·A HISTÓRIA DO NOSSO BAIRRO
Em novembro de 1993 foram entregues as primeiras casas do Bairro Jardim Juliana. Nessa época moravam aqui: a Breila e sua filha, o Valmir, a Ana Preta, o Eudes, o Alemão, o Gil e a Carmem.
As ruas não eram asfaltadas, eram de terra. E as casas n...Continuar leitura
·A HISTÓRIA DO NOSSO BAIRRO
Em novembro de 1993 foram entregues as primeiras casas do Bairro Jardim Juliana. Nessa época moravam aqui: a Breila e sua filha, o Valmir, a Ana Preta, o Eudes, o Alemão, o Gil e a Carmem.
As ruas não eram asfaltadas, eram de terra. E as casas não tinham muros.
A construção das casas foi realizada por pedreiros e até pelos próprios moradores.
No início havia pouco comércio. Apenas a padaria Di Roma, o supermercado Serv Bem e alguns varejões. As lojas de R$ 1,99 são recentes.
Além do lixão, o bairro enfrentou outros problemas em seus primeiros anos: falta de lixeiro, poucos ônibus, falta de posto de saúde e a avenida Henry Nestlé sem iluminação e asfalto.
O posto de saúde só foi entregue à população em 2004. Antes os moradores tinham que se locomover ao posto do bairro Castelo Branco.
A nossa escola foi inaugurada seis anos após a entrega do bairro. Antes, em seu lugar, havia um matagal cercado por uma fita preta e amarela.
Como nessa época
o bairro ainda não tinha uma igreja, o padre vinha rezar as missas no pátio da nossa escola.
Hoje o Jardim Juliana já está mais desenvolvido, mas devemos continuar lutando para melhorar a vida de todos os moradores.
O JARDIM JULIANA ENFRENTA O PROBLEMA DO LIXÃO
Antes desse local ser o Bairro Jardim Juliana, haviam aqui terras de sítios e uma estrada ferroviária.
Quando os trens pararam de passar, os carroceiros começaram a depositar os lixos que traziam nas valas da linha de trem. Esse lixo foi se acumulando e se decompondo. Isso aconteceu nos anos 70.
Esse lixão foi formado por animais mortos, vidro, garrafas, pneus, produtos radiativos,etc. e ficou no subterrâneo.
Tempos depois, a prefeitura mandou construir nesse local as casas que formariam os bairros Jardim Juliana, Palmeiras I e Palmeiras II.
Esse lixo acumulado foi se transformando em um gás chamado metano, que se chegar a 12% pode explodir uma mina.
Mais adiante, em 2001, surgiram as primeiras rachaduras nas casas devido a pressão do gás metano subterrâneo. Essas rachaduras podiam chegar a até 3 dedos.
Então, a prefeitura mandou que as pessoas saíssem dessas casas, pois o gás metano já estava a 8%. E esses moradores tiveram que se mudar para as casas que a prefeitura arrumou para eles. Aqueles que recusaram deixar suas casas tiveram que sair sob mandato judicial, pois corriam o risco de perderem a guarda de seus filhos menores de idade.
Até o ponto do ônibus trocou de lugar duas vezes porque a rua em que ele passava estava afundando.
Segundo a nossa entrevistada, uma solução para o lixão seria aumentar as áreas verdes desses bairros.
Esperamos que esse problema possa ser resolvido em breve, afinal é o nosso bairro e queremos uma vida melhor para todos.
UM POUCO SOBRE A VIDA DE BREILA
Nós, alunos da 4ª série A, da E.M.E.F. “Profª Dercy Célia Seixas Ferrari”, convidamos a senhora Breila Pereira Dias para ser nossa entrevistada no Projeto Histórias da Nossa Terra.
Ela nos contou muitas coisas interessantes sobre o nosso bairro Jardim Juliana e também sobre sua vida.
Na infância, suas brincadeiras favoritas eram balança-caixão, amarelinha e pique-esconde. Brincava em casa com seus irmãos, seus grandes companheiros nas farras de criança.
Estudou no Colégio Estadual Círculo Operário, que funciona até hoje na rua São Paulo, aqui mesmo em Ribeirão Preto. Em sua memória, ficou a imagem do enorme pátio onde brincava com seus colegas de classe.
O sonho de Breila era ser médica pediatra. Chegou até cursar o primeiro ano de faculdade. Mas o custo para manter esse estudo era alto e ela não pôde continuar.
Procurou, então, outro curso ligado à saúde. Acabou estudando e se formando em técnica de enfermagem, porém, pouco trabalhou nessa área.
Na verdade, há vinte anos a profissão de Breila tem sido a de manicure. E ela adora o que faz. Já trabalhou em salões, conhece muita gente e tem várias clientes.
Além disso, ela é presidente da comissão de moradores do bairro. Gosta de lutar pelos seus direitos e os da comunidade.
Breila veio morar no Jardim Juliana em novembro de 1993, logo que as primeiras casas foram entregues, junto com outras pessoas: Valmir, Ana Preta, Eudes, Alemão, Gil e Carmem. A sua rua era a de número 2.
Infelizmente, sua casa foi uma das mais atingidas pelo efeito do gás metano produzido pelo lixão. Havia grandes rachaduras e os pisos e batentes foram se soltando. E como sua filha era de menor (tinha 16 anos), Breila teve de sair de sua casa por ordem judicial. Hoje ela mora em uma casa que a prefeitura arrumou para ela no parque dos Servidores, bairro vizinho ao nosso.
O lugar preferido de Breila no Jardim Juliana era a sua casa, que representava o sonho da casa própria. Por isso ela ficou muito triste em ter que deixa-la.
Para a nossa depoente, a solução para o problema do lixão é a união e a luta do povo e a preservação e o aumento de áreas verdes.
O dia da entrevista foi muito importante para nós da 4ª A . Gostamos e aprendemos muito com a nossa depoente.Recolher