Identificação
Meu nome é Rosângela Maria Viveiros, nasci em Braúna, SP, mas moro em Araçatuba [SP]. Eu nasci em 1955.
Ingresso e história na Natura
Quando eu ouvi falar da Natura pela primeira vez, estava num evento de Miss Araçatuba – eu era maquiadora profissional – e a promotora de v...Continuar leitura
Identificação
Meu nome é Rosângela Maria Viveiros, nasci em Braúna, SP, mas moro em Araçatuba [SP]. Eu nasci em 1955.
Ingresso e história na Natura
Quando eu ouvi falar da Natura pela primeira vez, estava num evento de Miss Araçatuba – eu era maquiadora profissional – e a promotora de vendas da época estava participando. Olhei e me apaixonei. Falei: “Eu quero vender Natura” Ela disse que não tinha vaga para consultora. Eu estranhei, mas não desisti. Fui atrás, perguntei, perguntei, mas não tinha vaga e me resignei. Continuei trabalhando com maquiagem e, um dia, consegui me tornar consultora.
Eu fui uma consultora meia-boca. Não sei se por falta de incentivo... Naquela época, eu tinha pouquíssimas clientes, que eram do meu meio de trabalho. Eu tinha vontade de vender Natura, lia toda a informação e passava para o meu cliente - mas eu vendia pouco.
Continuei sendo consultora e resolvi ir num dos encontros, porque eu recebia cartinha da minha promotora. Fiz amizade com ela e comecei a freqüentar sua casa. Numa dessas, ela me apresentou o gerente: ”Esta aqui é a Rosângela. Ela tem perfil de promotora”. Eu falei: “Não, eu trabalho na Secretaria da Fazenda, quero ficar lá mesmo,
adoro meu trabalho”. Ele conversou muito comigo e depois disse: “Nossa Você tem mesmo perfil de promotora”.
Isso faz uns 15 anos. Então a minha promotora – infelizmente, havia três promotoras em Araçatuba e as três foram desligadas – me ligou e falou: “Rô, vai fazer o teste, porque você tem tudo para ser”. Eu falei: “Ah, eu ganho tão bem onde eu trabalho...”. Tinha, mais ou menos, umas 50 pessoas. Eu fui aprovada, mas não quis. Eu desisti e eles pegaram a segunda colocada. Eu ganhava mais, trabalhava umas oito horas. Depois de sete meses, a outra promotora foi desligada também e, de repente, a minha antiga promotora falou: “Vai que tem de novo e agora o salário é melhor”. O salário era melhor e maior que o meu.
Acho que era destino trabalhar na Natura, porque eu me apaixonei de cara e eu fiz o teste, fui aprovada novamente e no dia da entrevista eles me disseram: “Rô, você tem uma coisa que a Natura precisa, que é olho no olho”. Eu era atleta, tinha três filhos pequenos e me doava. Estou até hoje na Natura.
Tive muitos treinamentos. No primeiro treinamento, era toda a informação de uma vez. Você ficava hospedada num hotel e, em quinze dias, tinha que aprender tudo. Quer dizer, embolava na cabeça Não tinha ninguém para perguntar, porque eu fui sozinha. Perguntar para quem? E o medo? Ligo para o meu gerente, mas quem é o meu gerente? Eu nem o
conhecia direito.
Quando chegou o meu enxoval, todas as caixas estavam avariadas, quebradas, destruídas. Na época, o lançamento era o Rosa da Bulgária [linha Flores e Folhas]. Eu chorava. Liguei para um telefone que eu tinha. A Roseli,
hoje gerente, era a secretária do meu gerente e salvava a pátria.
Relação com as consultoras
Captação de consultoras: eu sou apaixonada por isso. A saúde do canal é muito difícil, tem que ter gente. Daí você tem que gostar de gente porque se você não gostar, não vai adiante. Para mim funciona assim: em todo lugar que eu vou, eu falo de Natura. Chego para você e falo assim: “Nossa, mas você tem uma carinha de Natura Você conhece Natura? Você não usa produtos Natura?” Eu começo com um diálogo e não perco as oportunidades, seja onde for. No shopping, se estou numa loja eu sempre falo: “Gente, o importante é você entrar na Natura”. Eu vivo disso.
Eu faço a campanha para as consultoras. Além de campanha, eu sempre pego um texto de alguma revista, por exemplo, de venda, mas que traz bastante informação. Eu relaciono, faço uma analogia com o dia-a-dia delas. Eu falo muito de relacionamento, ela tem que acreditar nela. Eu sou uma pessoa assim: o mundo cai, mas você tem que estar em pé, pelo menos, você ajuda ao próximo. Eu falo da biodiversidade, eu falo da diversidade.
Às vezes, eu sou a mãe; às vezes, sou a filha. Tem as vovozinhas que chegam, me abraçam e me dão flores. Eu sou assim. Sempre faço pesquisa de opinião. Na última, eu li um depoimento muito gostoso, de uma consultora que estava em depressão e falou: “Rô, muito obrigada por você ser essa mãezona”. Eu desse tamanhozinho, e ela enorme e mais velha. “Essa mãezona que você é, porque, graças a você, eu ainda estou na Natura, pelo seu incentivo, pela sua amizade, por essas coisas boas que você oferece”.
Desafios
Tudo na vida de uma promotora é um desafio. É carregar caixa, gostar de enfeitar as mesas, isso também é desafio porque, às vezes, você não tem esse perfil. O principal é você gostar de gente. Aceitar a diversidade é um desafio. Quem é promotora tem que amar a profissão.
Para apresentar o produto, às vezes, eu me caracterizo. Por exemplo, agora eu tive grandes idéias para o lançamento do Humor [perfume lançado pela Natura no primeiro semestre de 2006]. Vou me vestir de humorista. Assim eu chamo a atenção delas para esse lado, de vestir a camisa. Eu direciono as vendas. Por exemplo, um lançamento Natura para criança, eu falo: “Para quem vocês vão vender esse produto?”; “Para as mulheres, para as mães”; “Não, vocês vão vender para as crianças. Vocês vão em escolinhas fazer parceria, falar com a diretora e pedir autorização para fazer demonstração, levar seus cartõezinhos e mostrar essa bolsa, essa coisa linda”. As crianças se apaixonam pelo produto e as mães compram Tem que saber direcionar.
Ser Natura
O salário não é ruim, o salário é bom, mas, antes disso, eu me sinto realizada, porque a Natura fala muito do “bem estar bem”. Eu acredito que o “bem estar bem” está dentro de você e que você leva isso ao outro.
Eu tenho três filhos dentro da minha casa. Sou divorciada já faz 14 anos. Eu sou divorciada, mas eu sempre vivi esse “bem estar bem”, sempre procurei o melhor, tanto no meu relacionamento com os meus filhos como no relacionamento marido e mulher, mas não deu certo. Dentro da Natura, eu acho que a gente tem que acreditar na empresa, acreditar no que ela quer de melhor para o público, para o cliente, para o consumidor final, e levar isso para frente. Bem é estar bem, é você estar alegre, saber que existe um desafio, mas que você pode encarar, olhar um tijolo à sua frente e tomar cuidado para não tropeçar, mas, se tropeçar: “Olha, eu tropecei, mas isso significa o quê? Significa que eu posso consertar, posso voltar”. O “bem estar bem” tem que estar dentro de você.
Meu filho está fazendo universidade e disse: “Mãe, tudo que você falou para nós do que a Natura é, do que você mostra que a Natura é, a minha professora falou, então realmente você está vivendo Natura, nós estamos vivendo Natura”. E é isso: você injeta no sangue.
O momento mais emocionante foi quando eu ganhei meu primeiro carro. Eu tinha pouco tempo, três anos de Natura. E é uma emoção tamanha, porque você é chamada lá na frente, no podium, e com três anos de Natura, você ainda nem sabe muito bem o que é, mas você trouxe o resultado e recebeu a chave, símbolo do seu primeiro carro. Te dá uma energia, aquele prazer, aquela coisa boa de saber: “Puxa, eu sei fazer”. E você olha para o teu gerente e fala: “Cara, você é demais, porque você também me ajudou”.
Alma feminina
Eu digo que a Natura não tem só uma alma feminina. Ela desperta no outro a alma feminina. Ela se encanta e ela faz você ficar encantada.Recolher