Palmyra Simões Vieira, nascida em 5 de abril do ano de 1920 no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro.
D. Palmyra teve uma infância feliz, recebeu muito amor de seus pais, era amiga dos irmãos. Gostava muito de brincar de pique – esconde, pular corda, queimado, brincar de roda e com suas ...Continuar leitura
Palmyra Simões Vieira, nascida em 5 de abril do ano de 1920 no bairro de Ipanema, Rio de Janeiro.
D. Palmyra teve uma infância feliz, recebeu muito amor de seus pais, era amiga dos irmãos. Gostava muito de brincar de pique – esconde, pular corda, queimado, brincar de roda e com suas bonecas. Ela mesma confeccionava os vestidinhos das bonecas. Ela fazia muitas travessuras. Certo dia ela furou o dedo na máquina de costura de sua mãe.
Ela ia muito à praia e ao cinema. Os filmes que marcaram sua vida foram: Os dez mandamento e Titanic. E sempre era muito gulosa. Certo dia ela comeu muitos maracujás debaixo de uma árvore de seu quintal. Comeu tanto que ficou sonolenta e seu pai ainda lhe disse que era bem feito! Na escola era boa aluna. Sua professora sabendo que ela era apaixonada pelo Presidente Getúlio Vargas, num passeio da escola a escolheu para ir ao Palácio Guanabara, onde ela pode entregar um ramo de flores e abraçar o presidente.
Na adolescência ela tinha um sonho de ser enfermeira. Porém seu Pai não deixou. Ele queria que ela se formasse em Farmácia, pois eles tinham uma farmácia onde ela ajudava seu pai. Então ela fez a vontade de seu pai e formou-se em Farmácia. Ela gostava de fazer passeios. Foi ao Museu de Petrópolis e viajou para Paraíba e Minas Gerais. Gostava da comida de sua mãe, fazia arroz, feijão, macarrão e carne assada.
Aos 22 anos ela que era apaixonada, casou-se com um médico, mudou-se para Magalhães Basto onde só tinha quatro casas e é local em que vive até hoje. A escola Álvaro Alvim na época era uma escola rural, ficava dentro de uma fazenda de Sr.João Mudo. Tinha vacaria e horta onde as crianças plantava. O uniforme era uma jardineira. O nome da diretora era D.Branca. Todo dia ela comprava o leite ainda quente do Sr.João. Ele era conhecido no bairro. Ele era mudo e sua irmã também, daí o nome de João Mudo.
D.Palmyra após o nascimento dos filhos, juntou-se com os vizinhos, comprou o lote de esquina e fundaram um clube para aos domingos terem lugar para brincar, onde hoje é uma Igreja evangélica. D.Palmyra lembra até hoje da explosão do Paiol de Gericinó, onde todos abandonaram suas casas abertas e andaram a pé até o bairro de Bangu. Quando retornaram ficaram surpresos: as casas estavam vigiadas pelos soldados. Ela lembrou que um asilo situado aqui era cativeiro dos escravos e a condução era bonde. Até hoje no Quartel ao lado da escola existe o trilho do bonde. Existiu no clube uma Associação de Moradores.
D.Palmyra é a moradora mais antiga do bairro.Recolher