Crescendo na empresa

P1 – Boa noite, Ademir. R – Boa noite. P1 – Eu vou pedir pra você dizer o seu nome completo, local e data de nascimento. R – Meu nome é Ademir Spidula, data de nascimento dia 31 do três de 54, nasci em (Volante?) P1 – Aqui no Rio Grande do Sul, né? R – Rio Grande do Sul. P1 –...Continuar leitura

P1 – Boa noite, Ademir.

R – Boa noite.

P1 – Eu vou pedir pra você dizer o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Ademir Spidula, data de nascimento dia 31 do três de 54, nasci em (Volante?)

P1 – Aqui no Rio Grande do Sul, né?

R – Rio Grande do Sul.

P1 – Você podia contar, Ademir, como foi o seu ingresso na companhia?

R – Bom, o meu ingresso eu iniciei como terceirizado aqui dentro, aqui. Tinha a (Kronis?) que montou toda a fábrica aqui, dos equipamentos e teve uma pessoa conhecido meu que me convidou pra trabalhar aqui, como terceira, na montagem da fábrica. Eu aceitei o convite, isso foi no dia oito de Setembro de 94, trabalhei até Dezembro de 94 com essa empresa e trabalhando aqui dentro tinham as pessoas que já tavam, que a fábrica já tava em funcionamento a partir de Dezembro já de 94, me convidaram pra mim permanecer na fábrica, né, ou seja, passar pra fábrica e eu aceitei o convite e estou até hoje.

P1 – Você, quando entrou em 94, foi final de 94.

R – 94. Ahã.

P1 – Que função que você tinha aqui?

R – Bom, eu iniciei como operador. Operador, né.

P1 – E qual é o trabalho do operador, como é o dia-dia?

R – Bom, eu iniciei na ______________________, que é chamado hoje, né, encaixotadora, a função é operar, na época exigia o curso técnico, a gente procurava verificar algumas coisas que tinha na máquina também, sempre se precavendo pra que não quebrasse a máquina e a parte operacional, mas eu sempre tenho dedicação pra parte mecânica também, né. E segui. Depois de um certo tempo que eu tava de operador surgiu uma oportunidade como mecânico, eu aceitei o convite.

P1 – E foi nessa fábrica aqui em Sapucaia do Sul mesmo?

R – Aqui em Sapucaia do Sul.

P1 – Foi na época da Pepsi?

R – Na época da Pepsi, no tempo da Baesa, chamada Baesa, quando o início era Baesa aqui, depois passou pra Brahma, isso aí me parece que foi em 97 já, meados de 97 e eu permaneci com ela.

P1 – Você podia falar então um pouquinho da sua trajetória, quer dizer, você já começou falando um pouquinho da Baesa, então depois na Brahma...

R – Na Brahma. Eu continuei com a mesma função, como operador ainda, ta, veio algumas pessoas, podia chamar-se assim, de amigos de lá de Montenegro, as pessoas foram bem receptivas, né, aceitaram a gente aí, e é claro que a gente só ficou porque a gente tava merecendo alguma coisa, né, ou seja, tava fazendo um bom trabalho. De lá pra cá, como de operador passei pra mecânico, como já te falei e to até hoje.

P1 – Como mecânico?

R – Mecânico.

P1 – E como que é o seu dia-dia, como é o seu trabalho?

R – Bom, meu dia-dia como mecânico, na verdade como GPA, seria um pronto-atendimento, vamos dizer assim, das linha, né. Hoje a gente tem linha específico pra trabalhar e eu trabalho à noite também, quer dizer, na verdade somente à noite, né. O nosso dia-dia é acompanhar a linha, verificar alguns problemas, é o atendimento das... quando quebra a máquina ou coisa parecida assim, né, a gente ta pronto pra atender as pessoas ali, ou seja, os operador, as máquina onde quebraram, né.

P1 – Ademir, você sempre trabalhou no turno da noite?

R – Nem sempre. Quando tava como operador ainda passei, primeiro iniciei como... de noite, à noite, né, depois passei pra tarde e fiquei um tempo de manhã. Nesse horário da manhã eu não to bem lembrado quanto tempo eu fiquei, eu acho que devo ter ficado um ano, mais ou meno, um ano e pouco, aí me surgiu a oportunidade também quando a fábrica veio pra cá de ________ teria de melhorar um pouco, né, que eu tinha somente o segundo grau. Eu fiz o curso técnico nessa época, aproveitei a oportunidade e fiz o curso técnico e aí que eu passei definitivamente pra mecânica.

P1 – Você sente muita diferença no trabalho no turno da noite pro turno do dia?

R – Não, na verdade eu gosto de trabalhar à noite, na verdade eu gosto de trabalhar à noite, eu me sinto bem, né. A gente já tem, por exemplo, colegas desde a época que eu entrei, 94, eu ainda tenho um pessoal junto com a gente, o pessoal trabalha à noite. A gente de noite, vamo dizer assim, é uma família, é uma família, né. A gente sente bem trabalhando junto com esse pessoal.

P1 – E você sentiu muita diferença nas relações de trabalho, na política da empresa quando passou, a Baesa passou pra Brahma?

R – Não, não muita diferença, não.

P1 – Não?

R – Não.

P1 – E depois da Brahma pra Ambev?

R – Também não. Isso aí foi uma passagem, assim, que a gente praticamente nem sentiu a diferença, né, não teve muitas mudanças, é claro que sempre tem os métodos um pouquinha coisa diferente mas aí a gente já ta se adaptando desde a época da Brahma já vieram com alguns trabalhos de lá, né, implantaram aqui, a gente seguiu aquele mesmo caminho ali.

P1 – E, Ademir, como foi pra você receber a notícia da fusão Antarctica – Brahma?

R – Olha, quando existe uma fusão, né, de uma empresa pra outra, primeiro a gente pensa assim: ‘bom, é uma empresa grande, né, vai crescer mais ainda’, mas por outro lado a gente até fica preocupado, quando existe uma fusão com certeza há demissão, né, isso aí preocupa a gente, mas aqui com nós aqui não aconteceu isso aí, ta. Logicamente tem outras empresas do grupo que aconteceram essas demissões, isso aí é uma coisa normal numa fusão de uma empresa, né, mas aqui conosco aqui não ocorreu isso aí, pelo contrário, foi admitido mais gente ainda até.

P1 – Certo. E, Ademir, com relação às políticas da Ambev, né. A Ambev é famosa por ter várias políticas sócio-ambientais, de desenvolvimento dos funcionários, você poderia comentar um pouquinho sobre essas políticas, como elas afetam o seu dia-dia?

R – Sobre essas política ambientais, tudo mais, isso aí é coisa que, isso aí, como é que eu poderia te responder? Sobre o ambiente, logicamente o cara já pratica um pouco em casa também. Economias de água, uma coisa que eles passam bastante ________ água, luz, energia, tudo quanto é coisa, né, não poluir, por exemplo, nossos rios e coisas parecida assim, isso aí é uma coisa que a gente aprende, eles tão sempre procurando passar algumas coisa pra gente aí, nesse sentido aí, né.

P1 – Certo. E com relação ao desenvolvimento dos funcionários, eles dão incentivos?

R – Com certeza, dão incentivos, né.

P1 – Estimulam?

R – Estimula as pessoas, inclusive também eu, apesar da minha idade já to fazendo o terceiro grau, né, isso aí prova que a gente ta satisfeito na empresa, né, e eles continuam incentivando. Se eu fosse sair eu não estaria fazendo o terceiro grau hoje com 52 anos.

P1 – É sinal de que você tem perspectivas de melhoria ainda dentro da companhia, né.

R – Com certeza, com certeza. Todos os funcionário que entra aqui na empresa aqui sempre tem a possibilidade e chance de crescer, né, não somente aqui dentro da empresa mas ir pra outro do grupo, né.

P1 – Nessa sua trajetória da companhia teve algum momento muito marcante que você se recorde no momento?

R – Marcante, assim, olha, no momento não me lembro de nenhuma coisa marcante, assim, né.

P1 – E com relação a algum desafio, ou se são sempre desafios aqui dentro?

R – Nossos desafios aqui é constante, né, sempre ta querendo se superar, vamo dizer assim, né. A gente tem uma grande concorrente aí na volta, isso aí todo mundo sabe, todas empresa acho que deve ter as concorrente, né, isso a gente procura fazer o nosso produto em melhor qualidade, procurando sempre atender bem as pessoas pra que a gente mantenha esses cliente aí sempre fiel à nós, vamo dizer assim, né.

P1 – Na sua opinião, qual seria o produto carro-chefe da companhia?

R – Hoje, que a gente fabrica o refrigerante, né. Hoje eu acho que o carro-chefe é a Pepsicola.

P1 – É a Pepsi mesmo?

R – É a Pepsi mesmo, é o nosso carro-chefe, aqui na nossa fábrica. Logicamente tem as outra fábrica que fabrica cerveja e aí tem outros segmentos, né, que eu não saberia te responder agora no momento.

P1 – Certo. Aqui no Rio Grande do Sul, a Polar parece que é a cerveja líder, né, da Ambev. Você saberia dizer por que que a Polar é tão popular aqui no Rio Grande do Sul e nem é comercializada fora?

R – Olha, eu não sei. É uma fábrica, aliás, é uma marca bem antiga já, né. Isso aí, como nós temos a nossa tradição do chimarrão, talvez essa marca Polar aí deve ser do mesmo caminho, vamo dizer assim, uma marca preferida, né, uma coisa nossa, somente nossa aqui do Rio Grande do Sul. Até mesmo a propaganda é dito, né, quando eles começam a carregar pro container pra outros estados, tudo mais, o pessoal, na propaganda parece ali que não deve, deve permanecer com nós aqui. É uma coisa nossa, né, e o pessoal me parece que gosta muito disso aí, eu também gosto.

P1 – Isso é de uma propaganda da Polar?

R – Da Polar.

P1 – Ah ta, porque a gente nem vê isso fora daqui, né?

R – É, fora daqui eu não sei se eles chegam a comercializar mas aqui é uma coisa que é bem vendida.

P1 – E com relação a alguma história engraçada, algum fato pitoresco que tenha acontecido que você se recorde, você tem algum pra contar? Alguma pegadinha _______ o outro aqui no ambiente de trabalho?

R – Nesse momento eu não me lembro de nenhum assim, né. É tanta coisa, a gente se preocupa com tanta coisa assim que às vezes a gente não consegue se lembrar de muitas coisas aí, que que ocorre, mas sempre tem alguma coisinha, né.

P1 – Ademir, o que você achou dessa iniciativa da Ambev de ta gravando a história dos funcionários e a relação da história dos funcionários com a Ambev?

R – Isso aí eu acho que é muito bom, né, porque isso aí sempre é história, isso aí é uma coisa assim que talvez amanhã ou depois até o nossos filho poderão ver isso aí. A gente sabe que tem uma trajetória já de muitos anos a fábrica e com certeza tem história pra contar, né.

P1 – Pra finalizar, o que que você achou de estar dando essa entrevista pra gente?

R – Olha, na verdade essa entrevista foi até surpresa. Eu cheguei agora à noite, né, aliás, o meu chefe me convidou, me solicitou fazer um trabalho mais cedo, meu horário de início é às 23 horas, aliás, 22:45 e eu vim às nove pra cá, tava bem cansado inclusive, aí de repente o supervisor da noite que é o Plentes, né, que é o Fernando Plentes me convidou pra fazer parte da equipe, foi uma surpresa pra mim e eu acho que agradável até.

P1 – Você quer falar mais alguma coisa?

R – Não, eu acho que por enquanto é isso aí, to um pouco cansado.

P1 – Ta bom então, seu Ademir, brigada viu?Recolher