05 de junho de 2008
Realização Instituto Museu da Pessoa.net
Entrevista número PETRO_CB353
Transcrito por Winny Choe
P/1 - Conceição, vou começar a ent...Continuar leitura
Memória dos Trabalhadores da Bacia de Campos
Depoimento de Conceição de Maria Pereira Alves Rosa
Entrevistado por Morgana Maselli
Macaé, 05 de junho de 2008
Realização Instituto Museu da Pessoa.net
Entrevista número PETRO_CB353
Transcrito por Winny Choe
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Conceição, vou começar a entrevista pedindo pra você dizer pra gente o seu nome completo, local e data de nascimento.
R - Meu nome é Conceição de Maria Pereira Alves Rosa, nasci em Campos dos Goytacazes em 22 de fevereiro de 1963.
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E qual é a sua formação?
R - A minha formação? É, eu sou formada em Letras e pós-graduada em Literatura e pós-graduando em História da Arte.
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Conta pra mim, como é que foi que você entrou aqui na Petrobras? Quando foi, como é que foi esse processo?
R - Eu fui admitida em 2 de dezembro de 85 através de um concurso. E a minha primeira lotação foi no Núcleo de Sondas Moduladas, antes era Departamento de Produção Sudeste, D.P.SE no Zona S.M.10, foi a minha primeira a lotação aqui e eu trabalhava na parte administrativa controlando embarques
e desembarques dos trabalhadores off sh(?) da Sonda Modulada 10. Depois eu fui em 89, pro D.P.S.SET.AD.(?), setor administrativo, então lá a gente trabalhava com recursos humanos. E foi muito bom assim, porque nessa época nós tivemos uma gerência que investiu muito na capacitação, informação, então você conheceu mais a empresa, eu acho que foi um momento assim, de maior atuação, de ampliação de valores, de conhecimento.
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Você falou que eles investiram na formação, você fez algum curso aqui que eles financiaram?
R - Fizemos, nessa ocasião de 89 à 95, quando eu fiquei lotada no SET.AD.(?),
o gerente investiu muito em capacitação de .RH., gestão de pessoas, quando implantou o ponto eletrônico aqui, foi um momento que eu estive de frente em treinamentos do ponto eletrônico, então foi assim um momento muito ímpar, podemos dizer assim, com muita atividade e a gente aprendeu muito
nesse período, atendimento ao público, atendimento ao cliente e quando a empresa começou a investir muito em 5S(?), gestão de pessoas, gestão de processo, você começa a entender mais o R.H., recursos humanos, como é que é a aplicação dela.
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E atualmente, qual é a área que você trabalha?
R - Atualmente, eu sou lotada na Segurança,
Meio Ambiente e Saúde que é o S.M.S. da U.N.B.C., só que eu estou licenciada desde 2004. Primeiro pro Movimento Sindical. Eu estive diretora do Movimento Sindical de 2002 à julho de 2007. E em maio estava no Departamento de Cultura. Então assim, sempre foi cultura. E eu fui muito seduzida pro Movimento Sindical porque eles ofereceram a parte de cultura, então nós conseguimos construir um teatro, dentro do sindicato, no momento formamos um corredor cultural também, corredor de acesso ao teatro agora é um corredor cultural. Então foram atividades que aproximou o associado do SindiPetro(?), mostrando não só que aquele espaço é pra uma luta sindical, de sidio(?), mas mostrando também que o sindicato também pode fazer cultura, pode aproximar o associado dele através da arte. E fixemos muito bem esses últimos anos aí. Só que em julho de 2007 eu fui convidada pra assumir a parte da cultura do município, que pra mim assim foi muito importante no momento que cheguei na empresa pra pedir a minha licença né, porque aí eu teria que estar saindo do Movimento Sindical e indo para o município. E eu senti assim, é, todo mundo apoiou, o gerente geral me deu o maior apoio e aí a gente percebe o valor que você tem enquanto trabalhador, quando as pessoas não tem nenhum (?), as pessoas "não, vai lá! A gente apóia você!" e ai eu fiquei muito feliz né, quando eu conversei com o gerente geral, Carlos Eugênio e ele deu apoio e falou, "Conceição a gente vai liberar pra você assumir a parte do município". Então de julho de 2007 até a presente data eu estou licenciada pelo município.
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Aí você é a Secretária de Cultura aqui do município?
R - Eu sou a Secretária de Cultura de Macaé. É uma fundação. Lá o cargo é presidenta, mas é a parte da cultura e é o executivo da cultura.
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Você estava falando que era diretora do Sindipetro, da sede aqui de Macaé ou em outro?
R - É. Sindicato dos Petroleiros do Norte-Fluminese. Acho assim, um orgulho muito grande, foi uma trajetória, eu aprendi muito quando eu entrei em 2002 na primeira gestão. Eu não conhecia os procedimentos, o movimento, como que era essa caminhada no movimento sindical, mas eu digo assim, aprendi muito e acho que todos os nossos companheiros e companheiras da Petrobras deveriam passar pelo movimento sindical. Porque a gente aprende como se cria uma pauta de reivindicação junto a empresa, você vai pra porta da empresa convocar pra assembléia, vai pro aeroporto, tem várias atividades, tanto Aeroporto de Macaé e Farol se São Tomé. Então é um aprendizado muito grande que realmente eu me sinto orgulhosa de ter passado pelo movimento, não compus a chapa dessa vez, houve eleição agora, já houve a conclusão da eleição, a chapa que eu estava foi vencedora. Um momento assim que eu acho que já se eu estou no município, que eu tenho que analisar também, forças pra que dê tudo certo. Não vim na chapa, mas eu torço, para os companheiros e companheiras que foram eleitos pra que façam uma boa gestão e que possam trazer muitos frutos positivos pra categoria.
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E no Sindipetro, conta pra mim como que era um pouco do seu trabalho.
R - No meu trabalho eu assumi a parte da cultura, mas não só fazia cultura. Eu ia em empresas da reunião da C.I.P.A..
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C.I.P.A. é o que?
R - É a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. Então nós tínhamos um representante sempre do Sindipetro pras reuniões, pra debater com os trabalhadores a questão de prevenção de acidente. Nós íamos também pra tratar de assuntos de Recursos Humanos. Porque recebemos uma demanda muito grande, durante, todo dia da semana, então só trabalhadores offs(?) um s(?) que passa e-mail, que fazem reclamações, então a gente marcava reunião com gerente de RH, com gerente geral pra poder resolver essas demandas que aparecem no dia a dia, mas fora isso a gente ia para o aeroporto pra fazer reunião com o pessoal, tinha reuniões também com a equipe do sindicato que são 20 trabalhadores. A demanda era muito grande de trabalho. Fora a parte de cultura que eu tomava conta e nós realizamos assim, tinham 3 eventos que estavam em nosso calendário, que era o Dia Internacional da Mulher, que é no dia 8 de março, Dia do Trabalhador, primeiro de maio e dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Nós implantamos
um calendário, um desfile da beleza negra, onde convidávamos petroleiros e pessoas da comunidade à desfilarem. Não tinha um desfile pra mostrar o corpo, a gente nunca quis mostrar o negro como sedução, não, mas um negro que está aí na sociedade e que exige um espaço e agente trabalhava. Só que a gente trabalhava essa questão da exclusão, que a gente sabe que o índio, o negro ainda são muito excluídos na nossa sociedade, é uma luta já pra mais de 500 anos, nós implantamos esse projeto lá que foi um projeto que deu certo. Esse anos em 2007 fizemos o quinto desfile da beleza negra. Eu já estava licenciada, mas fui homenageada. (risos)
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Mas você trabalhando na cultura e também no sindicato, você convive com muitas pessoas né? Então como é que é perceber, porque aqui a gente vê pessoas de várias regiões do país, como é essa convivência com pessoas de culturas tão diferentes?
R - É interessante. Vamos supor, eu nasci em Campos mas eu sou macaense. Porque eu cheguei em Macaé com sete dias de nascida, então sou macaense, eu estudei aqui, eu conheço a realidade de Macaé né? Porque você faz o primário, faz o fundamental, o ensino médio, fiz a minha faculdade no município, então eu conheço essa cidade né? Sempre vivi aqui e é muito interessante, porque Macaé hoje, ela tem uma população flutuante, são pessoas do Brasil todo, então a cultura, ela se mistura muito. Porque vem a cultura de Minas, São Paulo, do Sul, de Salvador, de Goiás, nós temos todas as regiões representadas aqui. Então fazer cultura em Macaé, é muito interessante, é você estar convivendo com toda essa transversalidade da cultura podemos dizer assim. Porque se misturam, é uma multi-culturalidade infinita. Então trabalhar na cultura hoje no município é muito interessante, você recebe projetos diferentes, múltiplos e você convive com essa cultura porque nós temos a nossa cultura que é a música, o boi pintadinho, outras vertentes, que Macaé tem uma vertente cultural muito grande, você tem representatividade da música, da dança, do teatro, do artesanato, flui muito todos os espaços e já está despontando agora para as artes visuais porque a Petrobras fez um convênio com a Fundação Macaé de Cultura revitalizando o Cine Clube que é um cine antigo de Macaé e que estava esquecido. A Petrobras vai fazer um grande investimento e esse espaço vai ser um espaço de artes visuais. Então já cresce mais uma vertente em Macaé que é a de áudio visual.
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Você falou do boi pintadinho. Eu não conheço você pode explicar pra mim o que é?
R - O boi pintadinho sai do carnaval, da história do carnaval, e são bois mesmo confeccionados por crianças, jovens, adultos e Macaé tem uma tradição que o carnaval se abre com o desfile de bois pintadinhos. Bois confeccionados pela comunidade, então eles desfilam, tem premiação, então é uma cultura já muito antiga, nós temos a Secretaria de Acervo do Patrimônio e do Município, que fez uma história, buscando o carnaval desde 1876, eles conseguiram chegar até 1900, no início do século e lá já aparecia o rancho, o boi pintadinho, então é uma tradição de Macaé.
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Aí você falou então que você mora aqui em Macaé desde criança.
R - Desde criança.
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E aí então como é que você percebe o crescimento físico da Petrobrás aqui dentro da cidade e a relação da empresa com a cidade? Você acha que melhora? Como é?
R - Macaé era uma cidade muito pequena, então a Petrobras chega na década de 70 e transforma Macaé, que era uma cidade turística, onde as pessoas vinham realmente conhecer as ilhas, a serra e o mar e passa a ser uma cidade industrial. Então a Petrobras trouxe emprego a Macaé, existe o outro lado, a demanda ambiental que nós sabemos que realmente com o advento do petróleo tem alguns impactos ambientais. Mas a Petrobras tem trabalhado, tanto que existe desde 95 a gestão de Segurança Meio Ambiente
Saúde, que é o S.M.S. da Petrobras que tem trabalhado essas questões de impacto ambiental. E ela dá o retorno social pra comunidade apoiando esses projetos que aí acaba gerando trabalho também pros professores, artesãos, artistas macaenses, então tem um Vi(?) social e um vi(?) cultural também.
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E como você acha assim Conceição, o seu maior desafio na sua trajetória dentro da Petrobrás?
R - Teve um momento assim, quando eu fui pra S.M.S. foi muito bom, porque você começa a trabalhar, que de 97 ainda era só Segurança, o Meio Ambiente era separado, a Saúde depois se unem e se fundem, foi muito importante, eu aprendi muito. Porque aí você tem que saber de segurança, de meio ambiente, saber saúde. Foi um momento assim muito importante e eu acho assim, que o grande desafio foi ir pro Movimento Sindical, era uma área que eu não conhecia, foi muito boa a trajetória no Movimento Sindical. Conheci muito, aprendi muito, conheci também muito mais a minha empresa, porque aí você tem um olhar diferente, você cedido no movimento olhando a sua empresa, você é trabalhador e você está lutando por um grupo, porque o movimento tem 6.600 associados. Então você está lutando por uma categoria e não só pelo associado, pelo não-associado também, porque quando você libera uma pauta de reivindicação e é aprovada é pra um coletivo pra um todo. Então você tem u olhar coletivo do negócio. Então foi muito importante pra mim ter passado, foi grandioso, um bom aprendizado.
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E nesse tempo no Sindipetro você teve alguma dificuldade assim muito grande no seu trabalho que tenha te marcado?
R - Eu acho assim, a dificuldade é no início até você conhecer a demanda, você também ter seu espaço, porque o Movimento Sindical quando ele começa, ele começa, ele é machista, ele foi criado por homens, então você, o feminino na fala do Movimento, você tem que lutar muito mais, porque é uma fala feminina dentro do Movimento, mas nós fomos sempre muito respeitadas, a nossa fala porque, eu digo assim, eu e a companheira, porque tinha a companheira Ilma de Souza que fez parte dessa história, fizemos juntas essa história. Hoje também ela não entrou na renovação da chapa, mas eu acredito que a gente aprendeu muito. Então essa fala feminina houve uma dificuldade no início, dizia assim, "nós estamos aqui, queremos aprender, queremos ser também igual à vocês, vocês já conhecem um pouco dessa trajetória e nós estamos aqui pra somar, pra conhecer, pra mostrar pra vocês que queremos trabalhar" e foi bom.
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Você tem alguma história assim interessante pra contar pra gente desses 20 anos que você trabalha aqui na Petrobrás?
R - Uma história interessante que tinha um projeto que era a valorização do homem offs(?) e nessa ocasião nós tínhamos um grupo intitulado "Grupo nós de poesia" e esse grupo foi convidado pra ir nas plataformas, é poder interpretar poesias, a gente construía poesias
com as pessoas, então foi assim, os momentos que eu pude atuar como atriz que é uma coisa que está dentro de mim, eu sempre fui atriz, mas na empresa, eu sou administrativo, então aí a gente sempre tem aquela atuação. Teve muitos momentos assim que a empresa convidava eu e a Ilma pra fazer scats(?) na área de prevenção, nós escrevíamos esses textos, montávamos, fazia no Dia Internacional de Combate à AIDS, dia primeiro de dezembro, nós fizemos vários scats(?) também. Então foi muito importante. Eu acho que também essa qualidade que a Petrobras dá em capacitação aos profissionais dela, tanto que a gente desconta né, você tem oportunidade de transitar em alguns espaços. Então eu acho que a Petrobrás hoje é uma empresa pioneira que ela investe no seu produto maior que é explorar e produzir petróleo, mas ela também tem um olhar muito grande pro seu trabalhador, então ela investe, ela acredita e nós temos que acreditar no nosso potencial e na nossa competência. Então hoje você vai, eu hoje estou na parte de cultura porque eu cresci dentro dessa empresa e eu tenho assim, aplicado muito coisa que eu aprendi aqui de gestão de pessoas, gestão de processos. Hoje eu sou a gestora da cultura e tudo que eu aprendi ao longo desses 23 anos na Petrobras eu aplico no serviço público.
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Então você falou que ia fazer poesias nas plataformas, como é que era isso? Você chegou a ir nas plataformas?
R - Cheguei, fomos à algumas plataformas dentro desse projeto que era ligado à saúde e nós fomos, fizemos alguns trabalhos, a gente fazia mostras de poesias com o grupo "Nós de Poesia". Naquele momento ali fazíamos uma dinâmica onde cada trabalhador escrevia uma frase e saia uma poesia, num papel, a gente lia, foi muito bom, foi um período assim interessante.
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E a recepção do trabalho de vocês na plataforma era boa?
R - Muito boa, os trabalhadores paravam, tinham aquele momento de ir e ouvir agente falando as poesias, foi muito interessante, foi um momento assim que eu pude ir, conhecer o ambiente offs(?), como nós somos on(?), dificilmente você embarca, a não ser que você trabalhe num setor, numa seção, numa gerência que permite esse embarque. Fora isso você sempre está no escritório, então foi uma oportunidade assim boa de estar fazendo esses eventos no mar e conhecer, ter mais contato com esses trabalhadores que ficam lá, 14 dias confinados e você poder proporcionar um momento diferente, cultural, de arte, porque não tinha só poesia, o Sérvulo também que é um outro trabalhador, agora está aposentado, ele ia fazer escultura, tinham outros que faziam pintura, então nós fomos uma parte, o grupo "Nós de Poesia" foi uma parte desse projeto
e que foi muito interessante. Fazer cultura, crescer.
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E o que você acha Conceição que te mudou assim, na Bacia de Campos no ver desses 20 anos? Em equipamentos, em comunicação?
R - Hoje a Petrobras usa uma grande tecnologia, né? Se você olhar a empresa pra trás, era totalmente diferente hoje. Eles estão buscando uma tecnologia de ponta, até pra que essa produção de petróleo ela seja mais rápida, atinja mais barris dias de petróleo, que é a meta. Também dentro dessa tecnologia levando também o trabalhador a evoluir, a crescer, então eu digo assim, quando eu voltar pra empresa eu vou ter que aprender novamente, porque eu estou à 4 anos licenciada e completa agora, completou agora em julho, não completa agora, nós estamos em junho, julho próximo dia 4, faz 4 anos que estou afastada da empresa e aí é interessante, quando eu voltar eu vou ser uma nova pessoa, com conhecimentos diferentes e que eu vou ter que aprender de novo, porque nesses últimos 4 anos a Petrobras evoluiu muito e eu não tenho acompanhado essa evolução porque eu estou fora do escritório.
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É, você está fora daqui mas você guarda o sentimento de ser petroleira?
R - Eu tenho orgulho de ser petroleira.
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E o que é ser pra você petroleira?
R - Acho que ser petroleira é cada dia ter um desafio, é você acreditar em você enquanto pessoa
e acreditar nessa empresa que investe cada dia no seu produto, petróleo e no seu trabalhador. É você realmente ter orgulho. Eu tenho orgulho. Porque a gente fez concurso na época, eu fiz concurso com 3 mil pessoas e só tinham 150 vagas. Então leva você a estudar , querer essa vaga, à construir, acho que ser petroleira é a cada dia construir um novo espaço e construir ser diferente, né, é muito legal.
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Então pra concluir Conceição, queria que você contasse do que você achou de participar desse nosso projeto, de contar a história daqui da Bacia de Campos à partir da memória dos trabalhadores?
R - Eu acho assim, é, fazer história é tudo, um homem sem história é um homem sem nada né? E acho que recuperar essa história, poder estar conversando com as pessoas, porque cada um que vem aqui conta um pedacinho dessa história. Então se constrói e valoriza esse trabalhador. Porque vamos supor, daqui um tempo eu já vou estar aposentada, mas aí eu tive a oportunidade de contar um pouco da minha história, dessa trajetória e que quando se formalizar todo esse trabalho de vocês, alguns companheiros e companheiras não me conhecem e vão passar a me conhecer, "Ah! a Conceição, esteve no Movimento, foi secretária de cultura do município!". E tem muitas pessoas, muitos colegas de trabalho que não sabem que eu estou afastada, os meus colegas do meu setor sim, mas não da Petrobrás toda. E eu acho que é um orgulho também pros colegas ter alguém hoje de frente do município, conduzindo a cultura e saindo daqui, do meio deles porque cresceu junto com eles. É legal. E poder fazer parte dessa história, esse projeto é maravilhoso. O último eu não pude participar porque eu estava no Movimento Sindical, muita atividade, eu não consegui chegar aqui. A Kátia que é da comunicação me abordou essa semana “você tem que ir lá, você tem que fazer o registro da sua história e eu estou aqui”. Então resgatar a história eu acho que é tudo, é não esquecer o passado, viver esse presente e ter um foco do futuro de onde outros trabalhadores vão chegar aqui e conhecer a história de quem esteve aqui.
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Então é isso. Obrigada Conceição.
Dúvidas
Off sh(?)
D.P.S.SET.AD.(?)
SET.AD.(?)
5S
Sindi Petro
Sidio
S(?)
Vi(?)
Sacts(?)
On(?)Recolher