Jubileu Ferreira dos Santos atende pelo apelido de Jubileu do Amendoim.
Nasceu em São José da Capetinga no estado de Minas Gerais em 1942, filho de Olga Curi dos Santos e de José Ferreira dos Santos; tem cinco irmãos sendo três homens e duas mulheres, uma delas é adotiva. É casado há q...Continuar leitura
Jubileu Ferreira dos Santos atende pelo apelido de Jubileu do Amendoim.
Nasceu em São José da Capetinga no estado de Minas Gerais em 1942, filho de Olga Curi dos Santos e de José Ferreira dos Santos; tem cinco irmãos sendo três homens e duas mulheres, uma delas é adotiva. É casado há quarenta e um anos com a Sra. Aparecida Cardim dos Santos, com quem teve cinco filhos naturais e oito filhos adotivos.
Chegou em Franca em 1945, com cinco anos e reside atualmente na Rua Espírito Santos, 704, Começou a trabalhar com o pai aos sete anos e com quatorze, em 1955,
passou a trabalhar em uma fabrica, a Calçados São Lucas..
Vendia amendoim na Praça Nossa Senhora da Conceição, onde brincava e fazia seu trabalho. Era amigo do Sr. Geraldo Pelotão que o levava para casa quando ainda menino.
Jubileu declara-se muito agradecido às prostitutas, porque ela era um jovem recém casado que precisava ganhar dinheiro e elas permitiam que ele vendesse os amendoins em suas casas.
Um dia, sentado aos pés do Relógio do Sol, começou a admirá-lo e seu interesse aumentou a cada dia. Assim, de repente, foi tomado por um ímpeto, foi até o Bar Barão e começou a desenhar e estudar. Foi em busca do ponto mais alto, munido de uma bússola e começou a marcar o chão, na procura do norte verdadeiro, não o norte magnético. Abria-se assim o inicio de uma nova fase de sua vida.
Aprendeu a consertar o relógio com um judeu de nome Steinberg. Acerta o relógio há 30 anos sem nenhuma remuneração. Antes dele não havia quem cuidasse desse patrimônio, tombado há
118 anos.
Jubileu costumava dar réplicas do Relógio do Sol de presente aos artistas que vinham á cidade.
Foi homenageado na Câmara Municipal de São Paulo, por sua luta junto ao CONDEFAT e por seu inestimável serviço prestado.
Fez cinco relógios de sol que estão nas cidades de Águas da Prata, Limeira - no Colégio Jandira na Rua Barão do Cascalho, Guairá e dois estão em Franca, um no Castelinho e outro na Francal. Seus relógios são feitos de mármore que vem do Espírito Santo.
Fazendo Relógios do Sol e vendendo seus amendoins,
Jubileu continua nos brindando com sua arte e seu trabalho.
Ele se declara orgulhoso em ser um cidadão francano e nós nos sentimos honrados em tê-lo conosco.
Praça Nossa Senhora da Conceição
Antigamente, a Praça Nossa Senhora da Conceição era diferente, o chão não era cimentado Em frente da praça já existia a Igreja. A praça tem o nome da padroeira da cidade de Franca.
Nesse tempo, as pessoas se cumprimentavam, freqüentavam mais a praça do que atualmente; mulheres passeavam dando voltas na praça, os homens iam para a esquerda e as mulheres para a direita. Havia festas, bailes, banda tocando no coreto, pessoas lendo ou recitando.
O Relógio do Sol
não era cercado, havia bichos soltos e o matadouro também era ali. No lugar onde hoje existe a fonte luminoso era o cemitério.
As árvores eram diferentes das de hoje e nessa época havia respeito por tudo.
No comércio em volta da praça, as lojas eram outras: Casa Higino, Sorveteria Barão, Loja Paulista, Banco Higino Caleiro, Casa de Moveis Benjamim e a Escola Ateneu. A loja mais famosa era a Higino Caleiro, que vendia geladeira e bicicleta. A Câmara Municipal também ficava na rua ao redor da praça.
Até o caramanchão não existe mais.
Texto coletivo a partir do relato do Sr. Jubileu do Amendoim,
durante a entrevista com os alunos da 3ª série C e a Professora Marly.Recolher